Esteatose é mais comum após os 40 anos, porém já há uma
prevalência alta em adolescentes
Consumo de carboidrato deve ser limitado, pois ele é o principal vilão da esteatose Foto: Júlio Cordeiro / Agencia RBS |
A Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH) emite um alerta: cerca de 20% da população brasileira tem gordura excessiva no fígado, a chamada esteatose, um problema que, se não tratado, pode levar à cirrose e até a transplantes do órgão.
O número de pessoas que tem o fígado gorduroso no país pode ser considerada alta. Para se ter uma ideia, uma doença comum como a diabetes afeta 12% da população. E grande problema é que a maioria não desconfia que seu fígado está doente, pois na maior parte dos casos, não há sintomas.
— É uma doença que tem tido cada vez mais importância e causado um impacto grande na vida e na saúde dos pacientes — afirma o gastroenterologista Roberto Carvalho Filho, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Por conta do preocupante cenário, a SBH planeja criar, ainda em 2011, o Dia Nacional de Combate à Esteatose, em parceria com outras sociedades e associações que também lidam com pacientes que têm a doença, como a Sociedade Brasileira de Cardiologia.
— A epidemia é silenciosa. Todo paciente que tem sobrepeso, alteração no colesterol e é sedentário deveria fazer uma avaliação do fígado — diz o presidente da Sociedade de Hepatologia, Raymundo Paraná.
Foco é prevenir desde cedo
A esteatose é mais comum após os 40 anos, porém um fato tem preocupado os hepatologistas: já há uma prevalência alta em adolescentes. Metade dos 300 jovens de 15 a 19 anos analisados em 2009 pelo Grupo de Estudos da Obesidade da Unifesp já apresentava a doença, causada, em grande parte, pelos maus hábitos alimentares e pelo sedentarismo.
O problema é ainda mais frequente em quem costuma engordar na região abdominal, mas pessoas que parecem magras e têm uma barriguinha saliente também podem ter o fígado doente.
A esteatose tem três graus de gravidade, que variam de acordo com a quantidade e proporção de gordura no fígado. O grau 3, com mais de 90% de gordura, representa a cirrose, ou seja, a inflamação grave do órgão. Especialistas apontam que cerca de 20% dos pacientes que têm esteatose desenvolverão o quadro mais grave da doença.
Nesses casos — e se a pessoa não faz o tratamento adequado —, a doença pode evoluir para a necessidade de transplantes.
Atitudes saudáveis
1- Maneire no carboidrato, o principal vilão da esteatose. É preciso consumi-los com moderação.
2- Cuidado com o excesso de gorduras saturadas. Diminua o consumo de carnes vermelhas, manteiga, frituras e biscoitos industrializados.
3- Invista nas fibras: aveia, farelo de trigo, massas integrais, frutas e verduras são exemplos de fontes dessas substâncias.
4- Acredite no poder das gorduras do bem: azeite de oliva e óleos como o de canola são recomendados.
5- Conte com os antioxidantes, que ajudam a enfrentar os radicais livres, moléculas que podem prejudicar o corpo e o fígado.
6- Atenção ao álcool. Em regra geral, quanto maior a quantidade e o tempo de consumo, maior a chance de desenvolver danos ao fígado.
7- A dieta balanceada e a prática de exercícios físicos seguem sendo os maiores aliados para ter um fígado saudável.
(BEM-ESTAR - Zero Hora)O número de pessoas que tem o fígado gorduroso no país pode ser considerada alta. Para se ter uma ideia, uma doença comum como a diabetes afeta 12% da população. E grande problema é que a maioria não desconfia que seu fígado está doente, pois na maior parte dos casos, não há sintomas.
— É uma doença que tem tido cada vez mais importância e causado um impacto grande na vida e na saúde dos pacientes — afirma o gastroenterologista Roberto Carvalho Filho, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Por conta do preocupante cenário, a SBH planeja criar, ainda em 2011, o Dia Nacional de Combate à Esteatose, em parceria com outras sociedades e associações que também lidam com pacientes que têm a doença, como a Sociedade Brasileira de Cardiologia.
— A epidemia é silenciosa. Todo paciente que tem sobrepeso, alteração no colesterol e é sedentário deveria fazer uma avaliação do fígado — diz o presidente da Sociedade de Hepatologia, Raymundo Paraná.
Foco é prevenir desde cedo
A esteatose é mais comum após os 40 anos, porém um fato tem preocupado os hepatologistas: já há uma prevalência alta em adolescentes. Metade dos 300 jovens de 15 a 19 anos analisados em 2009 pelo Grupo de Estudos da Obesidade da Unifesp já apresentava a doença, causada, em grande parte, pelos maus hábitos alimentares e pelo sedentarismo.
O problema é ainda mais frequente em quem costuma engordar na região abdominal, mas pessoas que parecem magras e têm uma barriguinha saliente também podem ter o fígado doente.
A esteatose tem três graus de gravidade, que variam de acordo com a quantidade e proporção de gordura no fígado. O grau 3, com mais de 90% de gordura, representa a cirrose, ou seja, a inflamação grave do órgão. Especialistas apontam que cerca de 20% dos pacientes que têm esteatose desenvolverão o quadro mais grave da doença.
Nesses casos — e se a pessoa não faz o tratamento adequado —, a doença pode evoluir para a necessidade de transplantes.
Atitudes saudáveis
1- Maneire no carboidrato, o principal vilão da esteatose. É preciso consumi-los com moderação.
2- Cuidado com o excesso de gorduras saturadas. Diminua o consumo de carnes vermelhas, manteiga, frituras e biscoitos industrializados.
3- Invista nas fibras: aveia, farelo de trigo, massas integrais, frutas e verduras são exemplos de fontes dessas substâncias.
4- Acredite no poder das gorduras do bem: azeite de oliva e óleos como o de canola são recomendados.
5- Conte com os antioxidantes, que ajudam a enfrentar os radicais livres, moléculas que podem prejudicar o corpo e o fígado.
6- Atenção ao álcool. Em regra geral, quanto maior a quantidade e o tempo de consumo, maior a chance de desenvolver danos ao fígado.
7- A dieta balanceada e a prática de exercícios físicos seguem sendo os maiores aliados para ter um fígado saudável.
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