sexta-feira, 27 de setembro de 2013

De olho nos bondinhos da Lapa carioca

Sonia Rabello
Após dois anos do acidente – previsível e evitável – que matou seis pessoas, feriu 50 e tirou de circulação os bondinhos que rodavam desde 1896, a Associação dos Moradores e Amigos de Santa Teresa (AMAST) ainda reivindica a restauração completa dos bondes históricos.
Segundo a Associação, mesmo tombados como patrimônio histórico e cultural, os bondinhos do bairro vinham sendo sistematicamente sucateados desde os anos sessenta. Em 2008, por exemplo, o Governo do Rio se desfez, em silêncio, de aproximadamente 60 toneladas de material do sistema.
Agora, conforme noticiado, este mesmo governo anuncia que as oficinas onde se encontram os bondes antigos serão reformadas e que, para isso, todos eles terão de sair de lá. Os moradores exigem que, antes de qualquer movimentação, seja feito um inventário rigoroso e detalhado de tudo o que está dentro dessas oficinas, sem o qual será impossível proteger o acervo.
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” (…) exigimos que ele seja certificado por uma instância independente, como o Iphan. Não podemos permitir que o Governo do Rio continue a decidir em surdina sobre o destino dos bondinhos amarelos”, relata a Associação.
O movimento “Meu Rio” juntou-se à causa e convoca toda a cidade para vigiar durante 24 horas por dia, a saída das oficinas dos bondes de Santa Teresa, de modo a evitar qualquer movimentação de seu acervo histórico.
Com o “De Guarda”, site criado pelo movimento, montou-se uma base que permite que todos monitorem via internet a saída das oficinas dos bondes e alertem outros cariocas, apertando um único botão, caso seja vista alguma movimentação suspeita, evitando que da história desse patrimônio sobre apenas um museu.
Confira como alistar-se para ficar De Guarda pelos bondinhos! Clique aqui.

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