terça-feira, 26 de junho de 2012

Aspásia candidata a prefeita do Rio!


Convenção do PV dá a largada rumo a um segundo turno verde
 

foto: ALERJ
O Rio vota verde. E o legado político de nomes fenômenos eleitorais verdes na cidade, como em 2010, Marina Silva, e em 2008, Fernando Gabeira, prossegue independente, firme e forte com Aspásia Camargo na disputa à prefeitura, em 2012, pelo Partido Verde (PV). No último dia 24 de junho, a deputada estadual foi oficializada como candidata a frente de uma legenda com 75 vereadores, em convenção realizada no auditório da Universidade Cândido Mendes, no Centro. O líder comunitário Alfredo Piragibe é o vice da chapa. Vem aí uma campanha de oposição, porém, propositiva, de muita mobilização e que vai afirmar os ideais verdes na cidade que acabou de receber a Rio + 20 e assume protagonismo global na direção do desenvolvimento sustentável. 
Aspásia falou dos temas que vão nortear sua campanha como a vocação do Rio como pólo de economia criativa; a regularização fundiária; a conexão com municípios vizinhos tornando mais nítido o desenho da Região Metropolitana e a bandeira de uma cidade empreendedora, inovadora que valoriza serviços como saúde, educação e banda larga para todos, em vez de obras com data marcada para inauguração. “O Rio não precisa de um prefeito síndico. O Rio precisa de um líder que resolva agendas emperradas do século XIX, como o saneamento ambiental, mas que também olhe para o futuro, promovendo uma revolução no sistema educacional, transformando produtos culturais em ativos econômicos, gerando empregos, enfim, explorando suas verdadeiras vocações”, disse a candidata. 
Na convenção o partido foi representado pelo jornalista Fernando Gabeira, pelo candidato a vice-prefeito Alfredo Piragibe, pelo deputado federal Alfredo Sirkis , pelo deputado estadual Xandrinho, pelo presidente do PV Rio, José Augusto Silveira, pela representante da executiva nacional, Carla Piranda,  pelo presidente estadual do PV, Luis Fernando Guida e por Flávia Castelar do PV Bahia. “Vamos fazer dessa campanha o fato novo mais significativo dessas eleições”, disse o deputado federal Alfredo Sirkis. Silveira, presidente do PV carioca, destacou que os verdes têm a obrigação de aproveitar o legado deixado por Gabeira na última eleição municipal. A verde bahiana, Flávia Castelar, defendeu um governo sustentável na cidade e o presidente Guida afirmou que no momento o partido vive uma renovação, não é dependente de nenhum “figurão”, a base é quem decide e por isso deve ser respeitada.
Cidade sustentável
O que Aspásia propõe é uma nova maneira de organizar a cidade, preservando seu patrimônio e belezas naturais (estimulando, dessa forma, o ecoturismo), elaborando novo traçado para os transportes; resolvendo a agenda do saneamento – com especial atenção às lagoas da Barra da Tijuca, palco das Olimpíadas 2016; e dando à cidade que recebeu a Rio + 20 o sobrenome “sustentável”. A capacidade de operacionalizar as metas do desenvolvimento sustentável, um dos itens do documento final da conferência, é mais forte no âmbito dos municípios. Essa é uma luz que o movimento verde acendeu com o lema “pensar global e agir local”. 
“Se quisermos mudar o mundo, vamos organizar as cidades, seus bairros e espaços territoriais. As associações de moradores já trazem resultados, pois elas levam dados e alternativas aos governos”, disse ela referindo-se à movimentos que tentam impedir prejuízos à Praça Nossa Senhora da Paz, com a construção do metrô; e ao grupo que mudou a rota dos helicópteros que tanto incomodavam os moradores da Lagoa e adjacências. Essa última foi uma conquista recente liderada pelo vice de Aspásia na chapa, o líder comunitário Alfredo Piragibe. A ele, a deputada atribui ainda os créditos do que chama de “uma das mais belas campanhas em defesa do verde no Rio”, quando Piragibe impediu a invasão de espaços tombados no Jardim Botânico. “Eu acredito que quando a sociedade quer participar, ela consegue criar um movimento capaz de mudar a cidade”, disse ele. 
Aspásia e Piragibe compõem uma chapa sem coligação partidária que pretende chegar ao segundo turno. Para a parlamentar, o excesso de alianças emperra o governo. “Quanto mais coligação, maior a imobilização para governar, dado o tanto de interesses contraditórios”, reiterou.

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