Educação pública: UENF põe a mão na massa
Universidade adere a programa federal de formação de professores, monta laboratórios em escolas e qualifica quem está em sala de aula
Universidade adere a programa federal de formação de professores, monta laboratórios em escolas e qualifica quem está em sala de aula
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Paralelamente, pesquisadores de diferentes áreas estão captando recursos em agências de fomento, sobretudo a Faperj, para implantar laboratórios de ciências em escolas públicas de Campos. Como mostra reportagem publicada na última edição da revista Nossa UENF, pelo menos cinco escolas públicas estão interagindo com a Universidade na montagem e funcionamento de laboratórios para aulas práticas aos alunos. Quatro delas são estaduais: o Colégio Benta Pereira, em Guarus; o Dr. Sylvio Bastos Tavares, no Parque Rosário; o Liceu de Humanidades de Campos, no Centro; e o Ciep da Lapa. A outra é a escola municipal José do Patrocínio, no bairro da Penha.
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- É uma parceria muito boa. Sem ela, não teríamos condição de realizar nosso sonho do laboratório para aulas práticas - diz a diretora do Benta Pereira, Beatriz Diniz.
Em março deste ano, a Faperj aprovou mais três projetos da UENF voltados para esta área. Um deles é coordenado pela pesquisadora Antonia Elenir Amâncio de Oliveira, que participou dos estudos pioneiros da UENF sobre a presença de insulina em plantas. O projeto prevê a implantação de um laboratório de ciências no Ciep Nilo Peçanha, na Lapa, onde os graduandos da licenciatura em Biologia da UENF fazem estágios supervisionados. O segundo projeto - coordenado pela pesquisadora Maria Eugênia Ferreira Totti, que acaba de ser aprovada em concurso público para docente do Centro de Ciências do Homem (CCH/UENF) - será desenvolvido na Escola Municipal José do Patrocínio. Haverá montagem do laboratório e capacitação dos professores de todas as áreas. E o terceiro, do próprio Renato DaMatta, vai revitalizar o laboratório de ciências do Liceu de Humanidades de Campos.
Direitos Humanos entram na pauta
Conhecimento técnico é fundamental, mas educar é bem mais do que adestrar. Por isso a UENF se embrenhou em um grande esforço para capacitar os professores da rede pública a lidar com o tema dos direitos humanos. A iniciativa, desenvolvida em articulação com as seis Coordenadorias de Educação do Norte e Noroeste Fluminense, foi contemplada, em dezembro de 2008, com o Prêmio Nacional de Educação em Direitos Humanos.
Com início em 2006, o projeto tem capacitado os professores a discutir temas controversos como discriminação, preconceito, violências verbais e violência social. Ao longo deste período, os trabalhos envolveram pelo menos 1,2 mil profissionais da educação de 22 municípios da região.
Os trabalhos continuaram em 2009, primeiro com verba federal e depois com recursos da própria UENF. Neste momento, a coordenação do projeto, na Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários, aguarda a definição do mecanismo legal apropriado para contratação da equipe que vai dar continuidade aos trabalhos.
(ascom/uenf)
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