sexta-feira, 27 de maio de 2011

Produtora de arte de Cordel Encantado desconhecia o campista Nilo, também.

esta é a foto do cenário. comum a qualquer campista

Quem gosta de observar cenários, às vezes pega um equívoco ou outro. Ana Maria Magalhães - penso ser aquela que em Campos, no ginasinho do Automóvel Clube, quando tratava de um enredo de escola de samba do Rio soltou uma pérola: "Temos que tratar Campos com a sua história. História que tem heróis como Benta Pereira...". Na novela Cordel Encantado, comete outro equívoco ao dizer que o romance se passa em período atemporal.

Digo isso porque no gabinete do Delegado Batoré, atrás da sua mesa de trabalho pode ser percebido claramente uma fotografia de Nilo Peçanha (se não é, foi baseado). Naturalmente o presidente da época - ou não teria motivo de estar ali. Como o campista assumiu a presidência da república após a morte de AfonsoPena, em 14 de junho de 1909, e governou até 15 de novembro de 1910, a novela tem sim época específica. Ou não?!?!?!

Abaixo o texto do site da novela que fala sobre o assunto:

>Produtora de arte de Cordel Encantado, Ana Maria de Magalhães define a mistura de elementos do folclore brasileiro como o principal ingrediente da novela. Para Ana Maria, o desafio é trabalhar com uma trama que não está presa a uma época específica. "Em Cordel, existe uma liberdade com que eu nunca tinha trabalhado. E, por mais que a trama seja fantasiosa, há um princípio para o comportamento dos personagens. Foi isso o que deu mais trabalho”. Confira a entrevista com a produtora de arte:

Os tons em vermelho dão um toque de luxoOs tons em vermelho dão um toque de luxo

Quanto tempo de pesquisa foi necessário para a produção de arte? A Amora (Amora Mautner, diretora-geral da novela) me chamou em setembro do ano passado. Eu fiquei muito assustada, porque a novela era muito diferente. Entrei no final de outubro para produzi-la. Na verdade, objetivamente, só tivemos dois meses de pré-produção. Uma novela desse padrão é como se fosse duas tramas das oito em uma das seis. Então, foi um tempo curto.

Qual é o maior desafio em Cordel?
A novela é um desafio porque ela é de época, mas não está presa a uma data. Tem uma liberdade com que eu nunca tinha trabalhado. Mas nem por isso deixou de ter pesquisa, e todo dia tem uma novidade, todo dia é uma dificuldade. Lidar com a parte de realeza, por exemplo, é complicado, porque não é o nosso universo. Nós tivemos uma corte no Brasil muito diferente. A gente foi olhar a realeza europeia do final do século, os costumes, os modos à mesa, o serviço à francesa. Por mais que a trama seja fantasiosa, existe um princípio para o comportamento dos personagens. Foi isso o que deu mais trabalho.

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