sábado, 31 de dezembro de 2011

Passado


O passado é um lago sereno,
Profundo e perigoso.
Você que caminha por suas margens,
Não tente resgatar
As alegrias e as dores
Que submergiram nessas águas.
Toma cuidado, o céu sem nuvens traz maus presságios
Toma seu barco, ou uma nuvem,
E flutue como o Arcanjo Gabriel
Acima do lodo espesso do fundo
- que você não vê
Mas pode adivinhar.
Não mergulhe, você está sem escafandro,
sem roupa de anjo, sem uniforme de astronauta
Não sabe mergulhar nessas águas.
Não banque o herói de cinema!
Aqui não há projetores nem salas de espera,
Nem uma equipe de apoio e dublês.
Pode ser frio, você trouxe roupas de lã e titânio?
Pode haver liquens, sereias, o esqueleto
Dos companheiros de Ulisses,
Uma cabeça da hidra fumegante
Ou um pedaço de Cila.
Vórtices de luz, monstros macroscópicos,
Olhos imensos sem rosto
Celacantos que odeiam insensatos
Lulas sugando cérebros de prêmios Nobel
Dragões que se alimentam de pérolas.
Pode haver um portal
Para um mundo
Mágico e sombrio
Que Sherazade não conhecia,
Onde cimérios empunham espadas
Crianças sem rosto brincam no espelho
Fantasmas vestem terno e gravata
E o czar da Rússia voltou a São Petersburgo
Disposto a esmagar os bolcheviques.
Cuidado: o espelho d’água,  que reflete
O sol e a lua , tem uma passagem
Secreta – você perdeu a chave!
Você não tem a cabala
Dos arabescos de algas, nas águas profundas.
-- Das águas que um peixe falo
 penetrou no oceano
Da descendência.
Passeie pelas suas margens,
Sem tropeçar nos cogumelos de fogo
Que agitam a grama fumegante,
Respire o ar puro desse jardim:
Tire sua máscara de cidadão pacato
Jogue fora seus cartões de crédito
E os títulos honoris causa, graus de PHD e MBA.
Volta pra casa,
Pegue o metrô da desesperança.
Esqueça os sonhos e o desejo,
Volta para casa, sua toca de ouro e aconchego,
Beija sua mulher e seus filhos, afague o cachorro
Que está latindo estranho (pressente alguma coisa?)
Amanhã você tem uma agenda lotada,
No escritório; tem que consertar o carro
Pagar o cartão de crédito e marcar hora no
Restaurante, para encontrar o chefe
Da multinacional que financia uma fundação
Que ajuda meninos siberianos.
Faz de conta que foi tudo um sonho
Você estava na sua cama macia
O Lago a Lua, sua viagem
Pelo fosso da memória
Seu desencanto – foi tudo um mal estar
Estresse de final de ano.
Amanhã tudo volta ao normal
Os amigos vão rir do seu sonho
E te admirar de tanta imaginação.
De noite, em casa, ponha uma música forte, popular.
Vista sua melhor roupa, vai ver a vida, beber um vinho chileno.
Pra que lembrar de sonhos e paixões passadas?
                                                                                 Sérgio Escovedo ---- 2011 -

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Consumo diário e exagerado de álcool pode causar cirrose em dez anos



"Consumos diários em torno de 20 – 40 gramas de álcool em mulheres e 80 gramas em homens (uma taça de vinho = 20g; uma dose de destilado = 60g; uma garrafa de cerveja = 25g) provocam o desenvolvimento de cirrose em aproximadamente 10 anos"


Nesta entrevista o gastrocirurgião Dr. Vladimir Schraibman (CRM-SP 97304), afirma que o consumo crônico e exagerado de bebida alcoólica causa sérios problemas ao fígado, o que compromete o órgão e pode culminar na necessidade de um transplante ou mesmo na morte do paciente.


Quais os problemas que o consumo de bebidas alcoólicas traz ao fígado?
Resposta: O consumo crônico e excessivo de bebidas alcoólicas pode causar uma variedade de problemas hepáticos, incluindo excesso de gordura no fígado (esteatose), hepatite alcoólica (inflamação) e, finalmente, cirrose - dano permanente ao fígado, com possível necessidade de transplante. Além disso, o abuso de álcool aumenta o risco de pancreatite (inflamação do pâncreas), miocardiopatias (doença do músculo do coração), traumas (secundários a acidentes por embriaguez) e o desenvolvimento de inúmeras doenças em recém-nascidos de mães alcoólatras.
Quais os principais sintomas que indicam que o fígado está comprometido?
RespostaSangramentos, inclusive nas fezes e nos vômitos, náuseas e pele amarelada.
Para o fígado, o que é beber moderadamente, ou seja, até quanto é possível beber sem ter problemas?
Resposta: A quantidade de álcool que pode ser ingerida é bastante variável. Algumas pessoas são extremamente sensíveis aos efeitos da bebida alcoólica, enquanto outras parecem ser completamente imunes. E não existem testes laboratoriais para se determinar quem tem essa predisposição. Em regra geral, quanto maior a quantidade e o tempo de consumo, maior a chance de se acarretar danos ao fígado. O recomendável é, no máximo, 4 a 5 doses por semana.


Vale lembrar que a dose é medida pelo teor alcoólico da bebida. Sendo assim, no caso do vinho, uma dose corresponde a uma taça. Para a vodka, que tem maior teor alcoólico, a dose corresponde a menos da metade de um copo. A cerveja é uma das bebidas com menor teor alcoólico e a dose corresponde a uma lata de 350ml. Mas é necessário ter cautela no consumo, pois tudo que excede os limites da moderação tem consequências. Ou seja, quanto maior o teor alcoólico, menor tem que ser o consumo.
Há diferença entre homens e mulheres? Homens podem beber mais? Têm o fígado mais resistente?
Resposta: Sim, os homens possuem mais massa corporal, portanto apresentam uma tolerância maior ao álcool, visto que a diluição da substância em indivíduos maiores é maior. Consumos diários em torno de 20 – 40 gramas de álcool em mulheres e 80 gramas em homens (uma taça de vinho = 20g; uma dose de destilado = 60g; uma garrafa de cerveja = 25g) provocam o desenvolvimento de cirrose em aproximadamente 10 anos. Esta é a estatística para pessoas que não sofrem de doenças do fígado. Para aqueles que já apresentam danos no órgão, recomenda-se a abstinência total.
Qual o tratamento indicado para quem tem o fígado comprometido pela bebida?
Resposta: Acompanhamento médico constante e não ingerir álcool ou alimentos gordurosos.
É possível regenerar um fígado doente? As funções do órgão voltam ao normal?
Resposta: É possível até determinado estágio de comprometimento. Porém, a partir de certo ponto torna-se impossível e irreversível a mudança do quadro e é necessário se adaptar para viver com um fígado debilitado.
Quais os tratamentos mais indicados para a cirrose hepática, causada pela bebida alcoólica?
Resposta: O transplante de fígado geralmente é o caminho final desses pacientes. Porém, muitas vezes há óbito antes de se conseguir um novo fígado, infelizmente.
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QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA CIRROSE? 




Muitas pessoas que desenvolvem a cirrose não têm qualquer sintoma ou têm somente a fadiga, que é muito comum. Entretanto, com a progressão da cirrose, os sintomas invariavelmente aparecem, já que o fígado pode não mais executar suas funções normais. O grau em que isto ocorre depende da doença hepática subjacente, dos tratamentos disponíveis, e de fatores individuais. Em alguns pacientes, os sintomas podem não aparecer por anos, mesmo depois que o fígado já se tornou cirrótico. Em outros, os sintomas podem jamais surgir se a causa da doença do fígado puder ser eliminada.


• A cicatrização formando nódulos dificulta a passagem do sangue através do fígado. Em conseqüência, as veias em outras partes do corpo fora do fígado, que não são acostumadas a carregar volumes grandes do sangue, tornam-se engurgitadas (estas formações de sangue anormalmente expandidas são chamadas varizes). Um local onde as varizes são geralmente encontrados é o esôfago, o tubo que conecta a boca com o estômago. Quando a pressão nas varizes alcança um determinado nível, seu rompimento pode causar sangramento maciço. 


• O fígado cirrótico e sua capacidade diminuída em produzir proteínas do sangue determina um acúmulo de líquidos no corpo, tipicamente nas pernas e pés (edema) e no abdome. (ascite). A ascite faz com que a barriga aumente. A ascite é também um meio rico para que bactérias cresçam, e a infecção da ascite (que é uma complicação grave) é chamada "peritonite bacteriana espontânea". 

• Os pacientes com cirrose têm tendência a sangramento. Isto é um resultado de dois fatores: Primeiramente, os níveis das células de sangue (plaquetas) que são essenciais para a formação do coágulo podem estar severamente diminuídos. Em segundo, determinadas proteínas do sangue feitas pelo fígado (chamados fatores de coagulação) estão diminuídas.



• A inabilidade em filtrar toxinas corretamente pode conduzir a uma circunstância chamada "encefalopatia hepática." Nos estágios iniciais de encefalopatia, os sintomas podem ser discretos ou difíceis de perceber, como dormir perturbado ou inversão do ritmo do sono (ter sono e/ou dormir durante o dia e insônia à noite). A encefalopatia hepática avançada está associada a confusão e, mesmo, o coma. Encefalopatia pode ser precipitada por sangramento ou infecção. 


• Os pacientes com cirrose têm comprometimento da função de seu sistema imune e são, conseqüentemente, propensos a infecções bacterianas. 


• A má-nutrição é muito comum nos pacientes com cirrose. Pode ser facilmente visível a perda de massa muscular nas têmporas e nos braços. 


• Muitos pacientes com cirrose têm algum grau de icterícia. O exato grau da icterícia é determinado por um exame de laboratório chamado de bilirrubina total. Uma bilirrubina total normal é menor do que 1 mg/dL. Uma vez que a bilirrubina alcança entre 2,5 a 3 mg/dL, os brancos dos olhos tornam-se amarelos. Níveis mais elevados são associados com amarelamento de toda a pele. 


• Pessoas com cirrose têm risco elevado de desenvolver câncer de fígado (carcinoma hepatocelular). O risco depende, em parte, da causa subjacente da cirrose. 

QUAIS SÃO AS OPÇÕES DE TRATAMENTO PARA A CIRROSE?

O tratamento para a cirrose está dirigido a deter ou retrasar o seu processo, minimizar o dano ás células hepáticas e reduzir as complicações. Na cirrose alcoólica, a pessoa deve deixar de consumir álcool. No caso de pessoas que têm hepatite viral, o médico poderia administrar-lhe esteróides ou medicamentos anti-virais para reduzir o dano á célula hepática.

Certos medicamentos podem ser recomendados para controlar alguns síntomas da cirrose como ardência e a acumulação de líquido no corpo (edema). Os diuréticos são medicamentos que ajudam a eliminar o excesso de líquido e prevenir a edema.

Através da alimentação e terapia com medicamentos /fármacos pode-se melhorar a função mental que se encontra alterada por causa da cirrose. A diminuição da ingestão de proteínas ajuda a que se formem menos tóxinas no trato digestivo. Alguns laxantes como a lactulose podem ser administrados para ajudar na absorção de tóxinas e acelerar a sua eliminação através dos indestinos.

Os dois problemas principais da cirrose são o falho hepático quando as células hepáticas deixam de funcionar, e o sangrado ocasionado pela hipertensão portal. Como tratamento para a hipertensão portal, o médico pode receitar medicamentos beta bloqueadores.

Se ocorre sangrado das varizes do estômago ou do esôfago, o médico pode injetar estas veias com um agente esclerotizante através dum tubo flexível (endoscopio) que se inserta através da boca até ao esôfago.

Em casos críticos, poderia ser necessário realizar um transplante de fígado. Outra opção de crurgía é a derivação portacaval (procedimento que se utiliza para diminuir a pressão na veia portal e nas varizes).

As pessoas com cirrose frequentemente vivem vidas saudáveis por muitos anos. Ainda quando surjam complicações, usualmente estas podem ser tratadas. Algumas pessoas com cirrose foram submetidas exitosamente a um transplante de fígado.

Não obstante, é importante recordar que todas as provas, procedimentos e medicamentos implicam riscos. Para tomar decisões informadas sobre a saúde assegure-se de perguntar-lhe ao seu médico sobre os benefícios, riscos custos de todas(os) as provas, procedimentos e medicamentos.


(Pesquisa de Fúlvia, por e-mail)



Chuvas fortes ameaçam norte e serra fluminense


 Chuvas fortes atingiram na madrugada desta quinta-feira municípios da região serrana e do norte fluminense. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, o município mais afetado foi Cordeiro, na região serrana, próximo à divisa com Minas Gerais.
Serra Fluminense
Chuvas fortes atingiram municípios da região serrana e do norte fluminense, o Instituto Nacional de Meteorologia informou que o município mais afetado foi Cordeiro
De acordo com o meteorologista Lucio de Souza, em 24 horas, choveu um volume de 115 milímetros no município, sendo que em apenas uma hora choveu 38 milímetros (ml) na cidade. Apesar disso, a Defesa Civil do município não registrou nenhum problema.
Segundo a Defesa Civil municipal do Rio, chuvas de 25 a 50 ml por hora são consideradas fortes e podem ocasionar alagamentos e deslizamentos isolados.
– Outros municípios como Santa Maria Madalena e Itaperuna [no norte fluminense] também estão com taxas de chuvas acumuladas [em 24 horas] muito altas– disse o meteorologista.
De acordo com o Instituto de Meteorologia, há ainda o risco de chuvas fortes ao longo do dia de hoje em todo o estado do Rio, em especial no norte do estado e na região serrana, já que há um acúmulo de nuvens sobre a região.
Segundo o superintendente operacional da Defesa Civil estadual do Rio de Janeiro, Luiz Guilherme, a população, principalmente aquela que vive em área de risco, deve ficar atenta para os alertas da Defesa Civil.
– Essa preocupação, nesse período de verão, tem que ser constante. As pessoas têm que estar atentas a qualquer mudança climática, a qualquer alarme que possa ser dado. Em caso de dúvida, o que nós orientamos é que as pessoas, dentro de cada município, procurem os órgãos municipais de Defesa Civil para qualquer esclarecimento– disse.
(Correio do Brasil)

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Muita, muita, muita saudade de Íber!!!!!!!!!


Cantoria 2 - Era Casa Era Jardim

Pavarotti - Non ti Scordar di me (Central Park Concert)



Partiram as andorinhas
da minha pequena cidade fria e sem sol,
buscando primaveras de violetas,
ninhos de amor e de felicidade.
A minha pequena andorinha partiu
sem deixar-me um beijo
sem um adeus partiu.

Não te esqueças de mim
a minha vida é ligada a ti,
eu te amo sempre mais
no meu sonho permaneces tu.

Não te esqueças de mim
a minha vida é ligada a ti,
tem sempre um ninho
no meu coração para ti,
não te esqueças de mim!

Não te esqueças de mim
a minha vida é ligada a ti,
tem sempre um ninho
no meu coração para ti,
não te esqueças de mim!

Elis Regina - As Aparências Enganam

O que tinha de ser - Elis Regina

O que tinha de ser - Elis Regina

Elis Regina - Preciso Aprender a Ser Só

UMA PERGUNTA.


O que os campistas que ficarem na cidade têm de programação na virada do ano?
Visitar o Monumento à Merda Campista???

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Estudo mapeia aquisições do setor sucroalcooleiro

País tem mais de 430 usinas em operação, distribuídas entre 180 grupos empresariais
O setor sucroalcooleiro é um dos mais dinâmicos do Brasil que sofreu fortes mudanças, desde a implantação do Proálcool até as compras de várias unidades industriais nacionais (usinas) por grandes empresas estrangeiras. E esse processo não deve mudar. Para os próximos anos, empresas petrolíferas (com forte poder financeiro), petroquímicas e de biotecnologia estrangeiras devem dominar as aquisições no setor. Esse foi um dos resultados da dissertação de mestrado em Administração em Organizações, do consultor Mairun Junqueira Alves Pinto, intitulada “Investimentos diretos estrangeiros no setor sucroenergético”, desenvolvido na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEARP) da USP.
Alves Pinto analisou a trajetória dos investimentos internacionais no setor sucroenergético no Brasil desde 2000. Para chegar à conclusão, além do levantamento de negociações, entrevistou especialistas que atuam no setor, incluindo representantes de empresas estrangeiras. Os entrevistados foram unânimes em afirmar que as empresas petrolíferas e as indústrias químicas, petroquímica e de biotecnologia, que possuem tecnologia para agregar valor ao negócio, deverão ser as principais compradoras no futuro próximo. “Esse trabalho foi um mapeamento do setor mostrando os diferentes ciclos de aquisições e um histórico de quem são essas empresas e o que as motivou a investir no País”, comenta.
Alves Pinto abordou as transformações em relação aos investimentos estrangeiros em usinas brasileiras, diferentes ciclos de desenvolvimento e crise, conquista de novos mercados e desenvolvimento de novos produtos. Apesar dessas mudanças de cenário, típicas do setor, ele verificou a capacidade de atrair empresas estrangeiras de diversos países e setores da economia. O trabalho de Alves Pinto, sob orientação do professor Marcos Fava Neves, buscou analisar e compreender a evolução desse processo e identificar quais os tipos de empresa estrangeiras realizaram os investimentos diretos no setor, quais são suas principais motivações e quais são os fatores que possivelmente influenciam as decisões quanto às estratégias de entrada – esse último item não foi aprofundado no trabalho.
Desde o início do século 21, o setor recebeu entrada forte de capitais de empresas estrangeiras, de diferentes segmentos, desde tradings companies, do setor açucareiro, petrolíferas, petroquímicas, biotecnológicas e de fundos de investimentos.
Ciclos
Foram identificados três ciclos distintos de entradas dessas empresas internacionais. O primeiro foi marcado pelo processo de desregulamentação do setor e emergências das exportações brasileiras de açúcar, com as entradas de quatro empresas francesas, entre 2000 e 2001: duas trading companies (Louis Dreyfus Commodities e Sucden) e duas cooperativas agroindustriais produtoras de açúcar de beterraba (Union DAS/Tereos e Béghin-Say). Não houve investimentos estrangeiros nos quatro anos seguintes. Mas em 2006 verificou-se o segundo ciclo, com a necessidade do mercado internacional em etanol. Aumentou o número de empresas e de setores (petrolíferas, petroquímicas, entre outras), com 18 movimentações de investimentos diretos entre 2006 e 2008 no País.
A crise econômica mundial no segundo semestre de 2008, no entanto, conteve essa euforia. “Essa crise espantou os ‘aventureiros’”, afirma Alves Pinto. Ou seja, as que buscavam algum tipo lucro a curto prazo afastaram-se, ficando as que vislumbravam um negócio a longo prazo. Assim, o terceiro ciclo teve entrada mais lenta. Em 2009, a Shree Renuka, a maior produtora de açúcar da Índia, foi a única estrangeira a realizar os primeiros investimentos diretos no setor. Em 2010, houve apenas a entrada da trading suíça Glencor e, até julho de 2011, a produtora de grãos argentina Los Grobo e a petrolífera Royal Dutch Shell, com sede na Holanda, foram as únicas entrantes do ano.
Apesar da cautela, estrangeiros continuaram investindo no Brasil, aumentando as capacidades de moagem de suas usinas, saltando de 7%, em 2008, para 14%, em 2009, 22%, em 2010, e, finalmente, 32% em 2011. O trabalho do pesquisador analisou ainda as estratégias dos investidores, que na maioria das vezes optaram por comprar usinas, ou com controles compartilhados, e não montar novas indústrias. O Brasil tem mais de 430 usinas em operação, distribuídas entre 180 grupos empresariais.
(Daniel Navarro, da Assessoria de Comunicação da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto, email navarro@outras.com.br )

Desculpa-nos, Fernando Leite, realmente é mais sério!!!



SEGUNDA-FEIRA, DEZEMBRO 26, 2011

OPERAÇÃO CINQUENTINHA

Ainda hoje, na retrospectiva 2011, o maior escândalo eleitoral da história política de Campos, a Operação Cinquentinha. Votos comprados, descaradamente, em dinheiro, cartão de créditos e cheque sem fundo.

Tudo confessado e os beneficiários, supostamente, financiadores do esquema fraudulento continuam livres, leves, soltos e cínicos.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Campanha pela verdade! Também aderimos!!!

Eu só acredito nos garotinhos quando eles tomarem banho no valão que enfeitaram!
Uma boa campanha do sempre atento "Planície Lamacenta". Venha. Participe. Amplie!

1º Festival Nacional de Cinema do IFF (Instituto Federal Fluminense de Ciência e Tecnologia)

gabriela azevedo - artur.gomes.fotografia.blogspot.com



um múltiplo olhar sobre tudo o que é arte. vídeo.arte,
vídeo.teatro, vídeo.vida, vídeo.poesia, vídeo.cultura,
vídeo.clipe, uma viagem por estradas sem fronteiras
inter-vias festival de cinema do IFF imagens para o
além-mar da menina dos olhos de quem olha e aprende
 a v(l)er.
Artur Gomes
ao meu saudoso e eterno Mestre Uilcon Pereira
In memória
“a memória é uma ilha de edição”
Wally Salomão
A pedra filosofal do 1º Festival Nacional de Cinema
do IFF a ser realizado de 16 a 20 de abril de 2012, será
lançada com a Mostra Curta IFF no pátio do Campus
Campos Centro no período de 14 a 16 de março de
2012 com a exibição de vídeo.arte, vídeo.teatro, vídeo.
poesia, vídeo.cultura, vídeo.clipe, vídeo.vida. além da
produção da Oficina Cine Vídeo e Outros Baratos Afins

domingo, 25 de dezembro de 2011

Uma honra postar aqui "Retorno", do Mestre Sérgio Escovedo




Hervé jamais criticava as pessoas diretamente, não discutia, não
discriminava. Não deixava de agir como dono do jornal,
diretor-proprietário, como se dizia na época, mas ele sabia no fundo
que aquela energia jovem estava transformando seu jornal na maior
usina de idéias de Campos. Era o jornal mais respeitado e mais lido .
Os demais eram o Monitor Casmpista, com Oswaldo Lima, que era muito
amigo de Hervé, mas um jornalista mais conservador, parecia bem mais
velho do que era, e se dedicava principalmente a seus artigos e uma
coluna. O Monitor era anódino, não tinha opinião. A Notícia,
surpreendentemente, parecia um jornal de oposição. Hervé fazia
jornal ismo de alto níverl. Na época, Vivaldo Belido dirrigia A Cidade,
totalmente dominado por Alair Ferreira, um jornaleco sem estilo,
vulgar, que estampava fotos enormes de Alair e não tinha nenhum peso
na mídia. A Notícia era formadora de opinião, muito antes que esse
conceito fosse discutido. E o jornal era bem diagramado, moderno. Nos
espelhávamos, claro, no Jornal do Brasil - a melhor diagramação de
jornal do mundo, na época, citado na revista Graphys - a bíblia dos
designers, cartunistas e programadores visuais em geral. Mas não
imitávamos. As soluções eram adequadas aos nossos pequenos e parcos
recursos: um impresdsora antiga, em preto e branco, títilosd montados
na caixa, linotipos e velhas máquinas de escrever. Na época o telefone
não era tão importante. Lugar de jornalista era na rua e acho que
havia só umas duas ou três linhas, uma delas com extensão para a casa
de Hervé, no mesmo prédio, no segundo andar. Hervé era funcionário
público, coletor em Goitacazes. Era uma sinecura, mas ele trabalhava
lá várias vezes por semana. Ia ao Rio frequentemente. Ele tinha plena
consciência de que fazia um jornalismo de interior e se orgulhava
disso. A Notícia era bem local, mas a forma de abordar os problemas
era muito diferente de hoje. Os colunistas eram um quadro importante
no jornal. Além do proóprio Hervé, cujos artigos eram esperados com
ansiedade - e escrevia bem, era culto mas não esnobe, tinha um estilo
muito agradável e moderno, havia colunas de humor- de José Cunha Filho
- e Tia Ciata, que respondia a perguntas bobas de pessoas ou supostas
pessoas com problemas cnjugais. Era quase sempre iuma criação coletiva
e nos esbaldávamos de rir com as respostas. José Cunha era muito
popular e escrevia bem. A partir de 1969, estreou o Sergei - o apelido
que me foi dado no teatro, por que me acharam "muioto comunista" e ora
atribuíam Sergei a Eisenstein, a Maiakovski (o que seria uma honra
imerecida) ou ao general russo que ocupou Berlim na Segunda Guerra.
Engraçado que quando fui preso os militares estavam convencidos de que
era a última hipótese, um perigoso comunista - eu, um garoto de 20
anos, que só queria escrever poesia, fazer teatro e beber com os
amigos. Minha militância foi mínima naquela época ( isso fica para um
próximo capítulo em que entram Ivald Granato, César Ronald e outros).
A repercussão das colunas era fantástica. A opinião de Campos era A
Notícia. Certa vez escrevi uma cronica em linguagem cifrada falando
mal de Maria Thereza Venâncio e ela cortou minha bolsas de estudos no
mesmo dia;( Hervé passou a pagar - este é outro capítulo, de meu
relacionamento pessoal com ele e família). de outra vez, escrevi que
ia para um Congresso da Fome no Uruguai - par a sacanear os militares,
o pra frente Brail, e muita gente me perguntou na rua se eu realmente
ia viajar. O jornal era quase uma criação coletiva, com destaque para
Hervé, Manuel Luiz, Churchill, Sergei, José Cunha e... PrataTavares
era a âncora do jornal. Aluysio Barbosa, mais velho, não participava
de noso grupo.


Mensagem original
De: Sergio Escovedo
Para: sl.escovedo@bol.com.br
Assunto: Retorno
Enviada: 17/12/2011 20:32

Ano eleitoral acirra debate sobre royalties




A batalha política não é a única polêmica. O setor de ciência e tecnologia está preocupado. "Não se fala em como usar esses recursos para melhorar o País", diz Helena Nader, presidente da SBPC.


A votação sobre a redistribuição de royalties sobre a produção de petróleo e gás entre União, Estados e municípios deverá ficar para o primeiro semestre de 2012, ano em que as cerca de 5.600 cidades brasileiras terão eleições para prefeitos, o que poderá tornar a discussão do projeto mais acirrada. Restará ao governo federal tentar apaziguar os ânimos entre as bancadas do Rio de Janeiro e Espírito Santo, os dois maiores produtores, e as dos Estados não produtores. Todos estão de olho nas receitas e produções futuras: estima-se que a distribuição de royalties e participações especiais possa pular de R$ 22 bilhões para cerca de R$ 40 bilhões até o fim da década.

Destravar a queda de braço não será fácil. Por um lado, a Frente Municipalista Brasileira entregou um requerimento no fim de novembro, com 288 assinaturas de deputados, pedindo urgência na votação do projeto. De outro, parlamentares fluminenses e capixabas ingressaram no Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir que a Câmara delibere sobre o projeto de lei do senador Vital do Rego (PMDB-PR). A proposta foi aprovada pelo Senado em outubro e agora tramita na Câmara dos Deputados como projeto de lei 2.565/11. A argumentação dos parlamentares do Espírito Santo e Rio de Janeiro é que a proposta é inconstitucional porque causa eventual mudança na forma de rateio das participações, o que levaria a uma grave crise federativa, com cisão e confronto hostil entre os estados produtores e os não-produtores.

"Acredito na votação do projeto de lei na Câmara no primeiro semestre de 2012", afirma o deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR). Para Dirceu, Rio de Janeiro e Espírito Santo radicalizaram ao apelar para o Supremo Tribunal Federal (STF). Os municípios levantaram a guarda e discutem mexer nos royalties de áreas já concedidas e não apenas em poços futuros. "Na minha avaliação, o projeto só teria de vislumbrar os royalties de áreas concedidas no futuro", afirma o deputado.

O advogado Rodrigo Bornholdt, do Bornholdt Advogados, acredita que só uma posição mais ponderada das duas partes poderá resultar em avanços na negociação. "O projeto envolve interesses divergentes e o resultado é difícil de ser mensurado", analisa.

Para Bornholdt, como a proposta atinge os atuais contratos, abre espaço para contestação, já que poderá ter grande impacto sobre as receitas de grandes produtores. "O maior problema não é a divisão futura dos royalties. Preocupante, em termos de segurança jurídica e do equilíbrio federativo, é a tentativa de alteração dos percentuais relativos aos royalties dos poços em exploração e dos contratos firmados."

O projeto altera a forma de distribuição dos royalties, que passarão a ser recebidos também por estados e municípios não produtores. A proposta será analisada por uma comissão especial da Câmara - ainda não constituída -para ir à votação no plenário. Para o advogado, o impasse poderia ser resolvido se o assunto ganhasse uma proposta mais ponderada, sem uma diminuição drástica para os estados produtores nas áreas já concedidas e com a transferência de maiores alterações para as áreas do pré-sal a serem concedidas sob o regime de partilha, criado com o marco regulatório estabelecido em 2010.

A batalha política não é a única polêmica. O setor de ciência e tecnologia está preocupado. "Não se fala em como usar esses recursos para melhorar o País", diz Helena Nader, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Uma preocupação do segmento é que o projeto aprovado no Senado não prevê receita para o fundo setorial de petróleo, criado em 1997. "Com o projeto atual, o fundo CT Petro é eliminado, e isso é um contrassenso. Sem pesquisa e inovação, a camada pré-sal não teria sido descoberta", diz Helena. A verba desse fundo, estimada em cerca de R$ 1 bilhão, é aplicada na qualificação de pessoal e em projetos de pesquisas em parceria com empresas, universidades e centros de pesquisa.

O projeto diz que os recursos do Fundo Social irão para áreas como saúde, educação, tratamento e reinserção de dependentes químicos, meio ambiente, cultura, entre outras. Não foi definido o percentual a ser aplicado em cada segmento. A proposta dos acadêmicos é que sejam destinados 7% dos royalties do petróleo extraído em terra ou em mar que caberiam à União para ciência, tecnologia e inovação, e outros 7% para educação. No caso dos recursos destinados aos estados e municípios, a entidade defende que sejam aplicados 30% em ciência, tecnologia, inovação e educação. "O Brasil precisa discutir como usar esses recursos para criar políticas de Estado para melhorar o País", diz Helena.

O projeto de lei determina a redução de 50% para 42% da parcela da União na chamada participação especial - tributo pago pelas empresas na exploração de grandes campos, principalmente os recém-descobertos no pré-sal. Em relação aos royalties, traz uma redução de 30% para 20% na fatia destinada ao governo. O relatório também traz perdas para os estados produtores, que terão a parcela reduzida de 26,25% para 20%. A participação especial destinada aos produtores, segundo o relatório, cai de 40% para 20%. Um dos artigos mais polêmicos determina que, sob o regime de partilha de produção, os royalties serão pagos da seguinte forma: estados e municípios produtores receberão 20% e 10% respectivamente; 5% irão para as cidades afetadas por operações de embarque e desembarque dos produtos; 25% para constituir um fundo dos estados e do DF; 25% para um fundo dos municípios; e 15% para um fundo social.
(Valor Econômico)