sábado, 5 de maio de 2012

Engenheiro cobra esclarecimento sobre obra da Avenida Arthur Bernades


Acidentes como este, ocorrido no dia 8 de junho do ano passado poderão ser evitados. "O motorista Alan da Silva Maravilha, de 56 anos, perdeu o controle do carro quando fazia a curva entre as avenidas 28 de março e Arthur Bernardes, no bairro do Turfe Clube, em Campos dos Goytacazes, no norte do Estado. Os bombeiros foram acionados e o homem foi atendido no local e liberado. O trânsito ficou congestionado." (R7)




Aproximando-se a inauguração das obras da Avenida Arthur Bernardes, cabem as seguintes considerações:
1ª – Tal obra foi oficialmente licitada e disputada anteriormente por outras empresas que não a que está, estranhamente, executando-a hoje, que é a A.R.G, uma mega construtora de Minas Gerais.

2 - Naquela oportunidade, a licitação teve como vencedoras três construtoras radicadas em Campos – o CONSÓRCIO IMBÉ/MECANORTE/AVENIDA, empresas de notórias competência e tradição – e sua HOMOLOGAÇÃO foi inclusive decretada no governo anterior, conforme publicado no Diário Oficial:

HOMOLOGAÇÃO E ADJUDICAÇÃO
Conforme parecer nº 200/2007, exarado no processo 3936/2007, HOMOLOGO o resultado da Concorrência Pública nº 004/06 e, em conseqüência, adjudico o seu objeto, contratação de Empresa especializada para execução da obra de complementação da Implantação da Avenida Artur Bernardes – TRECHO ENTRE  VENIDA ALBERTO LAMEGO E RUA VISCONDE DE ITABORAÍ, ao CONSÓRCIO IMBÉ/MECANORTE/AVENIDA, com o valor global de R$ 54.274.320,76 (cinqüenta e quatro milhões,  duzentos e setenta e quatro mil, trezentos e vinte reais e setenta e seis centavos).
PUBLIQUE-SE
Em 02 de julho de 2007.
Alexandre Marcos Mocaiber Cardoso
= Prefeito =
DIÁRIO OFICIAL - C3 | Monitor Campista | TERÇA-FEIRA, 03 de julho de 2007

3 – Na ocasião, o Secretário de Obras e Urbanismo de então, Arq. José Luiz Púglia, propagava no siteda PMCG (http://www.campos.rj.gov.br/noticia.php?id=8641) que “O projeto prevê a interligação da rua Visconde do Itaboraí, no IPS até o bairro do Horto, próximo à Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), COM A CONSTRUÇÃO DE UM VIADUTO DE 240M, QUE CRUZARÁ A AVENIDA 28 DE MARÇO”. (destacou-se em caixa alta)

 4 – Pois bem. Esse viaduto de 240 m de extensão que, diga-se de passagem, contribuía para justificar o absurdo preço das obras, simplesmente DESAPARECEU!

5 – Desse modo, as duas importantes avenidas estão se cruzando no mesmo nível, o que é INACEITÁVEL naquele local, constituindo uma ABERRAÇÃO VIÁRIA que já vem causando o maior transtorno na fluidez do tráfego das duas das principais artérias da cidade – prejudicado que está, o entroncamento, pelo incessante trânsito dos imensos caminhões que transportam rochas e demandam o Super Porto do Açu.

6 - Por obra de misteriosa “química” (ou seria “alquimia”?) conseguiram os gestores públicos fazerdesaparecer esse viaduto!

7 - O valor de sua construção não é difícil de estimar. Por simples comparação e atualização monetária dos valores atribuídos a obras equivalentes a essa, em recente licitação da Prefeitura – (construção de quatro outras pontes em MARRECAS, PALMARES, MURITIBA 1 e MURITIBA 2, Concorrência Pública 022/2010, de 30 de agosto de 2010) – chega-se preço por m2 de R$ 6.600,06, para a data de hoje.

8 - A área total do Viaduto da Av. Arthur Bernardes, (considerando que sua largura seria, na pior das hipóteses, de somente 7,20 m, a mesma das quatro pontes que seriam construídas naqueles locais remotos do Município):
240 x 7,20 = 3.456,00 m2

9 -  - Portanto, o valor total atualizado do Viaduto da Av. Arthur Bernardes seria:
R$ 6.600,06/m2 x 3.456,00 m2 = R$ 22.809.807,36, que representam 42% do contrato.

10 – Fica a dúvida para os munícipes: o contrato teria sido mutilado em mais de 40% do seu valor, deixando a construtora de executar tal obra imprescindível que custaria vinte e três milhões de reais, ou os cofres municipais desembolsaram efetivamente essa quantia, ratificando o contrato e substituindo o viaduto por outros serviços “acrescidos” sorrateiramente?

Em vista dessas considerações, a Autoridade Municipal precisa vir a público explicar esse possível ato de lesa-município e o Ministério Público tem que atentar mais para as denúncias cidadãs para garantir a defesa dos interesses sociais.

Sua Excelência Rosa sabe que necessita ostentar uma imagem não só de transparência, mas também balizada pela célebre máxima romana:
À MULHER DE CÉSAR NÃO BASTA SER HONESTA, DEVE PARECER HONESTA”.

E, lamentavelmente no caso concreto, nada aparenta ser mais desonesto. Pelo menos até que se prove o contrário.
Temos o direito líquido e certo de sabê-lo.

“CADÊ” O VIADUTO DA ARTHUR BERNARDES?
Atenciosamente,
Jose Ronaldo."

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