Aprender fazendo. Assim o professor Ciro Abbud Righi, do Departamento de Ciências Florestais (LCF), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, quer orientar as ações do projeto Yvyraporã (no tupi-guarani yvyra: árvore e porã: bonita), que pretende promover o reflorestamento urbano em Piracicaba. Trata-se de um projeto institucional, com intenção de estabelecer uma atividade de extensão contínua do Departamento de Ciências Florestais (LCF) envolvendo vários docentes em suas diversas áreas do conhecimento.
As árvores interferem no ambiente de inúmeras maneiras, proporcionando sombreamento, beleza cênica, produção de flores e frutos, melhora a conexão da interface solo-planta-atmosfera, modificando o microclima com a atenuação da radiação, tornando o clima local mais ameno. Dessa forma, na manhã do próximo dia 1º de outubro, professores do LCF, além da turma de 40 alunos do 1º ano do curso de Engenharia Florestal da Esalq promoverão o plantio inicial do projeto nas comunidades tirolesas (de origem austríaca e italiana) de Santana e Santa Olímpia, distantes cerca de 25 quilômetros do centro da cidade. O grupo se reunirá as 10 horas, em frente à sede do coral em Santa Olímpia, para plantar as primeiras mudas que serão distribuídas pelo bairro ainda em 2011.
Demóstenes Ferreira da Silva Filho, professor do LCF responsável pela área de silvicultura urbana, também coordena o projeto e lembra que um dos objetivos do Ivyraporã é proporcionar um ambiente didático para os alunos dos cursos de Engenharia Florestal e Gestão Ambiental. “A relação humana dos alunos com os moradores dos bairros, as necessidades de implantação e manutenção das árvores constituem oportunidades de vivências que dificilmente são reproduzidas dentro da sala de aula. Para os bairros como o de Santana e Santa Olimpia será a oportunidade de apoio técnico para ações de melhoria de suas vias e espaços abertos com oportunidade de melhoria da qualidade de vida de suas comunidades.”
O projeto tem parceria com a Associação dos moradores dos Bairros de Santana e Santa Olímpia e com a Prefeitura Municipal de Piracicaba, a partir da Secretaria do Meio Ambiente (Sedema), que fornecerá as mudas para o plantio.
Atividade transversal
Com a proposta de melhorar a integração dos futuros engenheiros florestais com a comunidade local e, ao mesmo tempo, promover a difusão do conhecimento dos benefícios da arborização urbana na sociedade, o projeto prevê acompanhamento da área reflorestada pelos alunos durante os cinco anos de graduação. A ideia é que os estudantes possam praticar o conhecimento visto em sala de aula de modo transversal, integrando o conteúdo das disciplinas em prol de uma região carente de espécies arbóreas. “A experiência de plantio de árvores é marcante na vida das pessoas não sendo raro observar o desenvolvimento de um laço afetivo entre o plantador e a árvore que perdura durante gerações. É preciso desenvolver nas pessoas a capacidade de perceber o ambiente em que está inserido e de propor soluções práticas para sua melhoria”, comenta o professor Ciro.
Com a proposta de melhorar a integração dos futuros engenheiros florestais com a comunidade local e, ao mesmo tempo, promover a difusão do conhecimento dos benefícios da arborização urbana na sociedade, o projeto prevê acompanhamento da área reflorestada pelos alunos durante os cinco anos de graduação. A ideia é que os estudantes possam praticar o conhecimento visto em sala de aula de modo transversal, integrando o conteúdo das disciplinas em prol de uma região carente de espécies arbóreas. “A experiência de plantio de árvores é marcante na vida das pessoas não sendo raro observar o desenvolvimento de um laço afetivo entre o plantador e a árvore que perdura durante gerações. É preciso desenvolver nas pessoas a capacidade de perceber o ambiente em que está inserido e de propor soluções práticas para sua melhoria”, comenta o professor Ciro.
Para Rigui, é possivel notar um laço afetivo entre o plantador e a árvore que perdura durante gerações
A área plantada pelos alunos da Esalq terá acompanhamento dos alunos durante todo seu período de graduação. Serão desenvolvidas atividades teóricas e práticas com os alunos de Engenharia Florestal no decorrer dos cinco anos do curso envolvendo os docentes do LCF. “Serão formados grupos responsáveis por determinadas áreas da cidade”, adianta-se Righi. Em cada semestre, o aluno será acompanhado por um professor responsável por uma disciplina essencial. Desta maneira, o aluno verá os resultados práticos de sua ação e poderá associar com a teoria vista em sala de aula sob os diferentes aspectos.
Nas áreas definidas os alunos realizarão entrevistas semi-estruturadas com os moradores, promovendo ainda um trabalho de educação ambiental. “Serão realizadas entrevistas com os moradores no início, no meio e ao final do projeto com o propósito de avaliar as mudanças de percepção, desenvolvimento de valores e conhecimento sobre o assunto. A percepção e o perfil dos estudantes também serão documentados pela aplicação de questionários específicos com o objetivo de verificar mudanças na sua percepção do meio e postura como ator social”, explica.
Além disso, pretende-se realizar palestras com os moradores sobre arborização urbana, seus benefícios e apresentar o projeto de forma a obter o máximo o apoio das pessoas envolvidas. “Estas palestras e outras atividades de educação ambiental com os moradores serão realizadas dentro das dependências da Esalq, trazendo o cidadão comum para dentro da Universidade. Com isto espera-se aumentar o alcance das atividades já desenvolvidas na Escola, disponibilizando o conhecimento gerado à população. Também se espera despertar o interesse das pessoas pelo conhecimento por encurtar a distância que os separa da Universidade”, conclui o coordenador da iniciativa.
imagem: Assessoria de Comunicação da Esalq
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