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É o segundo ano consecutivo que a professora mobiliza a comunidade interna da Uenf para o evento. Considerada a última manifestação do gênero ainda em atividade em todo o Estado do Rio de Janeiro, a Cavalhada de Santo Amaro é tema de pesquisa da mestranda Gisele Gonçalves, do Programa de Pós-Graduação em Políticas Sociais, que tem a orientação da professora Simonne Teixeira. Desde dezembro, ela vem acompanhando os ensaios da Cavalhada, fazendo entrevistas, fotos e filmagens.
Gisele pretende analisar em que medida a escolha da Cavalhada para participar do Programa Cultura Viva, do Ministério da Cultura, acarretou mudanças em sua prática. Com o incentivo e apoio técnico de pesquisadores da Uenf, a Cavalhada foi uma das contempladas, em 2008, em edital lançado pela Secretaria de Estado de Cultura cujo objetivo era o resgate da cultura popular regional.
- Antes os organizadores da Cavalhada dependiam da ajuda da Prefeitura e de doações para arcar com as despesas das roupas, das mantas dos cavalos, das botas, dos instrumentos da banda. Com o dinheiro do programa, agora têm autonomia financeira - diz Gisele, lembrando que o Programa prevê a criação de uma sede para a Cavalhada e de uma escolinha para estimular crianças e jovens a manter a tradição, que perdura há 250 anos.
A cavalhada de Santo Amaro se assemelha à do Nordeste e é composta, como manda a tradição, por 24 cavalheiros - 12 representando os mouros (vestidos de vermelho) e 12 representando os cristãos (vestidos de azul). A atração é a simulação da batalha entre os dois povos e a encenação de alguns jogos. No final os cavalheiros se dirigem à igreja, acompanhados pela banda, onde se encerra o festejo selando a paz entre os povos.
(Da ascom/uenf)
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