quarta-feira, 30 de maio de 2012

UENF: Vagas na área de Publicidade e Relações Públicas


Profissionais formados em Publicidade e Relações Públicas, com pelo menos três anos de experiência profissional, podem se inscrever até 06/06 no Edital Universidade Aberta da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (PROEX) da UENF. Os bolsistas selecionados atuarão no projeto 'Aprenda mais conhecendo a UENF', que tem por objetivo divulgar informações sobre a Universidade para estudantes de escolas de Campos e outros municípios. A bolsa tem o valor de R$ 1,2 mil e o bolsista deverá trabalhar 20 horas por semana.

Veja os perfis das bolsas:

3.5. Comunicação:

3.5.1. Aprenda mais Conhecendo a UENF

a) Multiplicador(a) com formação de nível superior em Comunicação Social, habilitado em Relações Públicas, com habilidade para lidar com e falar em público, boa redação, experiência comprovada (mínimo de 3 anos) em trabalhos similares, domínio de ferramentas de computador e de internet, espírito de iniciativa e de equipe, habilidade para coordenar tarefas e disponibilidade (inclusive de tempo) para deslocamentos em Campos dos Goytacazes e municípios próximos.
01 bolsa - Nível Superior - 20 horas – R$1.200,00 (unid)

b) Multiplicador(a) com formação de nível superior em Comunicação Social, habilitado em Publicidade & Propaganda, com habilidade para lidar com e falar em público, boa redação, experiência comprovada (mínimo de 3 anos) em trabalhos similares, domínio de ferramentas de computador, de editoração eletrônica e de internet, espírito de iniciativa e de equipe, habilidade para coordenar tarefas e disponibilidade (inclusive de tempo) para deslocamentos em Campos dos Goytacazes e municípios próximos.
01 bolsa - Nível Superior - 20 horas – R$1.200,00 (unid)

O Edital também prevê bolsas para outras áreas. Consulte em
Veja o edital: http://www.uenf.br/arquivos/PORTAL_UENF/arquivos/Editais/PROEX/2012/EDITAL_Multiplicadores_PROEX_2012_final.pdf

terça-feira, 29 de maio de 2012

A AIC está promovendo a Semana da Imprensa.



Segue abaixo, a atração de sexta, o "Balada Curta". Pedimos a colaboração de vocês na divulgação e contamos com a presença de todos. Será uma noite muito agradável. Abraços


3º Balada Curta nesta sexta-feira na AIC
Nesta sexta-feira (dia 1º), dando prosseguimento à 22ª Semana da Imprensa, a Associação de Imprensa Campista (AIC) vai promover em sua sede, o 3º Balada Curta. O evento acontece a partir das 21h, reunindo cinema, música, literatura, fotografia e bar em um único ambiente. O "Balada" tem entrada franca e é aberto ao público em geral: ligado ou não à área de Comunicação. Abaixo, a programação detalhada: 


Vídeo:
Narradores do Açú – Curso Jornalismo UNIFLU
Ignorados – Núcleo de Criação Audiovisual do Pólo Universitário de Campos dos Goytacazes - UFF
Velhice - Núcleo de Criação Audiovisual do Pólo Universitário de Campos dos Goytacazes – UFF
Casa do Capeta – Canibal Goytacá
Passageiros da Alegria - Gildo Henrique
Câmara Escura - Gildo Henrique


Música:
Noite do Vinil - Colecionador Wellington Cordeiro
Música Experimental - Dj Harlen Pinheiro
Participações: Maria Fernanda e Ivan Lee


Exposição fotográfica:
Mostra virtual organizada pela Casa da Fotografia de Campos. Participantes: Alicinéia Gama, Anacele Nuffer, Antônio Cruz, Carlos Emir, Dani Garnier, Leonardo Berenger, Livia Amorim, Mary Chrisóstomo, Mauro de Souza, Patrícia Bueno, Thiago Freitas, Thiago Macedo e Wellington Cordeiro.


Microfone aberto: 
A AIC disponibilizará um microfone para manifestações diversas como música, poesia etc.


Bebidas e afins:
Botequim da Imprensa – AIC


Local: AIC - Rua Tenente Coronel Cardoso, 460, Centro, Campos 
Curadoria do Balada Curta: Alexandro F. e Wellington Cordeiro

IV Congresso Fluminense de Iniciação Científica e Tecnológica (CONFICT)



Embora jovens, eles já participam de projetos de pesquisa e vão mostrar seus trabalhos — junto com seus rostos e seus sonhos — para avaliadores e para o público em geral. Os alunos bolsistas de Iniciação Científica da UENF, do IFF e da UFF serão os astros do IV Congresso Fluminense de Iniciação Científica e Tecnológica (CONFICT), que ocorrerá de 02 a 05/07. O tema geral do evento é ‘Ciência & Tecnologia no caminho da cooperação internacional’.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Código Florestal: NOTA DA BANCADA DO PARTIDO VERDE




SOBRE OS VETOS AO CÓDIGO FLORESTAL APÓS A PUBLICAÇÃO DA LEI 12.651/2012 E À EDIÇÃO DA MP 571/2012

Nos termos dos diplomas legais publicados na data de hoje, tanto a Lei Nº 12.651/2012 quanto a Medida Provisória Nº 571/2012, verifica-se uma substancial modificação nos termos do texto aprovado, em última instância, pela Câmara dos Deputados, referente ao Projeto de Lei do Código Florestal.

Inicialmente, recuperaram-se os princípios e objetivos do Código Florestal, dentre eles o reconhecimento das florestas existentes no território nacional e demais formas de vegetação nativa como bens de interesse comum a todos os habitantes do País e a afirmação do compromisso soberano do Brasil com a preservação das suas florestas e demais formas de vegetação nativa, da biodiversidade, do solo e dos recursos hídricos, e com a integridade do sistema climático, para o bem-estar das gerações presentes e futuras; 

A Medida Provisória Nº 571 definiu no tempo e no espaço o que vem a ser a prática agronômica de pousio, conferindo, também, neste caso, maior segurança jurídica e evitando-se que áreas em estágios iniciais de regeneração, como no caso da Mata Atlântica, pudessem ser consideradas como consolidadas e, portanto, passíveis de utilização.

As várzeas, apicuns e salgados são resgatados como áreas de preservação permanente, evidenciando a importância da associação com o ecossistema mangue, que assim passam a ser, também, protegidos. Ao mesmo tempo em que propicia ao Brasil cumprir os compromissos assumidos nas Convenções Internacionais, que tratam da proteção dos sistemas úmidos. Nos preocupa, contudo, a redação dada pelo art. 11-A, no seu § 1º, que mesmo estabelecendo critérios, continua a permitir o desenvolvimento da atividade de carcinicultura em apicuns e salgados,

No que diz respeito a definição da largura da faixa de passagem de inundação, em áreas urbanas e regiões metropolitanas, bem como das áreas de preservação permanente, serem estabelecidas pelos planos diretores e leis, o veto resgata a necessidade de observância dos critérios mínimos de proteção, voltados, principalmente, para a prevenção aos inúmeros acidentes ambientais que, a cada início de ano, assolam o nosso país, na forma de inundações e desmoronamentos. Também clarifica as regras em consonância com o disposto na Lei Complementar Nº 140/2011.

No que tange ao Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno de Reservatório Artificial, o veto valoriza a participação de importantes colegiados, a exemplo do CONAMA, na definição de tais temas, conferindo maior legitimidade e segurança em todo o processo. Obviamente com ganhos ambientais.

O veto ao artigo 43, por sua vez, diminui a proteção ambiental, uma vez que, as concessionárias de Energia Elétrica e de Abastecimento de Água, usualmente, detêm concessões quase que eternas para a exploração desses serviços. Entendemos ser razoável que as mesmas também participem da recuperação e da manutenção de vegetação nativa em Áreas de Preservação Permanente existentes na bacia hidrográfica em que ocorrer a exploração, pois são beneficiárias diretas desses recursos ambientais, até mesmo na perspectiva do interesse público de que este serviço não venha a faltar ou ser prestado com uma qualidade não adequada para a população. O veto, neste caso, diminui a proteção ambiental.

Ao exigir, nos termos do artigo 61-A da Medida Provisória Nº 571/2012, a recomposição das respectivas faixas marginais para todos os imóveis rurais desmatados até 22 de julho de 2008, garante-se maior segurança jurídica a tal fato, uma vez que o artigo vetado previa apenas e claramente a recuperação ao longo dos cursos d’água de largura de até 10 metros, independentemente do tamanho da propriedade, com faixas pré-estabelecidas de 15 metros, ficando omisso para os rios com largura acima de 10 (dez) metros.

A redação proposta na Medida Provisória trata as propriedades com até 10 (dez) módulos fiscais, que representam cerca de 90% (noventa por cento) das propriedades do Brasil e que ocupam apenas 24% (vinte e quatro por cento) da área total agrícola, sendo responsável por 70% (setenta por cento) da produção de alimentos, de forma diferenciada, sendo que para até 4 (quatro) módulos a recomposição se dará em, no máximo, 20% (vinte por cento) da propriedade.

As faixas previstas variam de 5 (cinco) a 15 (quinze) metros para os imóveis de até 4 (quatro) módulos.
Para os imóveis entre 4 (quatro) e 10 (dez) módulos, a faixa será de 20 (vinte) metros para rios com até 10 (dez) metros de largura e de 30 (trinta) a 100 (cem) metros para rios com largura acima de 10 metros.

Para as demais propriedades, acima de 10 módulos, para rios com até 10 metros, a recuperação será de 30 metros e de 30 a 100 metros para os rios com largura acima de 10 metros. Nestes dois casos, a recuperação será integral. 

De uma forma geral, a definição das faixas é positiva, pois diminui a insegurança jurídica e garante, mesmo em patamares ainda não ideais, que a recomposição dessas áreas de preservação permanente aconteça. Por outro lado, a redação dada ao caput do artigo 61-A, no âmbito da MP 571, consolida todas as atividades agrossilvipastoris de ecoturismo e turismo rural, estabelecidas nas propriedades até 22 de julho de 2008. Continua neste dispositivo a mesma anistia com a utilização da mesma data, a qual, no nosso entendimento, deveria ser 21 de setembro de 1999, data do primeiro Decreto regulamentador da Lei de Crimes Ambientais.

Finalizando, entendemos que as premissas e princípios adotados na definição dos vetos e na edição da Medida Provisória nº 571, de 2012, recuperam, em parte, as preocupações ambientais apontadas pelo Partido Verde, por ocasião da discussão da matéria no Congresso Nacional, principalmente, no que diz respeito à manutenção dos institutos da Área de Preservação Permanente e da Reserva Legal, e da obrigatoriedade de sua recomposição, mesmo que de forma parcial. Melhor seria o veto total ao Projeto de Lei nº 1876 de 1999.

Brasília, 28 de maio de 2012.


BANCADA DO PARTIDO VERDE
Descrição: logo PV



Assessoria de Imprensa
Liderança do Partido Verde
Câmara dos Deputados

Acidente há cerca de 1 hora na Campos-São Fidélis

Clique sobre a imagem e amplie
Há três quilômetros de Santa Cruz, este veículo que trafegava no sentido Campos-São Fidélis bateu de frente a uma árvore para impedir um acidente mais grave. O condutor (foto) muito abalado ainda, apenas reclamava da dor causada pelo cinto de segurança, o que com certeza lhe salvou a vida. Segundo ele, a árvore foi o último recurso, "impedindo uma tragédia maior", já que um gol branco, não identificado, que fugiu do local, cortava imprudentemente um outro veículo e poderia haver uma colisão entre eles.
Uma ambulância da PMCG, que passava pelo local no instante do acidente parou para socorrer, mas o condutor dispensou ajuda por se sentir bem.
Uma placa em frente ao local sinaliza a velocidade para aquele trecho: 60 km.
Mais um caso de imprudência dos nossos motoristas!

E em Volta Redonda...


Entraríamos mais para contribuir com projetos, sem nomes para pleitear secretarias ou a vice’
Gotardo Netto: Entraríamos mais para contribuir com projetos, sem nomes para pleitear secretarias ou a vice’

Volta Redonda
Desde o anúncio de que o ex-prefeito e presidente municipal do PSB, Gotardo Netto, ficaria de fora da disputa pelo Palácio 17 de Julho, criou-se uma expectativa para saber com quem o médico caminhará no pleito deste ano. E, hoje, o ex-chefe do Executivo deu uma pista do que pode acontecer: ele (e seu partido) devem apoiar a majoritária liderada pelo PV, que tem como pré-candidato o vereador Jair Nogueira.
- Existe uma predominância de pensamentos no PSB, que aponta para uma aliança com o Partido Verde. Vale lembrar que, na época em que atuei como chefe do Executivo, eu pertencia a essa sigla - afirmou.
Gotardo destacou que a tendência não parte de uma vontade própria, mas, sim, de uma decisão coletiva.
- Temos nos reunido toda semana. O diretório inteiro definirá, em colegiado, com que legenda fecharemos a parceria. As bases estão participando da discussão - explicou.
- Aliás, não estamos colocando em xeque apenas o posicionamento partidário, mas, também, projetos de governo e diretrizes de políticas públicas - acrescentou o ex-prefeito.
O cacique socialista, porém, negou quaisquer chances de o PSB pleitear uma vaga na majoritária do PV.
- Entraríamos mais para contribuir com projetos, sem discussão de nomes para ocupar secretarias ou vice. Queremos ações que implementem uma melhoria na qualidade de vida da população - esclareceu.
Por fim, Gotardo calculou o prazo em que sua sigla se posicionará oficialmente.
- Em uma ou duas semanas deverá sair a resposta, até porque as convenções já estão quase chegando - arrematou.


Leia mais: http://diariodovale.uol.com.br/noticias/2,57678,PSB-devera-apoiar-o-PV-na-majoritaria.html#ixzz1w9sT6Lxy

sábado, 26 de maio de 2012

Professor de Filosofia levanta debate no Blog Ciência UENF




Professor de Filosofia Julio Cesar Ramos Esteves: contrário ao aborto

Esteves: sacralização ou banalização
Um tema delicado, mas raramente debatido em profundidade, está caminhando para bater o recorde de visualizações e comentários no Blog Ciência UENF: o aborto dos anencéfalos, recentemente permitido por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
Logo após a decisão do STF, em abril, o blog publicou matéria onde um especialista em Neurobiologia afirma que o bebê anencéfalo é incapaz de ter consciência e de ter sensações somáticas ou executar movimentos voluntários. Ao ler a postagem nos Estados Unidos, onde está por concluir o pós-doutorado dedicado ao estudo de questões relacionadas à Ética, o professor de Filosofia Julio Cesar Ramos Esteves propôs um debate interdisciplinar sobre a questão. Mesmo antes de retornar ao Brasil, concedeu entrevista pela internet ao Blog Ciência UENF.
- Suponha que um médico lhe diga que você tem um problema tão sério no cérebro que não terá como sobreviver por mais de uma semana. Você acharia plausível que ele quisesse interromper logo a sua vida, alegando, por exemplo, que você só vai dar uma despesa inútil consumindo alimentos para manter uma vida sem perspectiva?  Evidentemente, você não concordaria com isso – dispara o professor.
Para Esteves, a institucionalização do aborto no caso dos anencéfalos tende a levar à oficialização da prática em outros casos de anomalias fetais, legitimando práticas de eugenia.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Emec recebe 3º termo aditivo de R$ 681.988,59 mil para poda de árvores, mesmo com contrato de R$ 14.650.000.00 milhões


Veja tudo em:

CADE CAMPOS NOTÍCIA recebe denúncia de abandono dos jornais do Partido da República (PR) em Campos

imagem: Cadê Campos Notícias

Oficiais de Justiça cumpriram mandado de busca e apreensão na sede do PR, no Centro do Rio de Janeiro apreendendo jornais do Partido da República (PR) denominado “A República 22”. A edição aprendida iria divulgar fotos privadas do Governador do Estado do Rio de Janeiro Sérgio Cabral Filho. Segundo o ex-governador Garotinho em seu blog a decisão é da juíza Ana Paula Pontes Cardoso, titular da 192ª Zona Eleitoral e atende a um pedido do PMDB. A magistrada eleitoral considerou que as imagens podem configurar propaganda eleitoral antecipada. As imagens são as mesmas divulgadas anteriormente pelo deputado federal Anthony Garotinho (PR).
O próprio PMDB fez a reclamação à Justiça Eleitoral alegando que se tratava de propaganda eleitoral antecipada. Na contramão, o PR justifica que o jornal não pode ser considerado propaganda eleitoral, já que não dá voz a nenhum candidato das próximas eleições, apenas mostra as fotos das festas de Cabral em Paris.
Veja a matéria completa em: http://cadecamposnoticias.com.br/13231.html

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Conselho Regional de Psicologia promove cine-debate em Campos



Conselho Regional de Psicologia - Subsede do Norte e Noroeste Fluminenses realizará um cinedebate sobre bullying e a judicialização da vida escolar no dia 29 de maio de 2012, das 18:30 às 20:00 no auditório Honor Sobral no hospital Álvaro Alvim. Será exibido parte do filme "Entre os muros da escola" e o debate em seguida contará com a participação da psicóloga Giovanna Marafon, conselheira do Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro. Seguem abaixo as informações do cine debate:


O que? Exibição de trecho do filme "Entre os muros da escola" seguido de debate sobre bullying e judicialização da vida escolar.


Quando? 29 de maio das 18:30 às 20:00


Onde? Hospital Álvaro Alvim - Auditório Honor Sobral (Rua Barão da Lagoa Dourada, 409, Pelinca, Campos Dos Goytacazes)


Não é necessário realizar inscrição prévia e a entrada é franca.


PARTICIPE E DIVULGUE!

Bloco da Repsol em Campos tem equivalente a 1,2 bi de barris


A petrolífera espanhola Repsol informou nesta quinta-feira que o total estimado de recursos do bloco BM-C-33, em região pré-sal da Bacia de Campos, é de mais de 700 milhões de barris de óleo leve e 3 trilhões de pés cúbicos de gás, equivalentes a 545 milhões de barris de petróleo. "É uma das maiores reservas do mundo em 2012", disse a petrolífera espanhola. "Os dados confirmam o potencial do bloco BM-C-33 na Bacia de Campos", acrescentou a empresa. A concessão é operada pela Repsol Sinopec Brasil, com 35 por cento de participação em um consórcio formado por Statoil (35 por cento) e Petrobras (30 por cento).

retirado de Estadão 

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Memórias de uma guerra suja e a participação da mídia no apoio à ditadura


ditadura
A Folha da Manhã, do Grupo Folha, apoiou a ditadura
O livro Memórias de uma guerra suja, depoimento do ex-delegado do DOPS, Claudio Guerra, a Marcelo Netto e Rogério Medeiros, foi recebido inicialmente com certa incredulidade até por setores progressistas. Há revelações ali que causam uma rejeição visceral de auto-defesa. Repugna imaginar que em troca de créditos e facilidades junto à ditadura, uma usina de açúcar do Rio de Janeiro tenha cedido seu forno para incinerar cadáveres de presos políticos mortos nas mãos do aparato repressivo.
O acordo que teria sido feito no final de 1973, se comprovado, pode se tornar o símbolo mais abjeto de uma faceta sempre omitida nas investigações sobre a ditadura: a colaboração funcional, direta, não apenas cumplicidade ideológica e política, mas operacional, entre corporações privadas, empresários e a repressão política. Um caso conhecido é o da Folha da Tarde, jornal da família Frias, que cedeu viaturas ao aparato repressivo para camuflar operações policiais.
Todavia, o depoimento de Guerra mostra que nem o caso da usina dantesca, nem o repasse de viaturas da Folha foram exceção. Esse é o aspecto do relato que mais impressionou ao escritor e jornalista Bernardo Kucinski, que acaba de ler o livro. Sua irmã, Ana Rosa Kucinski, e o cunhado, Wilson Silva, foram sequestrados em 1974 e desde então integram a lista dos desaparecidos políticos brasileiros.
Bernardo atesta:’ Esta tudo lá: empresas importantes como a Gasbras, a White Martins, a Itapemirim, o grupo Folha e o banco Sudameris, que era o banco da repressão; o dinheiro dos empresários jorrava para custear as operações clandestinas e premiar os bandidos com bonificações generosas’.
No livro, Claudio Guerra afirma que Ana Rosa e Wilson Campos — a exemplo do que teria ocorrido com mais outros oito ou nove presos políticos — tiveram seus corpos incinerados no imenso forno da Usina Cambahyba, localizada no município fluminense de Campos.
A incredulidade inicial começa a cair por terra. Familiares de desaparecidos políticos tem feito algumas checagens de dados e descrições contidas no livro. Batem com informações e pistas anteriores. Consta ainda que o próprio governo teve acesso antecipado aos relatos e teria conferido algumas versões, confirmando-as. Tampouco o livro seria propriamente uma novidade para militantes dos direitos humanos que trabalham junto ao governo. O depoimento de Guerra, de acordo com alguns desses militantes, teria sido negociado há mais de dois anos, com a participação direta de ativistas no Espírito Santo.
A escolha dos jornalistas que assinam o trabalho – um progressista e Marcelo Netto, ex-Globo simpático ao golpe de 64 – teria sido deliberada para afastar suspeitas de manipulação. Um pedido de proteção para Claudio Guerra já teria sido encaminhado ao governo. Sem dúvida, o teor de suas revelações, e a lista de envolvimentos importantes, recomenda que o ex-delegado seja ouvido o mais rapidamente possível pela Comissão da Verdade.
Bernardo Kucinski, autor de um romance, ‘K’, – na segunda edição – que narra a angustiante procura de um pai pela filha engolida no sumidouro do aparato de repressão, respondeu a quatro perguntas de Carta Maior sobre as “Memórias de uma Guerra Suja”:
– Depois de ler a obra na íntegra, qual é a sua avaliação sobre a veracidade dos relatos?
– As confissões são congruentes e não contradizem informações isoladas que já possuíamos. Considero o relato basicamente veraz, embora claramente incompleto e talvez prejudicado pelos mecanismos da rememoração, já que se trata da confissão de uma pessoa diretamente envolvida nas atrocidades que relata.
– Por que um depoimento com tal gravidade continua a receber uma cobertura tão rala da mídia? Por exemplo, não mereceu capa em nenhuma revista semanal ‘investigativa’.
– Pelo mesmo motivo de não termos até hoje um Museu da Escravatura , não termos um memorial nacional aos mortos e desaparecidos da ditadura militar, e ainda ensinarmos nas escolas que os bandeirantes foram heróis; uma questão de hegemonia de uma elite de formação escravocrata.
– Do conjunto dos relatos contidos no livro, quais lhe chamaram mais a atenção?
– O episódio específico que mais me chamou a atenção foi a participação direta do mesmo grupo de extermínio no golpe organizado pela CIA para derrubar o governo do MPLA em Angola, com viagem secreta em avião da FAB.
– O que mais ele revela de novo sobre a natureza da estrutura repressiva montada no país, depois de 64?
– Fica claro que as Forças Armadas montaram grupos de captura e extermínio reunindo matadores de aluguel, chefes de esquadrões da morte, banqueiros do jogo do bicho, contrabandistas e narcotraficantes. Chamaram esses bandidos e seus métodos para dentro de si. Esses criminosos, muitos já condenados pela justiça, dirigidos e controlados por oficiais das Forças Armadas, a partir de uma estratégia traçada em nível de Estado Maior, executavam operações de liquidação e desaparecimento dos presos políticos, o que talvez explique o barbarismo das ações. Também me chamou a atenção a participação ampla de empresários no financiamento dessa repressão, empresas importantes como a Gasbras, a White Martins, a Itapemirim, o grupo Folha – que emprestou suas peruas de entrega para seqüestro de ativistas políticos -, e o banco Sudameris, que era o banco da repressão; dinheiro dos empresários jorrava para custear as operações clandestinas e premiar os bandidos com bonificações generosas. Está tudo lá no livro.
(Correio do Brasil)

Nahim: “O prefeito de Campos é Garotinho”


nahim
O presidente da Câmara de Campos, Nelson Nahim (PPL), fez um desabafo durante a sessão de hoje. Segundo Nahim, o PPL não vai caminhar com a prefeita Rosinha Garotinho (PR). “Não podemos aceitar certas coisas. A prefeita Rosinha não decide nada. Quem governa é o deputado Garotinho, meu irmão. O prefeito de Campos é o deputado Garotinho. A prefeita não despacha com vereadores e, sinceramente, não consigo apoiar esse governo. Votar em Rosinha é ter mais quatro anos de Garotinho. Se ela fosse a prefeita eu daria um voto de confiança porque ela merece. Mas não é ela que governa”, disparou Nahim, que foi além. “Hoje Campos assiste um homem usar a cidade para atender vontades pessoais. Ele quer retornar ao governo do Estado e, para isso, faz de tudo para reforçar as suas bases eleitorais”, disse Nahim.
Nahim também afirmou que o governo Rosinha é incoerente. “Eles estão ao lado de pessoas que eram atacadas por Garotinho. Corruptos que foram apontados por Garotinho hoje indicam cargos importantes com objetivo meramente eleitoral. É muita demagogia. Eu tenho pena da nossa cidade e da prefeita Rosinha”, frisou Nahim, lembrando do seu tempo na Prefeitura. “Muita gente apostou que eu seria um péssimo prefeito. Fui bem e isso não foi aceito por quem gosta de brilhar sozinho”, completou.
Surpresas — Segundo Nahim, muitas coisas podem acontecer. “Não se surpreendam se Chicão deixar de ser o vice. Não sei se Dr. Chicão será útil novamente. Eles já me trocaram em 2008 e podem fazer isso novamente”, opinou Nahim.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Parabéns, Amanda...

...Que por toda a sua vida haja um caminhar tranquilo e sereno sempre na direção do bem e da harmonia.
'Tá legal...atendendo a pedidos e matando a curiosidade: Amanda D'Alessandri Muylaert é a caçula e está completando uma dúzia de anos de vida.

O Relógio


Por Arlindenor- Sentado da sua mesa podia olhar o Relógio,que imponente dominava aquele trecho da cidade. Tec, tec, tec, o barulho das máquinas de escrever ia se perdendo, transportando-o, fazendo com que a realidade ficasse mais longínqua; fazendo-o viajar para fora da seção. Não sabia explicar, mas desde pequeno, quando fitava aquele Relógio, como naquele momento, sua alma se enchia de emoção. As vezes, quando sua avó levava-o até a cidade, surpreendia-se em estado de tensão, aguardando que o trem chegasse à primeira curva, de onde podia avistar uma de suas faces. E, quando ao longe ele ia surgindo, enorme, branco, com rapidez acertava o seu relógio de pulso, brinquedo dado pelo tio Reinaldo, que sempre o acompanhava nos dias de ir até a cidade – dias de festa. Jamais se esqueceu daquele dia, quando sua mãe levou-o à casa de uma amiga em Copacabana e ele pode vê-lo, pela primeira vez à noite. Foi demais! Estava todo aceso: seus enormes ponteiros e números destacando-se na escuridão do céu. Enormes, marcando as horas: quinze para às oito, ainda se lembra.
Agora, olhando para o Relógio, depois de tanto tempo, sorria ao relembrar a idéia que dele faziam. Via, agora que não era tão grande assim, nem mesmo tão bonito. Talvez os olhos de uma criança vejam as coisas diferentes…mais bonitas, maiores! Ao longo dos tempos passara a ouvir muitas histórias sobre ele. Passou, como muita gente, a associá-lo à vida da cidade, aos constantes atrasos dos trens. Convenceu-se que eram verdades as coisas engraçadas que contavam, colocando-o como único responsável nos atrasos dos empregados, das músicas que faziam a esse respeito. Mas, mesmo assim, admirava-o. Tinha por ele um grande carinho. Via-o como um amigo, que dali, mudo e impassível, acompanhava a sua vida, pois, tinha sido o espectador sempre presente em momento importantes da vida nacional. Podia imaginá-lo a assistir, lá do alto, aos desfiles, as bandeiras vermelhas, a luta pelo petróleo, a queda de Vargas, o suicídio, o governo Dutra, as repressões aos trabalhadores, aos assassinatos. Ele assistira derramar-se à sua volta as greves, as manifestações na Central do Brasil, o quebra-quebra do bondes. O governo do Juscelino, a mudança de capital. E agora, olhando para ele, daquela janela de repartição pública, voltou a lembrança daquele dia que, ainda pequeno, levado por mãos de quem não se lembra, participou da homenagem que fizeram ao presidente americano que chegara ao Rio. Ficou marcado que os gritos de “I like lke “não foram escutados nas imediações da Central, reduto de operários.
Por uma dessas obras do destino, quando chegou a época de cursar a escola secundária, época em que alargou seus horizontes para além do bairro suburbano em que vivia, foi num colégio do estado- o Orsina da Fonseca, exatamente ao lado da Central, que passou a estudar. E lá, bem no alto, defronte a sua janela, estava o seu amigo. Passava horas e horas, largado olhando para ele, sem prestar atenção nas intermináveis palestras em francês de Dona Tora, elegantíssima professora de francês que todo dia chegava ao colégio num reluzente Mercedes da embaixada, prerrogativa de quem era mulher de embaixador. Quando o professor Bayard fazia aquelas suas críticas ao governo, atacando o Lacerda, todos na sala olhavam rindo para ele, entendendo o que queria dizer quando o associava aos atrasos no pagamento do magistério estadual. Uma vez, recorda-se, quando na aula de fantoches do mestre Belan, pediram-lhe que escrevesse uma historieta para ser apresentada no auditório de colégio, foi sobre o seu amigo que escreveu. E a Maria Adélia, a portuguesinha de coxas grossas que morava na rua do Jogo- da- Bola? Era no Campo de Santana aonde iam namorar, as mãos dadas, o sexo explodindo por entre as calças, matando aula, o olho controlando as horas para pegar o bonde Uruguai-Engenho Novo, com os amigos do Pedro II! Ufa…que aventura!
Num dia de agosto, qual não foi sua surpresa, quando chegou ao colégio e viu que ele estava tomado por tanques enormes, contingentes de soldados armados, caras com graxa, em trincheiras, canhões antiaéreos. Não houve aula. Todos foram mandados de volta para casa porque o presidente tinha renunciado e ninguém sabia o que iria acontecer. Depois disso, sempre que chegava cedo, dava um pulo ao centro da praça que separava o colégio da Central, para ver de perto a troca de guarda do Panteon, onde os soldados levavam bandas e flores para o Duque de Caxias.Momentos de excitação para uma criança!
Foi com tristeza que um dia teve que abandonar o colégio, pois fora transferido para outro na Tijuca, longe da Central e da cidade. Mas, sua vida ainda continuaria ligada ao Relógio
À seus pés, levado pelo jornalista Muniz Bandeira, assistiu ao grande comício da Central, onde se diluiu na multidão de operários, camponeses e estudantes que, aos milhares, fluíam ao redor de um grande palanque para ouvirem as palavras de homens como Arraes, Brizola e outros. Já rapaz, qual sonâmbulo, andava de um lugar para o outro, bebendo as palavras, os comentários e os gritos extasiados com o número enorme de pessoas, pois, nunca tinha assistido a alguma coisa como aquela. Olhou para cima. Soberbo, lá estava o seu amigo, e preso ao edifício da Estrada de Ferro, um enorme painel do presidente Jango que, dias depois, seria derrubado e partiria para o exílio.
Numa tarde chuvosa, no dia 1º de abril, horrorizado em frente ao Campo de Santana, assistiu às metralhadoras atirarem nos estudantes do Caco, deixando corpos na calçada, abrindo caminho para que as tropas do general Mourão pudessem ocupar a Praça da República.
Quantas coisas esse Relógio não testemunhou. O silêncio geral. As paradas comportadas do 7 de setembro, as pessoas indo para o trabalho, o carnaval!
Num dia, em 1968, assistiu, junto com ele, a um inflamado discurso do Wladimir, que em frente ao STM, levado por milhares de pessoas, exigia a libertação dos presos políticos. E, anos mais tarde, achava graça daquilo tudo, olhando para o seu amigo não mais das ruas, mas de uma janela de sua cela no DOPS, na Rua da Relação, onde podia avistá-lo ao longe, nas intermináveis noites de sua incomunicabilidade.
Quis o destino que trabalhasse numa janela que desse frente para ele, e nas enfadonhas tardes de burocrata se pergunta: quantas coisas aconteceram, quantas coisas acontecerão ainda e que ele registrará?
Por sobre a cabeça de seu amigo, na torre, a bandeira nacional tremula à meio-pau, na última homenagem a Juscelino que se foi. É a história! É ahistória .
Arlindenor Pedro é professor de história e Especialista em Projetos Educacionais. Anistiado por sua oposição ao Regime Militar dedica-se na atualidade  à produção de flores tropicais na região das Agulhas Negras. 
E-mail para contatos e agendamento de palestras : arlindenor@newageconsultores.com.br
Blogarlindenor.wordpress.com

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Transportes coletivos em seminário nesta terça na UENF



A coordenação do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da UENF promove nesta terça, 22/05, às 14h, o seminário “Gerenciamento da manutenção em Transportes Coletivos na Cidade de Campos dos Goytacazes“. O seminário será ministrado pela professora Camila Mendonça Romero Sales no Auditório 2 do P5. O evento é aberto a todos os interessados.

Do BLOG:

Até que enfim uma instituição não ligada à Prefeitura resolve analisar a catastrófica situação do transporte coletivo em Campos. Esperamos que não haja maquiagem nas falas para tentar esconder as mazelas de quem necessita deste tipo de serviço- na verdade, todos necessitamos, é uma questão de consciência ambiental.
Nunca, antes da passagem a 1 real, Campos viveu tanta insegurança no que se refere ao Transporte Coletivo. Supostos desvios... greves, prejuízos para todos e uma qualidade que asfixia. . Ora bolas, se há realmente um serviço eficiente e barato, qual a razão para ser complementado por alternativos?

Leia no link abaixo importante matéria sobre os ônibus:
http://reliquiasetunados.blogspot.com.br/2009/08/blog-post_9771.html

Dilma se reúne com ministros para se posicionar sobre Código Florestal


Dilma
Dilma tem até o dia 25 deste mês para sancionar ou vetar o texto do novo Código Florestal, aprovado pela Câmara dos Deputados
Os possíveis vetos ao novo texto do Código Florestal foi tema de reunião que presidentaDilma Rousseff teve no sábado com vários ministros, no Palácio da Alvorada. Ao longo da semana, Dilma e a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, já haviam se reunido três vezes para tratar do tema.
A presidenta Dilma tem até o dia 25 deste mês para sancionar ou vetar – parcial ou totalmente – o texto do novo Código Florestal, aprovado pela Câmara dos Deputados. O texto do Congresso Nacional chegou à Casa Civil no último dia 7.
Na reunião de ontem no Palácio da Alvorada estiveram presentes as ministras do Meio Ambiente, Izabella Teixeira; da Casa Civil, Gleisi Hoffmann; da Comunicação Social, Helena Chagas; e os ministros Pepe Vargas, do Desenvolvimento Agrário; Mendes Ribeiro, da Agricultura; e Luís Inácio Adams, da Advocacia-Geral da União.
O texto do novo Código Florestal aprovado pelos deputados desagradou ambientalistas e não era a versão que o Palácio do Planalto esperava aprovar. Durante a tramitação no Senado, o governo conseguiu chegar a um texto mais equilibrado, mas a bancada ruralista na Câmara alterou o projeto e voltou a incluir pontos controversos.
Entre os pontos polêmicos da nova redação da lei florestal está, por exemplo, a possibilidade de anistia a quem desmatou ilegalmente e a redução dos parâmetros de proteção de áreas de preservação permanente (APPs).
O veto presidencial pode ocorrer por razões políticas, quando o projeto ou parte dele é considerado contrário ao interesse nacional, ou por motivos jurídicos, quando o texto ou parte dele for inconstitucional. O veto é analisado pelo Congresso Nacional e pode ser derrubado se houver maioria absoluta no Senado e na Câmara.
(Correio do Brasil)

domingo, 20 de maio de 2012

ONU faz 56 recomendações para que a Rio+20 tenha avanços concretos



 (UNIC Rio/Diego Blanco )
A versão em português do relatório “Povos Resilientes, Planeta Resiliente” foi apresentada na manhã desta sexta-feira (18/5), na sede do Itamaraty, no Rio de Janeiro. O foco principal do documento são os novos modelos de governança, baseados em desenvolvimento social, fortalecimento econômico e sustentabilidade ambiental, que devem nascer a partir da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), em junho.


Única brasileira a compor o painel, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, classificou o documento como projeto audacioso. "É a nossa primeira sinalização política, em que o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon entendeu que deveria convocar um painel de alto nível para olhar a questão da sustentabilidade e gerar um conjunto de recomendações, muitas delas audaciosas, ambiciosas", ressaltou.


O Secretário-Executivo do GSP, Janos Pasztor, destacou a necessidade de envolvimento de todos os setores da sociedade para que o projeto saia do papel e passe para ações rápidas e concretas. “A contribuição da ciência é fundamental e parcerias entre as diferentes áreas de atividade humana e do conhecimento devem ser realizadas”, afirmou.


Guia para o debate
O relatório, produzido pelo Painel de Alto Nível sobre Sustentabilidade Global (GSP) - grupo de trabalho criado por Ban Ki-moon em agosto de 2010 -, é um importante guia para o debate que ocorrerá no antes, durante e depois da Rio+20. As mais de cem páginas apresentadas pelo grupo mostram principalmente que, apesar de o PIB mundial ter aumentado 75% de 1992 a 2010, as disparidades entre o PIB per capita dos países desenvolvidos e em desenvolvimento aumentaram no mesmo período.


Confira a coletiva na íntegra:
http://www.onu.org.br/img/2012/05/gsp_coletiva_18-mai2012.mp3


Confira as perguntas dos jornalistas:
http://www.onu.org.br/img/2012/05/gsp_perguntas_18-mai2012.mp3


Leia o resumo executivo:
http://www.onu.org.br/docs/gsp-resumo.pdf


Leia o documento na íntegra:
http://www.onu.org.br/docs/gsp-integra.pdf
(Correio Braziliense /Jacqueline Saraiva)

sábado, 19 de maio de 2012

São Francisco de Itabapoana: "Olha para o céu, Frederico"



A situação eleitoral em SFI é, no minimo, sui generis. Na sexta-feira (11) estivemos naquele município conduzindo o presidente regional do Partido Verde, Fernando Guida, ao lançamento do movimento em prol do nome de Pedrinho Cherene como pré candidato a prefeito.
Ele chegou ladeado do presidente do Partido Republicano de Campos dos Goytacazes e do deputado federal do mesmo partido, Paulo Feijó. Embora o PR não faça (ainda) parte da futura coligação que se desenha para apoiar o ex-secretário de saúde e filho do ex-prefeito Pedro Cherene e o fato da vaga de vice estar sendo guardada - diga-se de passagem que a mesma serviu de moeda de cooptação para algumas agremiações - levou-se a pensar que seria exatamente para o partido do ex-governador. Talvez deixar o PR por último tenha sido uma estratégia para não espantar partidos que tradicionalmente não se alinham com o modo de fazer política dos seus dirigentes. Mais ou menos como aconteceu com a campanha da atual prefeita de Campos, que seu marido teve que se esconder para "não espantar a mosca".
Agora, com o novo prefeito, Frederico, do PR, como se desatar este nó?

Caso Veja: Ecos do passado


Cachoeira
Toda a direção da revista Veja envolvida com a máfia do Cachoeira
A História tem seus ciclos e estes tendem a se repetir. Porém, quando não tratada com seriedade e atenção, quando os fatos evidenciados em algum período não são devidamente esmiuçados e levados em conta pela sociedade, eles se repetem mais rapidamente. Com este nariz de cera assumido, pretendo desaguar nos fatos vindos à tona agora, com a CPMI do Carlinhos Cachoeira, com relação à revista Veja.
O que a revista Veja fez, nada mais é do que a repetição dos métodos de atuação do Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (Ipês), no período compreendido de 1962 a 1964, quando amparado de forma escancarada pela mídia, atingiu o seu objetivo: o golpe.
Foi desta e de outras formas, tais como as gordas doações para reforçar os cofres do instituto, que a sociedade civil participou da derrubada do presidente João Goulart.
Tivesse ele um cenário intrincado para governar, ou limitações para conduzir o momento político delicado, foi a campanha desenfreada, custeada por empresários, multinacionais e simpatizantes (incluindo os donos de veículos de Comunicação), que minaram o seu poder e despertaram na sociedade a ânsia por mudanças. Fosse da forma que fosse.
E da maneira que foi, um golpe, os destinos do país caminharam para os rumos sombrios que agora conhecemos e começamos a autopsiar. Esse é o risco. No calor da hora ninguém vislumbra a tragédia que está a um palmo do nariz. Importa apenas impor seus interesses e surrupiar o poder. E poder, hoje, não se limita à cadeira de presidente. Já se sabe. Pelo muito ou pouco que se ouviu das gravações vazadas, sabe-se que o poder hoje é o casamento da política com a economia, e de forma espantosa.
Ao mapear pioneiramente o incrível sistema montado por Golbery do Couto e Silva no Ipês, que acabaria desembocando na vitória do golpe, o cientista político René Armand Dreifus, (1964: A Conquista do Estado – Ação Política, Poder e Golpe de Classe – lançado em 1981) nos apontou a fórmula que hoje é usada por Veja. Outros autores trataram do tema, e em meu livro: Propaganda e Cinema a Serviço do Golpe, lançado em 2001, o assunto voltou a ser enfocado, desta vez aproximando a lupa na direção desse resultado: a atuação da mídia e do cinema enquanto armas de convencimento. Para o bem ou para o mal.
Não foi, portanto, falta de aviso, de que o método era eficiente. Quero crer que houve, sim, um alheamento conveniente, já que “os tempos eram outros”. Eram, mas o vento sempre pode virar. Com outra roupagem, agora com o auxílio de tecnologias mais sofisticadas, mas a mesma intenção: o poder. O que o grupo de Cachoeira não avaliou, no entanto, foi que a tecnologia pode falhar (vide o Nextel que permitiu o grampo, quando não era o esperado), ou pode trabalhar, agora, a favor dos caluniados. Não apenas os “grampos”, que isto é do tempo dos arapongas, mas a Internet, que está aí para infernizar a vida dos que pensam poder articular à sorrelfa contra o poder constituído, instituições, pessoas. Não podem. Em tempos de Carolina Dieckmann e de internautas politizados, a verdade termina por vir à tona.
Denise Assis é jornalista e colaboradora do Correio do Brasil.