terça-feira, 18 de junho de 2013

Campos: olhos que veem e olhos que enxergam

Não sejamos ingênuos. É claro que a campanha do Movimento Passe Livre, com pouco mais de 40 membros e com base em  São Paulo, iniciou uma luta própria naquela capital, porém as proporções geradas pelo seu eco e o próprio povo nas ruas fizeram despertar o engasgo de décadas no brasileiro de todos os matizes.

Foto de Diomarcelo


Continuar falando - a quem interessa - que "o movimento em Campos é de apoio às manifestações do Rio e de São Paulo" é ridicularmente tentar tapar o sol com  a peneira. Incontestavelmente o movimento tomou caráter localizado nas várias cidades e capitais do país. Sempre com um foco principal que está muito claro: Basta de corrupção! 
Nós que sempre questionávamos o povo brasileiro e, principalmente, o campista por se deixarem levar pela mídia que desvia a atenção dos grandes focos que influenciam nossas vidas, temos que aplaudir essa ressuscitação dos jovens. Temos o dever de apoiá-los e orientá-los a gritar com ordem e respeito às coisas da República e da Democracia. Ora, que retrocesso pensar numa peste como a PEC 37, que quer impedir o Minitério Público de investigar crimes! O Ministério Público, quando cumpre as suas funções institucionais, é indispensavel à Democracia, e que bom ver jovens postando cartazes contra este absurdo.
Em Campos não foi um movimento apenas de apoio ao Rio e São Paulo. Mas, principalmente, um NÃO RETUMBANTE ao desperdício do dinheiro público e às péssimas condições nas diversas esferas municipais. As fotos que ilustram este texto refletem o que escrevo.

Este cadeirante é de Campos


Protestos contra obras como a maquiagem do Canal Campos-Macaé, do Cepop etc estavam estampadas em cartazes e presentes nos gritos de ordem. Os desmandos na educação, na saúde, o transporte ínfimo e humilhante para o usuário, a segurança, a desordem urbana, o desprezo por que passa a zona rural campista, entre ínúmeras outras queixas, eram debatidas em rodas variadas entre os manifestantes. Foi uma ampla Conferência a céu aberto, onde várias câmaras surgiam a cada momento. Esta é a realidade!

Esta jovem não está na Paulista nem na Rio Branco


Há sim uma grande parcela da população calada pelas benesses da política local, mas encontrei jovens que se envergonham por seus pais viverem à margem de benefícios oficiais ou oficiosos que funcionam como cooptação política-eleitoral. E não concersei apenas com jovens cujass famílias recebem vale isso ou vale aquilo. Conversei com filhos de quatro grandes nomes do estafe municipal.
Vamos combinar: nem tudo está perdido!


Esta resume a política local: lutar por eles ou se fuder. É a regra imposta


-Imagens surrupiadas do Diomarcelo e da Jane Nunes, via http://www.estouprocurandooquefazer.com/-

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