sábado, 12 de março de 2011

Japão declara emergência nuclear após terremoto

Quando a tecnologia perde para a natureza


Milhares de japoneses perderem suas casas, destruídas pelo terremoto e, em seguida, por um tsunami

Milhares de japoneses perderem suas casas, destruídas pelo terremoto e, em seguida, por um tsunami

O governo japonês decretou situação de emergência nuclear depois que pelo menos uma usina no país registrou focos de incêndio, nesta sexta-feira, em consequência do terremoto de 8,9 graus de magnitude na escala Richter. De acordo com o primeiro-ministro Naoto Kan, uma parcela das usinas nucleares em todo o país teve o funcionamento interrompido e, até o momento, não há registro de vazamento de material radioativo.

Ele informou ainda que foi criada uma central de emergência em resposta ao desastre, chefiada pelo próprio primeiro-ministro.

– Peço às pessoas que permaneçam vigilantes e acompanhem as notícias pela TV e pelo rádio, e peço a todos que mantenham a calma – disse.

A agência portuguesa de notícias Lusa informou que, até o momento, foram confirmadas 40 pessoas em decorrência do tremor, cujo epicentro foi localizado a Nordeste da Ilha de Hoshu, no Oceano Pacífico.

Novos tsunamis

A Agência Nacional Meteorológica do Japão informou, mais cedo, que o país pode ser atingido por novos tsunamis. O alerta foi acionado horas depois do terremoto que provocou a tsunami inicial, deixando um cenário de destruição. A tragédia provocou a morte de 39 pessoas e deixou ao menos 40 desaparecidas. O porta-voz da Agência Nacional Meteorológica do Japão, Hirofumi Yokoyama, fez a advertência sobre o risco de novos tsunamis no país.

– ‘Mais tsunamis estão sendo aguardados. Portanto, nas áreas em que foram dados o alerta de tsunami, por favor permaneçam vigilantes – afirmou Yokoyama.

Segundo o porta-voz, as pessoas que foram retiradas do Leste do país e não devem tentar voltar para os locais em que residiam.

– ‘Por favor, permaneçam nos locais para onde foram deslocados e para áreas onde os tsunamis ainda não chegaram. Existe uma grande probabilidade de que grandes tsunamis possam ocorrer, portanto tenham cuidado –, acrescentou.

Por volta das 15h (horário local) desta sexta-feira, o país foi atingido por um terremoto de 8,9 graus de magnitude na escala Richter, conforme medição da Agência Meteorológica do Japão, que revisou a magnitude divulgada anteriormente, de 8,4 graus.

O epicentro do terremoto foi na costa próxima à província de Miyagi, a 373 quilômetros da capital, Tóquio. Logo após o terremoto, a agência meteorológica do país emitiu alerta de tsunami para ondas de até 10 metros em toda a costa do Pacífico.

América do Sul

O tsunami que avança pelo Oceano Pacífico, gerado pelo forte terremoto que atingiu o Japão, pode chegar à costa da América do Sul. O Centro de Alertas de Tsunami do Pacífico divulgou um alerta dizendo que a gigantesca onda pode chegar ao Chile, ao Equador, à Colômbia e ao Peru.

De acordo com o boletim, a alta magnitude do tremor e as leituras dos níveis do mar indicam que o tsunami pode causar ”amplo estrago”. Ainda segundo o alerta, o tsunami ameaça também países próximos ao Japão, como Filipinas e Rússia, e países das Américas com costas no Oceano Pacífico, como México, El Salvador, Nicarágua, Guatemala, Costa Rica, Panamá e Honduras.

Representantes do governo da Rússia nas Ilhas de Sakhalin, no extremo leste do país, promoveram a retirada de cerca de 11 mil moradores na região costeira, antecipando a chegada do tsunami que promoveu destruição no Japão.

Autoridades das Filipinas ordenaram a evacuação de comunidades na região costeira ao leste do país.

agência brasil - 11/3/2011 7:40, Por Redação, com agências internacionais - de Tóquio

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