quinta-feira, 20 de setembro de 2012

“O Brasil em Angola" - Passando por Campos???


Caro Joca Muylaert
No sítio  www.bbc.co.uk/portuguese/da da agência de notícias BBC BRASIL, se depara hoje com a matéria a seguir transcrita:

Amparada por vultosos empréstimos, a Odebrecht, maior empreiteira do país, construiu em Angola um império empresarial que inclui negócios com autoridades e investimentos anuais de mais de R$ 1 bilhão.
Maior empregadora privada do país africano, com 20 mil funcionários, a companhia atua em Angola nos setores de imóveis, hidrelétricas, diamantes, supermercados, petróleo, biocombustíveis e aeroportos.
A empresa, porém, é criticada por ativistas angolanos, que a acusam de manter "relações promíscuas" com o alto escalão do governo angolano, chefiado há 33 anos pelo presidente José Eduardo dos Santos. Em agosto, Dos Santos venceu as eleições presidenciais e estenderá seu mandato até 2017.
Desde 2006, o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) ofereceu US$ 3,2 bilhões (R$ 6,4 bilhões) em empréstimos a companhias brasileiras em Angola. Dados obtidos pela BBC Brasil com base na Lei de Acesso à Informação revelam que as linhas de crédito financiaram 65 empreendimentos, dos quais 49% foram ou são executados pela Odebrecht.
A Andrade Gutierrez, segunda empresa da lista, é responsável por menos da metade dos projetos da Odebrecht (18%), seguida por Queiroz Galvão (14%) e Camargo Corrêa (9%).
A Odebrecht conta com parte de uma nova linha de crédito do banco, de US$ 2 bilhões, para manter o ritmo de investimentos em Angola, hoje entre US$ 500 milhões e US$ 600 milhões anuais (de R$ 1,1 bilhão a R$ 1,2 bilhão).”

A pergunta que se faz é: o que tem a ver essa matéria com o município de Campos?
Ou então: porque um mega grupo empresarial do quilate da ODEBRECHT, que edifica cidades pelo mundo, constrói aeroportos internacionais,prospecta diamantes e petróleo, detém o curso de rios caudalosos para montar usinas hidrelétricas e ergue impérios em todos os continentes, numa demonstração inequívoca de sua bagagem técnica e complexidade empresarial, se faz indispensável para construir singelas casinhas populares num rincão esquecido dos deuses que é a terra dos índios Goitacazes?
Uma resposta possível para tentar entender a inacreditável e inaceitável celebração pela Prefeitura local de sucessivos contratos com esse grupo gigantesco, cujos valores já se aproximam do BILHÃO DE REAIS – com irrecuperável prejuízo para os construtores da terra e o comércio em geral, seria ...

As reticências acima, que ocupam o lugar de uma resposta possível, exprimem a perplexidade que deveria invadir a consciência amortecida de nosso povo e impelir o Ministério Público Estadual na direção de seu sagrado compromisso constitucional.
Bom dia!
J Ronaldo
c/c para Roberto Moraes e Fernando Leite

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