sábado, 9 de janeiro de 2010

Pra sempre natal. Valeu como um ensaio.

Passados os apelativos e emocionais eventos de fim de ano, sem que possamos influenciar na formação de juízo de valor acerca das decorações natalinas de Campos, “Pra sempre natal” resolvemos escrever. Mas por outro lado, gosto não se discute...
Apreciável a decisão de ambientar bairros e distritos. Assim se empresta ao povo, de um modo geral, a impressão da presença do poder municipal num momento de comoção geral. Inteligente.
Regras básicas deveriam reger os limites dos artistas. Principalmente no que diz respeito às nossas peças arquitetônicas. Elas deveriam ser valorizadas e jamais servir de bases (armação) e serem tapadas.
As decorações não foram feitas apenas para contemplações noturnas. Talvez por isso, durante o dia, a impressão que se tinha era a de que algum bloco carnavalesco ao dispersar abandonara restos de alegoria em algumas praças.
Outras pareciam cabanas de ciganas que leem as mãos.
Ao longo de uma avenida, o que se via era algo que lembrava uma série de despachos de macumba metrificados.
O que aconteceu na maioria das cenas foi o uso de material inadequado e muito encharcado, poluido. Sugerindo que a maioria dos artistas trabalha em barracão carnavalesco ou foram os meus amigos animadores culturais - riquíssimos em criatividade, mas mestres em solucionar problemas com recursos minguados ou, na maioria das vezes, nenhum. O que lhes obriga a fazer das tripas, coração. E são bons.
Reunir nossos artistas e agendar um boa visita ao Projac (Central Globo de Produções) é uma boa medida para que nossos amigos possam tomar conhecimento da diversidade de material apropriado para esse tipo de trabalho disponível no mercado. Há anos que o saudoso professor Andral Tavares promovia essa visita junto aos alunos de comunicação social da Fafic.
O que espero é não reconhecer no desfile de Momo, em abril, peças que me remetam às cenas natalinas de 2009.
Segredo: a simplicidade é a alma da boa estética.

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