Em matéria de destaque na página 6 do matutino O Diário, o destaque é para a audiência da prefeita de Campos, na noite de ontem, com o ministro das Cidades, Mário Negromonte. Motivo: "buscar parceria para obras de saneamento no Farol de São Tomé, aproveitando a oportunidade para também pedir ao ministro recursos para a dragagem de canais urbanos", segundo ela, para evitar alagamentos nos períodos de chuvas fortes".
A matéria informa que ela conseguiu sensibilizar o ministro quando informou que "Como todos sabem, Farol é a única praia de Campos, município com cerca de 500 mil habitantes..." que no verão recebe muita gente; que a população está num crescimento permanente, por conta do Porto do Açu e do complexo de Barra do Furado, enfatizando ainda que o Farol não tem apenas importância turística, mas também econômica. Informou também que aquele distrito não é de responsabilidade da concessionária Águas do Paraíba.
Já em um box que compõe a matéria, o assunto em destaque foram os canais. A prefeita mostra a sua preocupação com a proximidade do verão e é dito que, por inadimplências de governos anteriores, o município, no início de seu governo, não pôde receber verbas do mesmo ministério. Sendo, então, o repasse feito ao governo do Estado, que executou um "serviço de dragagem que não apresentou bons resultados". Cita-se canais como Vigário e Jacaré, do Saco, o do Parque Aurora e, PASMEM, O CANAL CAMPOS-MACAÉ.
O deputado Paulo Feijó, que acompanhou a prefeita na audiência, informou ainda que "Campos deverá contar com recursos do PAC para as obras.
Ora, ora! Inúmeras são as contradições embutidas nessa matéria. Principalmente no que tange à principal tarefa de um dirigente: PRIORIDADES.
Se é de fundamental importância o saneamento do Farol - o que é inconteste, não apenas do Farol, mas como de todos o município -, por que gastar com obras como o sambódromo e a maquiagem da Beira-Valão? Não refiro-me a uma possível dragagem e estancamento do despejo de esgoto.
Em plena campanha para a manutenção das verbas dos royalties, que tem como um de seus objetivos o investimento em saneamento, o município de Campos, que recebe o que recebe, vai de pires na mão a Brasília pedir a um ministro ajuda tal qual uma pequena e desprovida cidade do interior do Maranhão e, ainda se entrega, pedindo dragagem com verbas do PAC.
Ora, se Campos dá prova que administra mal seus recursos, à medida que não consegue resolver os seus problemas com o montante absurdo que recebe, por que contestarmos os milhares de municípios que têm as migalhas políticas do PAC como salvação e querem participação nos rendimentos do petróleo?
Incluir o Canal Campos-Macaé na lista de canais que precisam de recurso do PAC para ser drenado é assinar o atestado de que de nada, a não ser "enfeite" de péssimo gosto e desperdício de dinheiro, é o que acontece na Beira-Valão.
Confesso que estou perdi completamente a concentração para desenvolver o raciocínio de interpretar esta matéria - a mais louca que já vi num momento como esse, pré-votação do veto de Lula. Vão ser estrategistas assim, lá na Líbia. Mas tive que abandonar a máquina, no mínimo seis vezes, para socorrer pessoas com problemas de saúde em casa. Mas, de qualquer forma,está aí, perdoem as desconexidades. Espero que sirva para nossa reflexão e autocrítica da prefeita.
Que vá ao ministro e diga que Campos tem, sim, verba de sobra para resolver seus problemas básicos, haja vista que os desperdícios já estão por aqui, de há muito.
Um comentário:
Sr. Manel e a Febre Rosa
"FOMOS ASSIM" "SOMOS ASSIM"
Não tenho nada contra o querido e fofinho Esdras, mas que estou estranhando a mudança de postura da revista “Somos Assim”, estou! Analisem a foto acima, tem ou não uma mudança de postura?
Eu, Sr. ou Sra. Pimenta Malagueta, sempre fui um(a) fã da revista, sempre admirei as matérias e a coragem do editor em investigar os “podres” dos nossos políticos, mas de uns tempos pra cá estou ficando decepcionado(a). Será que um dos mais influentes jornalistas da cidade mudou de opinião ou se bandeou para o lado do Coronel Bolinha? Digo isso e até mesmo indago, por vários motivos: a mudança de postura da revista, o sorriso do jornalista editor ficou meio amarelo e a principal mudança e mais simples, é que todo domingo quando ia à banca de jornal sempre comprava uma das últimas edições da revista, hoje em dia quando vou compro a minha e vejo que existem várias ainda no balcão da banca, curioso (a) que sou, perguntei:
Pimenta: - “Seu Manel”, está pedindo mais exemplares da revista Somos?
Sr. Manel: - Não, o pedido é o mesmo, é que esta revista mudou, agora é “Fomos Assim”. Deve ter pegado a “Febre rosa”!
Pimenta: Conheço a Febre Amarela, essa aí nunca ouvi!
Sr. Manel: - Febre Rosa, é quando nosso bolso começa a encher sem esforço, e vamos perdendo o caráter!
Pimenta: Sr. Manel, o senhor deveria ser jornalista e não jornaleiro!
Com este trecho do diálogo entre Sr. Manel e eu, fica claro que algo mudou.
Como diz o ditado: “Neste crepe tem caroço”, digo, “Neste angu tem caroço”. Desculpem-me é que adoro crepe. Mas o que vocês acham, estaria eu me equivocando com pensamentos ilusórios, ou realmente o fofinho do Esdras pegou a Febre Rosa?
http://pimentamalaguetadecampos.blogspot.com/2011/10/sr-manel-e-febre-rosa.html
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