segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Campos: Terra que tem donos


CAMPOS: TERRA QUE TEM DONOS.

Quase sempre tomo o café da manhã na Padaria Napoleão da Pelinca. Rotineiramente assisto a ação da Guarda Municipal repreendendo e multando aos que estacionam irregularmente na pista de rolagem da direita, em frente à padaria. Embora crítico desta infração, as manhãs neste local costumam ser de calmaria total, o que não acontece no período da tarde.
Comumente as vagas legais em frente ao Cantão do Líbano estão livres pela manhã, onde prefiro estacionar a sangrenta (como chamo a véia viatura), antecipando a inconveniente, porém acertada abordagem da Guarda.
Há cerca de meia hora chegava para a média e o pão com minas na chapa. No caminho já havia assistido a uma ação da pequena camionete da Guarda em ação. Pus a sangrenta no Cantão como de praxe. A camionete responsável por colocar ordem na casa chegou disparando a sirene para informar aos incautos a sua presença e que se restabelecesse a ordem. Havia dois carros. O motorista de um deles imediatamente deixou o café sobre o balcão e cumpriu a orientação. O proprietário do segundo, uma perua de luxo, com motor ligado para sustentar o condicionador de ar, foi chamado no espaço privê e, em vez de repetir a atitude do primeiro, se dirigiu à camionete, sussurrou meia dúzia de palavras e, pasmem, despachou os guardas.
Sua camionete ficou ali por todo o tempo em que lanchava, conversava com amigos e ainda pitava um cigarrinho - não façam isso!!! - para estender o tempo e poder entender o poder que aquele cidadão tinha sobre a guarda. Demorou tanto que desisti, indo agir meu começo de dia; não sem antes registrar a imagem do imponente carrão que, naquele momento era mais importante do que a Guarda Municipal de Campos dos Goitacá-RJ.
Parece bobagem, mas não é!!! No período da tarde, em pleno 'rush', ao longo da mesma avenida, dezenas de carros praticam o mesmo ilícito e não há repressão. É claro que o carro não estava ali para socorrer uma vida - motivo que deve varar qualquer regra - o condutor era um dos sócios da Terra de Marlboro.

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