sábado, 28 de setembro de 2013

Cientistas alertam para relação entre o Homem e o aquecimento do planeta

Uma série de cientistas do clima disse, nesta sexta-feira, que há mais certeza do que nunca que a atividade humana é a principal responsável pelo aquecimento global
Uma série de cientistas do clima disse, nesta sexta-feira,
que há mais certeza do que nunca que a atividade humana é a principal
responsável pelo aquecimento global
Uma série de cientistas do clima disse, nesta sexta-feira, que há mais certeza do que nunca que a atividade humana é a principal responsável pelo aquecimento global, e alertaram que o impacto das emissões de gases do efeito estufa pode durar séculos. O relatório do Painel Integovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) minimiza a desaceleração do aquecimento nos últimos 15 anos, argumentando que há variações naturais que mascaram a tendência de aquecimento no longo prazo.
O texto diz que a Terra deve esquentar ainda mais e enfrentar mais ondas de calor, inundações, secas e elevação do nível dos mares à medida que os gases do efeito estufa se acumulam na atmosfera. Os oceanos se tornariam mais ácidos, numa ameaça à vida marinha.
“É extremamente provável que a influência humana seja a causa dominante para o aquecimento observado desde meados do século 20″, disse o sumário divulgado após uma semana de discussões em Estocolmo. O texto deve servir para amparar decisões de gestores públicos na migração dos combustíveis fósseis para as energias mais limpas.
“Extremamente provável” significa uma probabilidade de pelo menos 95 por cento. No relatório anterior, de 2007, essa probabilidade era calculada em 90 por cento, e em 2001 era de 66%.
O relatório, compilado a partir do trabalho de centenas de cientistas, enfrentará escrutínio extra neste ano, já que o relatório de 2007 incluiu um erro que exagerava o ritmo de degelo dos glaciares do Himalaia. Uma revisão externa posterior concluiu que o erro não afetava as conclusões principais.
Céticos que questionam as provas da ação humana no aquecimento e a necessidade de ações urgentes ficaram animados com o fato de as temperaturas terem subido mais lentamente nos últimos anos, apesar do aumento nas emissões de gases do efeito estufa.
O IPCC reiterou em relação a 2007 que o aquecimento é uma tendência “inequívoca”, e disse que alguns efeitos durarão por muitas gerações.
– Como resultado das nossas emissões de dióxido de carbono no passado, no presente e as esperadas para o futuro, estamos comprometidos com a mudança climática, e os efeitos vão persistir por muitos séculos, mesmo que as emissões de dióxido de carbono parem – disse Thomas Stocker, copresidente do IPCC.
Christiana Figueres, principal autoridade climática da ONU, disse que o relatório salienta a necessidade de uma ação urgente para combater o aquecimento global. Os governos prometem definir até o final de 2015 um acordo da ONU para combater as emissões.
– Para guiar a humanidade imediatamente para fora da zona de perigo, os governos devem intensificar a ação climática imediata e moldar um acordo em 2015 que ajude a ampliar e acelerar a reação global – disse ela.
O relatório disse que as temperaturas devem subir entre 0,3 e 4,8 graus Celsius até o final do século XXI. A previsão mínima só seria alcançada se os governos reduzissem drasticamente as emissões de gases do efeito estufa.
O nível do mar, disse o relatório, pode subir entre 26 e 82 centímetros até o final do século, por causa do degelo das calotas polares e da expansão da água marinha ao ser aquecida Isso ameaçaria cidades litorâneas em lugares tão distantes quanto Xangai ou o Rio de Janeiro.
(Correio do Brasil com Reuters - de Estocolmo)

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

De olho nos bondinhos da Lapa carioca

Sonia Rabello
Após dois anos do acidente – previsível e evitável – que matou seis pessoas, feriu 50 e tirou de circulação os bondinhos que rodavam desde 1896, a Associação dos Moradores e Amigos de Santa Teresa (AMAST) ainda reivindica a restauração completa dos bondes históricos.
Segundo a Associação, mesmo tombados como patrimônio histórico e cultural, os bondinhos do bairro vinham sendo sistematicamente sucateados desde os anos sessenta. Em 2008, por exemplo, o Governo do Rio se desfez, em silêncio, de aproximadamente 60 toneladas de material do sistema.
Agora, conforme noticiado, este mesmo governo anuncia que as oficinas onde se encontram os bondes antigos serão reformadas e que, para isso, todos eles terão de sair de lá. Os moradores exigem que, antes de qualquer movimentação, seja feito um inventário rigoroso e detalhado de tudo o que está dentro dessas oficinas, sem o qual será impossível proteger o acervo.
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” (…) exigimos que ele seja certificado por uma instância independente, como o Iphan. Não podemos permitir que o Governo do Rio continue a decidir em surdina sobre o destino dos bondinhos amarelos”, relata a Associação.
O movimento “Meu Rio” juntou-se à causa e convoca toda a cidade para vigiar durante 24 horas por dia, a saída das oficinas dos bondes de Santa Teresa, de modo a evitar qualquer movimentação de seu acervo histórico.
Com o “De Guarda”, site criado pelo movimento, montou-se uma base que permite que todos monitorem via internet a saída das oficinas dos bondes e alertem outros cariocas, apertando um único botão, caso seja vista alguma movimentação suspeita, evitando que da história desse patrimônio sobre apenas um museu.
Confira como alistar-se para ficar De Guarda pelos bondinhos! Clique aqui.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

UENF: Projeto Família Responsável

O professor Ângelo Burla conversou com os alunos
Numa parceria com o Rotary Club e escolas da rede pública de Campos, pesquisadores da UENF vêm desenvolvendo o projeto "Família Responsável", que tem por objetivo a prevenção da gravidez na adolescência. A primeira etapa do projeto ocorreu terça-feira, 19/09, quando um grupo de 60 alunos do 1º ano do ensino médio do CIEP Nilo Peçanha assistiu a aulas práticas ministradas por professores e estudantes da UENF sobre o aparelho reprodutor dos bovinos.

Os adolescentes tiveram a oportunidade de ver, através de microscópios e estereomicroscópios, espermatozoides, oócitos, embriões, fetos conservados e células da trompa uterina. Também foram utilizados órgãos de bovinos para mostrar como funciona todo o processo de reprodução do animal. De acordo com a presidente do Rotary Club e médica veterinária do Laboratório de Reprodução e Melhoramento Genético Animal (LRMGA) da UENF, Carla Sobrinho Paes, ao utilizar o bovino como modelo biológico, os estudantes passam a ter mais consciência do próprio organismo e percebem como é a mobilidade das células, tanto animais quanto humanas.

— No momento em que a gente mostra o aparelho genital de uma fêmea e de um macho, além dos espermatozoides, os oócitos, embriões e as glândulas que estão envolvidas no processo reprodutivo, eles se conscientizam que essas células têm vida. Então a gente está sempre contextualizando com a espécie humana para mostrar aos alunos que o processo é o mesmo, ou seja, o organismo dos animais funciona de forma similar ao organismo humano — disse Carla, acrescentando que o material utilizado nas aulas práticas é doado por um matadouro e também é utilizado em pesquisas no Laboratório da UENF.


Os alunos visitaram a área rural da Universidade
O professor Ângelo Burla, chefe do LRMGA, explicou aos estudantes como funcionam os mecanismos de regulação da temperatura no processo de formação do espermatozoide no bovino. Segundo Burla, milhões de espermatozoides são produzidos a cada dia. Até que estejam em condições de fertilizar o óvulo, eles passam por várias etapas. O ciclo completo dura em média 58 dias. Em sua explanação, o professor falou também sobre os mitos e verdades sobre a vasectomia. 

— Uma função é a produção espermática que se dá por um grupo de células existentes no testículo. A outra questão é a produção hormonal, que é por outro grupo celular. Então não significa que por ter tirado um fragmento e causado uma interrupção no trajeto dos espermatozóides, vá causar algum problema na produção hormonal. Ela continua independentemente desta situação —disse.

A 2ª etapa do projeto “Família Responsável” acontecerá nesta quinta-feira, 26/09, no CIEP Nilo Peçanha, de 8h30 às 11h30. Dessa vez, serão realizadas palestras abordando sexualidade, puberdade, ciclo menstrual e doenças sexualmente transmissíveis.

Para a aluna Noara Azevedo, de 18 anos, o projeto é bastante interessante, pois amplia o conhecimento na área e faz com que eles tenham mais certeza de qual carreira seguir.

— Muita coisa foi novidade para mim, principalmente sobre o sistema reprodutivo dos animais. E eu sempre gostei de Biologia, mas agora estou mais interessada ainda, acho que é o curso ideal para mim — disse.

Ascom/UENF com Thaís Peixoto

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Professores bloqueiam principal avenida de Campos, no RJ

Os professores não foram recebidos pelos responsáveis da secretaria.
A Guarda Municipal está auxiliando motoristas no entorno da 28 de março.


Professores da rede municipal de ensino bloquearam a avenida 28 de Março na tarde desta segunda-feira (23) em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. De acordo com o professor Sandro Fabiano, diretor jurídico do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do RJ (SEPE), uma audiência estava marcada para as 15h, mas os professores não foram recebidos pelos responsáveis pela secretaria.
A Polícia Militar (PM) foi acionada para auxiliar na movimentação de aproximadamente 200 professores. A Guarda Civil Municipal está desviando o trânsito no entorno. Os motoristas que seguem pela avenida Alberto Torres precisam pegar o acesso à BR-101. Os que seguem pela avenida 28 de Março e precisam ter acesso ao bairro Pecuária e Nova Brasília estão sendo aconselhados a seguir pela rua Tenente Coronel Cardoso até o Centro e, então, acessar a avenida XV de Novembro.
Por meio de nota, a secretaria municipal de Educação informou que a audiência solicitada pelo SEPE foi cancelada pelo próprio órgão através de um ofício. Informou também que serão pagos 10% de regência, ou seja, aos professores responsáveis por turmas e os 100% de aumento aos profissionais de educação do Regime Especial de Trabalho (RET).
Fonte:G1

sábado, 21 de setembro de 2013

Encontro do NEABI discute povos indígenas

NEABI


 ”Povos indígenas na Bacia inferior do Paraíba do Sul: estudos de etno-história e arqueologia”. Este será o tema a ser debatido pelo Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI) da UENF nesta quarta, 25/09, às 14h, na sala 114 do CCH. O debate será coordenado pela professora Simonne Teixeira, do Laboratório de Estudo do Espaço Antrópico (LEEA) da UENF.
Saiba mais sobre o evento aqui.



quinta-feira, 19 de setembro de 2013

VEJAM COMO A MATEMÁTICA PODE SER CRUEL... .


Há uma semana, o governo da China inaugurou a ponte da baía de Jiaodhou, que liga o 


porto de Qingdao à ilha de Huangdao. Construído em quatro anos, o colosso sobre o mar 

tem 42 quilômetros de extensão e custou o equivalente a R$2,4 bilhões.


Há uma semana, o DNIT escolheu o projeto da nova ponte do Guaíba, em Ponte Alegre , 


uma das mais vistosas promessas da candidata Dilma Rousseff. Confiado ao Ministério dos 

Transportes, o colosso sobre o rio deverá ficar pronto em quatro anos. Com 2,9 

quilômetros de extensão, vai engolir R$ 1,16 bilhões.


Intrigado, o matemático gaúcho Gilberto Flach resolveu estabelecer algumas comparações 


entre a ponte do Guaíba e a chinesa. Na edição desta segunda-feira, o jornal Zero Hora 

publicou o espantoso confronto numerico resumido no quadro abaixo:


Os números informam que, se o Guaíba ficasse na China, a obra seria concluída em 102 


dias, ao preço de R$ 170 milhões. Se a baía de Jiadhou ficasse no Brasil, a ponte não teria 

prazo para terminar e seria calculada em trilhões. Como o Ministério dos Transportes está 

arrendado ao PR, financiado por propinas, barganhas e permutas ilegais, o País doCarnaval 

abrigaria o partido mais rico do mundo.


Corruptos existem nos dois países, mas só o Brasil institucionalizou a impunidade.


Se tentasse fazer na China uma ponte como a do Guaíba, Alfredo Nascimento daria graças 

aos deuses se o castigo se limitasse à demissão.


Dia 19/07/11, o Tribunal chinês sentenciou a execução de dois prefeitos que estava 



envolvidos em desvio de verba pública.

(Adotada esta prática no Brasil, teríamos que eleger um Congresso por ano)

Fonte: Zero Hora


quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Política Cultural em Campos-RJ. E tem???

Shaco, o Bobo da Corte Demoníaco, em *


Calabouço - Sérgio Ricardo


Olho aberto ouvido atento
E a cabeça no lugar
Cala a boca moço, cala a boca moço
Do canto da boca escorre
Metade do meu cantar
Cala a boca moço, cala a boca moço
Eis o lixo do meu canto
Que é permitido escutar
Cala a boca moço. Fala!

Olha o vazio nas almas
Olha um violeiro de alma vazia

Cerradas portas do mundo
E decepada a canção
Metade com sete chaves
Nas grades do meu porão
A outra se gangrenando
Na chaga do meu refrão

Cala o peito, cala o beiço
Calabouço, calabouço

Olha o vazio nas almas
Olha um violeiro de alma vazia

Mulata mula mulambo
Milícia morte e mourão
Cala a boca moço, cala a boca moço
Onde amarro a meia espera
Cercada de assombração
Cala a boca moço, cala a boca moço
Seu meio corpo apoiado
Na muleta da canção
Cala a boca moço. Fala!

Olha o vazio nas almas
Olha um violeiro de alma vazia

Meia dor, meia alegria
Cala a boca moço
Nem rosa nem flor, botão
Cala a boca moço 
Meio pavor, meia euforia
Cala a boca moço
Meia cama, meio caixão
Cala a boca moço
Da cana caiana eu canto
Cala a boca moço
Só o bagaço da canção
Cala a boca moço
Cala o peito, cala o beiço
Calabouço, calabouço

Olha o vazio nas almas
Olha um violeiro de alma vazia

As paredes de um inseto
Me vestem como a um cabide
Cala a boca moço, cala a boca moço
E na lama de seu corpo
Vou por onde ele decide
Cala a boca moço, cala a boca moço
Metade se esverdeando
No limbo do meu revide
Cala o boca moço. Fala!

Olha o vazio nas almas
Olha um violeiro de alma vazia

Quem canta traz um motivo
Que se explica no cantar
Meu canto é filho de Aquiles
Também tem seu calcanhar
Por isso o verso é a bílis
Do que eu queria explicar
Cala a boca moço
Cala o peito, cala o beiço
Calabouço, calabouço

Olha o vazio nas almas
Olha um brasileiro de alma vazia.


Certamente esta letra de umas das músicas que mais cantei ainda quando jovem, reflita muito bem o meu olhar sobre a falta de uma política cultural em Campos dos Goitacases, cidade onde, moro no interior do Rio de Janeiro. Era um verdadeiro hino contra a censura que proibia o livre pensar e a livre manifestação nas artes e na cultura, além de impor uma cultura de massa alienadora.

Há semanas, depois da censura à encenação de ‘Bonitinha, mas ordinária’ — uma das peças que compõem a obra do mestre Nélson Rodrigues —, os artistas e intelectuais de Campos debatem a política cultural do governo municipal e seus reflexos na sociedade. São ponderações e posições que, no tabulamento final, se ressentem da falta de algo vivo e provocante no que tange à reflexão da nossa própria sociedade, advinda das manifestações artísticas e culturais no seu todo ou na falta destas.
Tema que ao longo das décadas costuma quando em vez eclodir.Tomadas algumas medidas paliativas das mais diferentes formas, a calmaria volta a reinar. Uma acomodação quase permitida pelos que, nestas mesmas décadas, debatem-se sobre o caminhar lento das manifestações, ou mesmo o seu sepultamento. E basta ter um pouco mais de 40 anos para perceber que os personagens são quase sempre os mesmos. Sintoma maior da falta do surgimento de novos movimentos que, certamente, nos presenteariam com novos pensamentos do mundo das artes e da cultura por parte dos mais jovens.
Não, ignoro, porém, o surgimento de novos artistas, da mesma forma que também vejo morrer outros tantos grupos da cultura tradicional de Campos. Não quero me referir ao carnaval, um dos mais disputados do Brasil – se bem que no tempo da geladeira a querosene —, mas aos grupos folclóricos e hábitos corriqueiros do imenso interior que se perderam.
Sem necessidade de colocar a lupa em nenhum, sem exagero, repito: nenhum setor da prefeitura vive uma realidade diferente, todos são tratados de forma idêntica ao tratamento que se impõe à cultura.
A prática dos governos de cunho ditatorial, aliada ao populismo, inclui sempre uma política do “faz de conta”. Esse tipo de governante sabe muito bem maquiar as necessidades básicas e oferecer mecanismos de compensação à população, desviando-a da suas reais necessidades. A “máquina”, que deveria estar funcionando para tornar o dia a dia da população mais tranquilo, identificar os problemas e solucioná-los em seus nascedouros — já que recurso é o que não falta —, está voltada para um projeto doentio de poder sem fim. Há sinais claros de que muitos projetos são feitos de trás pra frente, mais uma vez deixando de lado as prioridades.
Outro dia um amigo empresário, que atua em diversos estados do país, conversando comigo, disse como é a sua prática de abordagem juntos aos políticos. Dizendo ser conhecedor do projeto político de A ou B, ele manda: “Eu quero te ajudar, mas preciso ser ajudado. Eu tenho condições de fazer isso e isso...”. Daí, fechados os acordos, as necessidades passam a surgir num roteiro inverso. Nenhuma novidade para o Brasil.
Discutir acerca da cultura em um município que não tem sequer uma biblioteca digna, com uma população que passeia entre meio milhão de habitantes distribuídos em pouco mais de 4 mil km² — diga-se de passagem: na prefeitura existe apenas uma bibliotecária que em breve se aposentará —, quando a norma tem regras bem diferentes; sem uma galeria de arte sequer;  que permitiu escorrer por entre os dedos a escola de cinema que estava incluída no projeto inicial da Uenf; que assiste às destruições permanentes do seu sítio arquitetônico... Que nem se lembra mais do Solar da Baronesa ou do Ayrises – este com tantas promessas de ressurreição. Que permite negócios privados arrolando bens tombados pela emoção e amor do povo campista, sem nada fazer.  Que tem um Mercado Municipal centenário se derretendo e a sua torre gritando a sua morte, com seu tempo parado há décadas...
Por outro lado, sinto a falta do grito das instituições representantes dos profissionais ligados às coisas do patrimônio, da Justiça que parece não assistir a nada, de pessoas importantes no mundo da arte que puseram a sua trajetória para esquentar projetos duvidosos. Dezenas de casarões históricos de fazendas em todo o interior em estado de ruína...
Por não ter autorização do nosso amigo, omitirei seu nome, porém formado pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, representante de Campos em várias partes do Brasil e do mundo, um dos nomes entre poucos de todo o mundo que compõem a Exposição Itinerante “Abaixo o Bloqueio” – um protesto ao bloqueio econômico imposto pelos estados unidos a Cuba. Ele, que passou a sua arte e o seu conhecimento para dezenas e dezenas de alunos no curso de artes da Fundação Cultural, mas que não pôde dar continuidade ao trabalho, provavelmente por ter um alinhamento divergente do atual governo.
O que esperar de um grupo político em relação às artes e a cultura se este grupo é liderado por alguém que, por não aceitar um mero comentário gráfico em forma de charge, processa este mesmo artista, que é condenado a pagar 10 mil reais, não sei bem, mas parece-me por danos morais. Isso sem falar que a sua esposa apresentou outro questionamento à justiça pela mesma causa, quando ele sintetiza a voz dos campistas com o movimento ‘pinte os buracos de rosa’ – um movimento popular que exigia serviços de recuperação do piso das ruas de Campos.
O mais interessante não é o processo em si, mas a intolerância a qualquer tipo de crítica, mesmo se esta vier em forma de arte e humor. Não há nada maior contra a democracia do que a imposição do silêncio. E este artista não é o único a ‘estar no estaleiro’ por pensar diferente. Tenho dezenas de amigos na mesma situação. Imagino o tanto de outros que não conheço.
Outro dado curioso nos fazedores de artes que hoje falam pelo poder, é que, na sua maioria estiveram presentes nos governos anteriores de várias maneiras. Fossem atuando em suas áreas, fazendo parte dos órgãos da cultura, participando de projetos...
Torna-se improdutivo centrar foco de luz neste ou naquele personagem ou órgão de cultura para debatê-la a fim de resultados positivos. Afinal, os equívocos e distorções nas coisas da cultura não surgiram agora. São velhos cupins que corroem os concretos do Palácio da Cultura, do Teatro Municipal, dos Museus, do Arquivo... das nossas paciências há décadas e décadas. 

(*http://fromtheice.com.br/forum/index.php?/topic/72-shaco-o-bobo-da-corte-demoniaco/)

UENF ocupa o 18º lugar no país em Ensino

Pedra Sacramental 09

Ranking Universitário Folha 2013 também coloca a UENF em 23º lugar na Pesquisa
A UENF é a 18ª universidade do país no quesito Ensino e a 23ª na área de Pesquisa, de acordo com o RankingUniversitário Folha 2013, elaborado pelo Jornal Folha de São Paulo. Ocupando ainda o 30º lugar em Internacionalização, o 33º em Inovação e o 155º em Mercado, no cômputo geral a UENF ocupa o 36º lugar dentre as 192 instituições avaliadas pelo ranking. Em 2012, a UENF havia ficado em 41º lugar na mesma avaliação.
ranking referente ao Ensino levou em conta uma pesquisa feita pelo Datafolha com 464 professores universitários cadastrados pelo Inep-MEC que fazem regularmente a avaliação dos cursos de graduação. Considerou ainda a porcentagem de professores da universidade com doutorado, o número de professores com dedicação integral e a nota obtida no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade).
ranking de Pesquisa avaliou o total de publicações em 2009 e 2010 nos periódicos indexados na base Web of Science; o total de citações recebidas em 2011 em trabalhos científicos publicados em 2009 e 2010; a quantidade de citações feitas em 2011 em cada artigo científico publicado em 2009 e 2010; a quantidade de artigos científicos publicados em 2009 e 2010 por cada pesquisador da universidade; a quantidade de citações recebidas em 2011 para cada docente da universidade; a quantidade de artigos científicos publicados nas revistas científicas brasileiras da base SciELo e o total de recursos financeiros captados em agências estaduais e federais de fomento à ciência.
Já o ranking de Inovação tomou por base o número de pedidos de patentes da universidade no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) de 2002 a 2011, enquanto o ranking de Internacionalização considerou a quantidade de publicações internacionais que citam trabalhos da universidade em relação ao número de docentes da mesma instituição; a porcentagem de publicações feitas em parceria com pesquisadores estrangeiros em relação ao total de publicações da instituição; bem como a quantidade de docentes estrangeiros em relação ao corpo docente total.
O indicador mercado de trabalho levou em conta a Pesquisa Datafolha feita com 1.681 responsáveis pela área de recursos humanos de empresas de todo o país nas 30 carreiras analisadas pelo RUF.
— Considero aceitável que tenhamos ficado em 155º neste quesito. A principal característica da UENF é a qualidade, e não a quantidade de egressos que estão no mercado de trabalho. É natural que instituições que possuem 20 mil alunos e que formam 1 mil profissionais/ano tenham um destaque numérico maior que a UENF. Se não fosse essa média, estaríamos ainda melhores no ranking e isso é motivo de comemoração — avalia a pró-reitora de Graduação, Ana Beatriz Garcia.
Para obter mais informações, consulte o site do Ranking Universitário Folha 2013.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

UENF: Preservando as orquídeas

Projeto de extensão da UENF busca conscientizar a população sobre necessidade de preservar as orquídeas em seu habitat

A região Sudeste concentra a maior parte dos produtores de orquídea — uma das principais flores cultivadas e comercializadas no país. Com o intuito de conscientizar a população sobre a necessidade de preservação destas flores em seu habitat, os professores Virgínia Silva Carvalho e Henrique Duarte Vieira, do Laboratório de Fitotecnia (LFIT) da UENF, realizam há cinco anos o projeto de extensão “Entendendo as plantas da família Orchidaceae: conhecer para preservar e produzir com sustentabilidade”.

Durante os cinco anos deste projeto foram ministrados mais de 40 cursos na UENF, na Associação Orquidófila Vale do Itabapoana (AOVI) e no Jardim Botânico do Rio de Janeiro durante a Exposição “OrquidaRio”, com um público estimado de mais de mil pessoas.

— Nos cursos explicamos a importância de preservar as orquídeas em seu habitat e de não utilizar substratos oriundos da extração, como o xaxim e a casca de peroba, como formas de preservação do bioma. As orquídeas têm uma relação direta com fungos e insetos, sendo responsáveis pelo equilíbrio do meio ambiente — explica Virginia.

Os cursos buscam ampliar o nível de conhecimento e capacitar os produtores nas técnicas de cultivo e na produção comercial. Desta forma, vêm sendo oferecidos também cursos mensais sobre cultivo de orquídeas aos produtores, orquidófilos e demais interessados na produção de mudas de orquídeas in vitro.  
Virgínia Silva Carvalho
Neste ano foram desenvolvidos protocolos para a produção de mudas em larga escala visando atender aos produtores da região Norte e Noroeste Fluminense, como também aos mercados internos e externos. Segundo Virginia, o método utilizado para o semeio in vitro de orquídeas propõe a redução dos custos de produção. Portanto, há uma substituição de componentes do meio de cultura por outros mais simples como, por exemplo, a troca da sacarose P.A. por açúcar cristal, ágar por amido, entre outros que simplificam o preparo do meio de cultura e reduzem os custos de produção.

Além disso, o projeto busca impulsionar o desenvolvimento da floricultura na região Norte e Noroeste Fluminense, como também abordar a importância de reintroduzir plantas em ambientes de conservação e da reconstituição de habitats degradados pela ação indiscriminada do homem.

De acordo com Virginia, o fortalecimento de polos regionais e a grande variedade do consumo de espécies contribuem para o aumento da produção de orquídeas, o que garante maior empregabilidade tanto na área rural quanto nas cidades, propriedades e empresas agrícolas. 


— Esse crescimento representa uma alternativa altamente eficiente e eficaz para o desenvolvimento econômico e social sustentável e equânime entre as diversas macrorregiões geográficas do País — disse.

Segundo Virgínia, os pesquisadores envolvidos no projeto realizam reuniões mensais na UENF, todas as segundas quartas-feiras de cada mês, às 19h, na Sala de Conferência do prédio. P4.


Extrativismo era comum até o século XX

Até o século XX o comércio de orquídeas tropicais era realizado de forma extrativista e sem preocupação com a preservação dos habitats. Devido à falta de conhecimento das técnicas de cultivo, a maioria das plantas acabava morrendo na Europa, onde eram levadas após serem retiradas das florestas tropicais americanas e asiáticas. 

O cultivo comercial de orquídeas só teve um grande incentivo a partir do século XX com o aprimoramento dos métodos de propagação. De acordo com Virginia, a comercialização dessas plantas no Brasil é recente, embora a atividade já contabilize números bastante significativos. 

— São mais de 4 mil produtores, cultivando uma área de aproximadamente seis mil hectares anualmente, em 304 municípios brasileiros em 12 polos de produção. Atualmente é notável o crescimento e consolidação de importantes polos florícolas no Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás, Distrito Federal e na maioria dos estados do Norte e do Nordeste. O Rio de Janeiro importa cerca de 90% das flores que consome, sendo o segundo maior consumidor do Brasil, o que se traduz em um grande potencial de crescimento da floricultura no estado — relata Virgínia, acrescentando que os dados da floricultura brasileira são apenas dos produtores de orquídeas. 
ASCOM/UENF:Thaís Peixoto
Álvaro Sardinha

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Supermercado de Campos-RJ recebe ao som gospel

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Tá legal, eu amo música. Mas daí ter que ouvir gospel durante todo o tempo dentro do Super Bom da Alberto Torres enquanto faço compras é demais. E olha que vou no mínimo quatro vezes por semana ali.
Cheguei a sentir saudade da voz esganiçada de um rapaz que nos oferecia pelo sistema de som as ofertas da hora. Que tal colocar uma musiquinha ambiente, como instrumental, e nos oferecer instantes de relaxamento enquanto por lá estivermos???
Outra coisa que não me convence é o tal do cartãozinho amarelo, ou um recibo bem na entrada do estacionamento. Na velocidade ou lentidão do trânsito da Alberto Torres, é um total desserviço. Pior é o tempo que o funcionário leva anotando a placa do carro para depois retirar o cone - este novidade que apenas vi agora há pouco, enquanto carros atrás ficam atrapalhando o trânsito. Nada que um sistema de monitoramento eletrônico não pudesse substituir...
Para terminar: a saída do estacionamento deveria ser obrigatoriamente pela direita, contornando ou seguindo, dependendo do destino, a Álvaro Tâmega.
Apenas um freguês dando pitaco à moda antiga. Do tempo em que ia ao armazém de seu Juca e ele nos atendia com o famoso lápis apoiado na orelha.

Vitória dá exemplo.

clique na imagem e leia melhor

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Educação em Campos-RJ continua dando provas de falência.

Assisto agora a uma matéria na Inter TV, acerca da falta de professores na única escola de Coqueiros de Tocos. Dezenas de crianças fora da sala de aula. Mães sem resposta. Uma nota da Secretaria que nada explica, pelo contrário, comprova que a situação é comum a várias unidades. 
Não há mais como se tentar dar o mínimo de crédito a um governo que mente como quem saboreia um sorvete. E dá-lhe circo!!!!

domingo, 8 de setembro de 2013

UENF: 56º CONEA será aberto nesta segunda-feira

conea

Congresso vai reunir na UENF, até 15/09, estudantes e profissionais da área de Agronomia de várias partes do país
Será aberto nesta segunda-feira, 09/09, às 8h30, no Centro de Convenções da UENF, o 56º Congresso Nacional de Estudantes de Agronomia. O evento, que se estende até 15/09, vai reunir estudantes e profissionais da área de Agronomia de várias partes do  país. O tema central do Congresso é “O papel do(a) agrônomo(a) em formação na realidade indígena e nas comunidades tradicionais”.
— O estudante de agronomia não pode se limitar à parte técnica da profissão. Ele tem que estar antenado com as questões sociais e buscar compreender o seu papel nesse contexto — diz o estudante de Agronomia da UENF Lucas Moretz-Sohn, que participa da Comissão Organizadora do evento ao lado de outras 12 pessoas.
Ele observa que a escolha do tema é emblemática para Campos dos Goytacazes, uma vez que o município, embora tenha o nome de uma tribo indígena, passou por um processo de dizimação total de seus primeiros povos: os índios Goitacá. Na escolha do tema, também pesou o fato de a UENF ter sido idealizada por Darcy Ribeiro, um dos maiores estudiosos da questão indígena brasileira.
Promovido pelo Centro Acadêmico de Agronomia “Seu Juvenal” e a Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil (FEAB), o Congresso  conta com o apoio da Reitoria da UENF, Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas da UENF (NEABI) e coordenação do
curso de Agronomia.
Esta será a primeira vez que o congresso ocorrerá em Campos. O último, realizado no ano passado, teve como sede a cidade de Cruz das Almas, na Bahia; e o de 2011 foi realizado em Belém.