segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

simplesmente

Os cariótipos penso conhecer!?!?

Os esteriótipos..que vontade de convive-los...(já na nova gramática)

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Bebum

Bebum II (ou Poesia em Vida)

Que eu não seja o último a fazer poesia sem letras
que rasgue o verbo e faça versos na mesa de bar
que escancare o coração na praça e deixe transfigurar
as caras insanas e amantes de carros e de quatro paredes
de vontade de também fazer o mesmo
que me chamem de vil!!!
porque poesia, além de papel, oliveti ou parker
é emoção contida, paixão medrosa. Revolta incubada...
antes de escrever lua, que vai rimar com sua e versar a estrofe, senta na rua e, nua, conversa com ela
antes de fazer rimar licor com dor, toma um porre pro seu grande amor
quebra a cara e perde o pudor de ser só casca
eu sou a poesia viva que escreve
nu, cru, prostituto, solitário na mesa de bar
bêbado e contando as estrelas que cercam a lua
na beira do Paraíba, brincando como criança com as lágrimas
que caem de mim
eu sou a poesia imoral, ousada e anti-social
eu sou o bebum...
eu sou o puro dos filmes que faz platéias apáticas se assumirem dentro da tela
tal qual Rosa...
eu sou, só por existir, o xingamento profano; a desordem social
a rima mal feita: a poesia que não foi classificada
-podada pela censura- no festival, na época da ditadura
eu sou a poesia na vida!
rompo com os tabus se o meu corpo sofre na cama
castigado pela aflição inerte da saudade e da distância
dos carinhos das mãos da vida
...enquanto queima a vela que insisto em vê-la presente
e, como mais louco ainda,
tento ouvir a tua voz no fundo do corredor
e suas mãos escorrerem em minha testa
e os teus lábios beijarem em consolo e amor o meu olho cego
e daí, sair a te procurar realmente
eu sou corpo da tua poesia
da poesia que escreve...
da poesia Vinícius, Quintana, Sant’ana, Goeth, Brecht e Cazuza...
Se não há espaço para eu viver assim
não há espaço para a tua poesia
pra tua poesia de papel!!!...