"Enquanto a imprensa de fora, principalmente a do Rio, estiver aqui, eles- os dirigentes políticos municipais, estaduais e federais - vão ficar com essas caras de preocupados e bonzinhos com a gente. Depois vai ser igual há 4 anos passados".
Assim desabafou a dona de casa Rosângela Pedrosa, por telefone, direto de Nova Friburgo, referindo-se às consequências das tempestades que atingiram aquele município em 2007, causando uma grande quantidade de desabrigados, deslojados e de vítimas fatais.
Ela, como tantas outras vítimas, teme que se repita o que aconteceu agora com a comerciária Roseli, ex-funcionária do Supermercado Cavalo Preto, que teve a sua casa perdida naquela enchente e recebeu uma casa construída pela prefeitura. Hoje Roseli encontra-se novamente em abrigo, pois a casa que ficava no bairro de Lagoa Seca também não resistiu às últimas chuvas e foi carregada por uma enxurrada.
Ainda segundo relatos, a Clínica Pediátrica do Dr. Aldeir, localizada nas imediações da Faculdade de Odontologia de Nova Friburgo, também passa pela mesma situação. Em 2007 teve parte de sua estrutura destruída e, mesmo com inúmeros abaixo-asssinados feitos pelos clientes, nada conseguiu. Novamente ela foi atingida pela catástrofe dos últimos dias.
O fato revela uma falta de estudos técnicos por parte da própria prefeitura e demais órgãos responsáveis pela realocação das suas vítimas.
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