quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Fazer xixi na rua ou não fazer; eis a questão

Se o mesmo empenho demonstrado pela Polícia em prender os “mijões” fosse visto em relação aos grandes bandidos, viveríamos em um mar de rosas.

Foram 302 foliões presos nas ruas do Rio de Janeiro — dos quais 13 mulheres e nove
estrangeiros. Todos foram liberados após assinar um termo na delegacia comprometendo-se a comparecer ao Juizado Especial, mas ficarão com a ficha “suja” por cinco anos. Se tiverem o azar de cometer qualquer outro “crime” neste período, ainda que de menor potencial ofensivo, estão sujeitos à perda dos benefícios inerentes à condição de réu primário.

Para minimizar as críticas, a Prefeitura já informou que, no próximo carnaval, vai disponibilizar um número maior de banheiros químicos pela cidade.

Ao que parece, o número de foliões superou as expectativas da Riotur. Estima-se que cerca de três milhões de pessoas participaram do carnaval de rua — bem acima dos 2,5 milhões previstos.

No entanto, me parece irracional reprimir o “xixi na rua” prendendo os foliões. Um ato antipático e que só contribui para gerar insatisfação em uma festa cuja intenção é justamente a confraternização entre todos.

Se o objetivo é mudar mesmo a mentalidade de quem faz xixi nas ruas, a primeira coisa a ser feita é oferecer um serviço público impecável (em outras palavras: banheiros em número suficiente e adequadamente limpos). Afinal, dignidade é um dos direitos básicos do cidadão.

2 comentários:

Argus disse...

O comentário é um primor:

segue aquela lógica de que se há um erro, esse é um salvo conduto para os meus erros.

essa lógica que argumenta que porque os impostos são mal empregados(embora nós votemos nos "gerentes", devemos sonegar.

qualquer um que entrar em um banheiro de qualquer bar, perceberá, pela quantidade de urina pelo chão, que mesmo que haja banheiros, não há educação ou auto-censura, totalmente turbadas pela embriaguez.

é engraçado, mas a sociedade não cobra de quem cabe suportar o ônus pelo aumento de gente "apertada".

quem deve arcar com os custos de implantação de banheiros químicos são as cervejarias, que lucram com a venda de cerveja nas festividades ao ar livre.

no mais, devemos perguntar:

se a sociedade chia quando reprimimos o simples ato de urinar em público, como esperar que haja autoridade para coibir condutas anti-sociais mais complexas(crimes)?

ahhh, mas quando os rigores da lei incomodam a classe média, logo dizem em uníssono:

somos gente de bem, por que não correr atrás de bandidos?

ué, mas bandido vem com etiqueta?

Joca Muylaert disse...

Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Fazer xixi na rua ou não fazer; eis a questão":

vindo de vc não poderiámos esperar nada diferente.

então, até ser colocado banheiros públicos descentes para a população, o povo pode fazer "xixi" onde bem quiser?

fico imaginando quem quiser dar uma "barrigada"?

pela sua linha de pensamento podem fazer onde bem entender, uma vez que o governo não dá ao povo uma outra vertente.
(.................................)
quero ver se vai liberar o comentário.

quero ver!

* Este comentário foi editado. Suprimido um parágrafo, por de enveredar por caminho diferente ao tema.
Não mantemos este espaço para ofender a ninguém, nem apertarmos a corda em nosso próprio pescoço.
Com a certeza do entendimento do caro "Anônimo" e certo de que ele não conseguiu interpretar o que postei.
Grato pela passagem por aqui.