domingo, 11 de abril de 2010

Candidatura de Marina Silva toma perfil popular com doação de brasileiros.

O Partido Verde contabiliza R$ 202,9 mil em doações feitas por meio de seu site até o final de março. Uma ferramenta disponível na página da legenda permite que o filiado ou simpatizante informe seu CPF e gere um boleto no valor que quiser, a partir da quantia mínima de R$ 20.

Antes de gerar o boleto, há um campo para que o doador autorize ou não a divulgação de seu nome. Relatório da Secretaria de Finanças do PV aponta que 64 doadores autorizaram a divulgação de seus nomes. De acordo com o tesoureiro da legenda, Reynaldo Nunes Morais, cerca de 20 pessoas não autorizaram que seus nomes fossem divulgados.

No site do PV está disponível um relatório que contabiliza R$ 2.196 em doações feitas por 53 pessoas desde o dia 1º de dezembro até o dia 20 de janeiro. Desta forma, pouco mais de 30 pessoas teriam sido responsáveis por elevar o montante para R$ 200 mil até o final de março. O novo balanço e a relação de doadores deverá ser publicada na página do partido na próxima semana, segundo o tesoureiro.

Reynaldo Morais acredita que algumas doações feitas em fevereiro e março tenham sido de valores altos, de R$ 10 mil a R$ 30 mil. "Não temos um relatório em cima das doações, dos valores. Sei que uma parte das doações eram pequenas. Então, por paralelo, sei que haveria doações por esse nível aí. É uma questão de matemática", diz.

Efeito Obama?
O tesoureiro conta que o próximo passo será o envio de cartas aos filiados pedindo doações. Talvez embalado pelo “efeito Obama”, que arrecadou US$ 500 milhões pela internet para a campanha do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a expectativa do tesoureiro é aumentar a base de colaboradores e fazer da internet a maior fonte de recursos da campanha.

"A pessoa contribui e deixa endereço, e-mail, telefone. É uma forma de manter o contato. Quando começar a campanha, além dessas doações, vamos ter um banco de dados expressivo para a gente poder ampliar mais ainda”, diz Morais.

O vereador Alfredo Sirkis, coordenador da pré-campanha da senadora Marina Silva à Presidência da República, espera alavancar a arrecadação online quando o período eleitoral começar e as doações passarem a ser feitas em nome da campanha de Marina, e não mais em nome do partido.

“A nossa grande esperança é poder nivelar [com outros candidatos] justamente na arrecadação de pessoa física, em pequenas quantias, pela internet. É claro que, em relação às doações de empresas, tanto a Dilma (pré-candidata do PT ao Planalto) quanto o Serra (pré-candidato do PSDB) levam uma vantagem muito grande”, diz.

Cartão de crédito
Com o início da campanha, o partido deverá lançar no site uma ferramenta para doações com cartão de crédito, algo inédito nas campanhas eleitorais brasileiras. Para o tesoureiro, no entanto, as contribuições por boleto são a grande aposta de arrecadação.

"Você emite o boleto e paga em qualquer caixa bancário. O mais complicado é a comunicação, as pessoas saberem onde ir e o quanto é simples. Não tenho certeza se a doação por cartão de crédito vai pegar. Acho que a questão do boleto é mais simples. O cartão ainda tem complicações", diz.

Doações de empresas não serão aceitas pela internet, nem agora, nem após o início da campanha para haver um “controle” maior, segundo o tesoureiro. Além disso, o PV determinou que seus candidatos não recebam doações de empresas produtoras de armas, tabaco, transgênicos e daquelas com problemas ambientais.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a arrecadação por meio de boletos emitidos pela internet devem constar da prestação de contas do partido. No caso de doações feitas por filiados, a legenda não precisa emitir recibo eleitoral. Já para não filiados, e se o dinheiro for utilizado na pré-campanha ou na campanha, o partido terá que identificar a fonte dos recursos.

2- Marina hoje em São Paulo:
A senadora Marina Silva, pré-candidata do Partido Verde (PV) à Presidência da República, afirmou neste domingo (11), em referência aos outros dois pré-candidatos Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), que as campanhas deste ano não poderão apenas comparar passados.

“Estamos no começo da campanha e o que foi proposto neste começo foi comparar o passado do presidente Lula com o passado do presidente Fernando Henrique. Isso não é visão estratégica de país. Nessa campanha o eleitor vai exigir uma nova postura. Vai ser processo político, não vai ser plebiscito”, disse.

Para Marina, tanto Dilma como Serra já começaram a perceber isso. “A ministra Dilma disse em Minas sobre a importância da educação e o governador Serra falou sobre a questão ambiental. (...) Acho que agora é se unir em torno do Brasil”.
(G1)

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