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- Ele sentia que o laptop ficava quente no lado esquerdo, mas ainda assim não mudava de posição - dizem os pesquisadores suíços no relatório publicado nesta segunda no jornal Pediatria.
Outro caso envolveu uma estudante de direito nos EUA. que procurou tratamento para uma estranha descoloração na perna. A doutora Kimberley Salkey, que tratou a jovem, não conseguia chegar a um diagnóstico até descobrir que a moça passava cerca de seis horas por dia trabalhando com o laptop no colo. A temperatura chegava a 51º C. Esse caso, de 2007, é um dos 10 relacionados a laptops relatados em revistas médicas nos últimos seis anos.
A síndrome também pode ser causada por outras fontes de calor que não são quentes demais para causar queimaduras. Normalmente é inofensiva, mas leva a um escurecimento permanente da pele e em casos raros, pode evoluir para câncer de pele, disseram os pesquisadores Andreas Arnold e Peter Itin, do Hospital Universitário de Basel, na Suíça.
Eles não tem conhecimento de nenhum caso de câncer de pele causado pela síndrome, mas sugerem, por segurança, que seja usado algum tipo de proteção contra o calor sobre a perna. Salkey, professor de dermatologia na Escola de Medicina de Virgínia, nos EUA, disse que ao microscópio as celulas afetada lembram pele danificada por exposição excessiva ao sol.
A maioria dos grandes fabricantes, como Apple, HP e Dell, alertam em seus manuais quanto ao risco de queimaduras por deixar laptops por muito tempo em contato com a pele. Um estudo feito há alguns anos descobriu que homens que mantém laptops no colo por muito tempo tem uma elevada temperatura no saco escrotal. Se prolongado, esse tipo de calor pode levar a queda na produção de esperma e até a infertilidade. No passado, a síndrome da pele queimada ocorria em trabalhadores que precisavam ficar perto de fontes de calor, como padeiros.
(AP).
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