sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Partidos Políticos: Por que evitá-los?

"A T E N Ç Ã O !!!

CONVITE ESPECIAL!!! PARA TODOS AMIGOS QUE AMAM OS BICHOS!!!

Acontecerá hoje, dia 20, a partir das 16:00 na Praça São Salvador, em Campos (em frente ao Banco do Brasil), uma concentração pacífica, ordeira e apartidária em defesa dos animais do CCZ. Segundo denúncias este Órgão estaria promovendo a matança de animais saudáveis, ao invés de cuidar deles!!! Não estou afirmando ser esta denúncia verídica, mas pedimos às autoridades competentes, à imprensa isenta que nos ajudem e apurem se tal monstruosidade está acontecendo em nossa cidade!!!
Tragam seus cartazes, camisetas...NÃO USEM NADA DE PARTIDO POLÍTICO!!! 
Amigos, divulguem e compareçam!!! Grata"

Há poucos minutos na rede social compartilhei este convite acima. Pois sem dúvida, se a denúncia proceder trata-se de um crime e não podemos fingir o não conhecimento. Trata-se de um convite nobre por se tratar de uma causa nobre. Porém me senti no dever de formular o seguinte comentário:

Joca Muylaert Estamos firmes nesta campanha, porém, o poder se faz com partidos políticos sim. Principalmente em Campos, são inúmeros partidos que se uniram - outros convenientemente chegaram depois - para se manterem com as mãos no leme de 2,5 bilhões previstos para 2014. Precisamos entender que o único sistema que promove mudanças no país é o eleitoral, e ele apenas se dá através de partidos políticos. ME entristece a marginalização dessas agremiações quando se coloca a todos no mesmo saco. travamos uma luta diária para fortalecer as agremiações e, através delas levar um conhecimento mais crítico aos eleitores. Chego mesmo a pensar que o afastamento dos partidos nas manifestações populares possa ser lido como a manutenção do "status quo" que governa da forma que aí está. Desnuda aos olhos. Abçs

É preciso conhecer  o ideário e os personagens,
com suas histórias, que formam um partido 
Desde as manifestações que aconteceram com o seu clímax em junho, resolveu-se pela ausência dos partidos políticos nas ruas. É óbvio que se trata de um tremendo equívoco. Enquanto os partidos que pensam conforme as ruas são rejeitados, os líderes dos partidos que compõem os grupos de sustentação aos vários governos se reúnem com os marqueteiros para discutir a melhor estratégia para ofuscar as ruas e anestesiar as mentes.
Os partidos políticos são, sim, o maior condutor para as mudanças no sistema democrático. Precisamos de partidos identificados primeiramente com seus próprios ideais postos nos seu estatutos e ações escritas nos seus programas. Outro dia escrevi como seria diferente o nosso Brasil se os eleitores tivessem a mesma dedicação e garra, ao defenderem suas siglas partidárias, como os torcedores dos nossos times de futebol têm em discutir os seus clubes. Confesso que fico estupefato quando estou numa roda de amigos e a discussão é futebol. Me impressiona a capacidade que eles têm em falar da escalação completa daquele time nos idos de 70 quando se 'sagrou vitorioso' contra o time B. A quantidade de títulos; a narrativa detalhada do gol do seu time feito há anos e mais anos; as intrigas e articulações dos diretores de cada clube...é realmente de se tirar o chapéu.
Já imaginaram os brasileiros na mesa do bar, nas esquinas, no trabalho, em todos os recantos discutindo as plataformas partidárias? Um bom debate sobre quem apresenta a melhor proposta para os nossos problemas e a luta para se chegar ao poder e pô-la em prática? Que loucura, imagino. 
Mas na contramão deste pensamento assisto à velada proibição da participação das agremiações políticas no dia a dia dos brasileiros. Que furada! Até porque a liberdade de se manifestar fica comprometida. Mas o pior é a possível hostilização ou até mesmo agressões físicas que o militante político, identificável por camisetas ou por portar bandeiras, por exemplo, possa vir a sofrer. É de uma contradição tremenda essas solicitações para a não presença de partidos em manifestações, quando já se sabe que em vários movimentos ativistas profissionais são bancados por inescrupulosos políticos não menos profissionais para enfatizar a negação aos seus adversários.

Destino do eleitor leigo, alheio à vida político-partidária

Jamais o instituto da venda de votos seria tão comum se os eleitores tivessem no seu voto o reconhecimento de autenticarem os ideais de seus partidos políticos. Sabemos, sem medo de errar, que a grande maioria dos políticos permanecem no poder através da compra criminosa de votos. E o pior: com dinheiro fruto de desvios por roubos oriundos de superfaturamentos, terceirizações, etc. Jamais um torcedor de clubes de futebol entregaria um jogo, amistoso que seja, por 10, 50 ou 100 reais. Imaginem um campeonato.
É claro que defendo o voto facultativo e a proibição de coligações além da plena liberdade de se ingressar neste ou naquele partido, não sem antes perceber a desnecessidade de um número exagerado de siglas que apenas servem à grande bolsa de negócios de políticos que prezam acima de tudo as condições para se manterem da locupletação do patrimônio público. 
A fragilidade dos partidos, a facilidade em se 'mudar de ideologia' e trocar de partido facilitam a ciranda inconveniente à Democracia. Quem não conhece um político que ontem era de uma agremiação à esquerda e que para ingressar com um carguinho no governo tal transfere a sua filiação para um partido de programa e estatuto completamente inverso ao seu partido anterior, ou vice-versa. Isso ocorre muito aqui na grande Campos dos Goitacá. Percebam quantos nomes que ontem eram oposição e hoje fazem parte do governo e que, para tal, tiveram que agradar ao 'chefe' e assinar a fichinha do seu partido. Pessoas que ontem se diziam independentes e completamente contra as práticas duvidosas deste governo.

Um dia há de tremular livre de verdade

Pois é isso. Partidos fracos e desestimulados acarretam uma política tão ou mais fraca e mais corrupta. Que voltem as bandeiras partidárias a tremular nas ruas. Que a população saiba perceber a história e a intenção das agremiações e delas queiram fazer parte. O distanciamento dos partidos políticos é a total entrega dos governos aos políticos de carreira que colocam o bem comum em último plano.





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