Esta exposição seria uma grande oportunidade para a promoção da cultura artesanal de nossa região. Ao se visitar o site oficial, percebemos que os custos são relativamentes modestos para um empreendimento futuro e, por si só a de divulgação.
A UENF, salvo engano tem um maravilhoso projeto de catalogação e resgate da cultura artesanal campista. Em Quissamã, Machadinha e sua culinária foram tombados pelo patrimônio. A prefeitura há anos mantém a Feira Mãos de Campos. Muito pouco vale esforços deste tipo se não houver divulgação melhor fora dos nossos limites.
Pode ter passado sem que percebesse, mas não vi representações destas cidades, como de tantas outras onde o artesanato é forte. Comumente o pensamento de se satisfazer domesticamente aos artistas imaginando que assim ampliarão votações é uma bobagem. Não vejo profissionalismo em ações - na maioria das vezes pequenas - que apenas servem para a tal 'prestação de contas' junto às comunidades, enquanto o grosso, sabemos muito bem, para quê, ou para quem serve.
Mas vamos à matéria:
Artesãos das oito regiões fluminenses está participando da Feira do Turismo do Brazil International Tourism Exchange (Brite), maior evento de turismo receptivo da América Latina e que está acontecendo no Píer Mauá, na região da zona portuária da cidade. Os artesãos integram o Programa do Artesanato do Rio de Janeiro.
O estado do Rio começa a se destacar na área do artesanato, consolidando uma identidade em segmentos como o bordado e trabalhos com fibras naturais, no caso a fibra de bananeira e da taboa.
Os bordados dos municípios de Paraíba do Sul, Porciúncula, Itaperuna, Natividade e Rio das Flores já são referências no estado. “Como ele [ o programa] está na Secretaria do Desenvolvimento Econômico, tem essa face de fazer com que o artesanato seja suficientemente rentável para aqueles que dele queiram viver”, disse à Agência Brasil o superintendente de Projetos Especiais da secretaria, Augusto Cardoso.
Atualmente, existem 3,9 mil artesãos cadastrados pelo Programa de Artesanato do Rio de Janeiro. A estimativa, porém, é que o número de artesãos no estado se aproxime dos 15 mil. De acordo com dados da Secretaria do Desenvolvimento da Produção, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o artesanato envolve no Brasil 8,5 milhões de pessoas, que movimentam em torno de R$ 30 bilhões por ano.
“O grande esforço da secretaria é gerar uma atividade rentável para as pessoas que não têm acesso ao emprego formal, ou para aqueles que, por vontade própria, preferem se dedicar a uma atividade quase lúdica, e fazer disso um meio de vida”, afirmou Cardoso.
A participação dos artesãos fluminenses no Brite objetiva tornar o artesanato conhecido pelos turistas nacionais e estrangeiros, servindo como alavanca para o crescimento do turismo nos municípios. “É uma vitrine. Em função dela, o resultado será de benefício para todos os demais artesãos”.
A Feira do Turismo do Brite deverá atrair um público de 50 mil pessoas. Todos os estados estão representados no evento, apresentando as melhores opções turísticas, além de serviços, artesanato, gastronomia e manifestações culturais. http://www.brite2011.com
(Agência Brasil: reportagem, Alana Gandra - edição: Aécio Amado)
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