sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Um lobo em pele de cordeiro

               

Há muito aprendi a evitar temas e assuntos que possam refletir as desconexões sociais que influenciam o nosso dia a dia. Até para os maiores adversários que me consideram inimigos injustamente, poupo-lhes, pois sei que muitos merecem a reflexão e a destinação de um tratamento. Me dói invadir consciências que deverão ser reflexivas no que tange a desvios socialmente normais, espontâneos, impulsivos... porém trata-se de uma profilaxia social e educativa.

Conhecido sou como liberal, espontâneo e de pouco falar radioativamente o que penso, mas não posso me furtar a expressar — e leia-me quem quiser — o meu alerta a mães, pais, padrastos, madrastas e seres viventes do que nos cerca.

Tudo poderia ser simplificado numa mera questão de avanço da mente. Mas não é verdade. É canalhice profunda. Dói-me falar de alguém em quem sempre depositei estranhamente profunda confiança e que se trai, se retrai, que consente, admite e nem sei se se envergonha. Porque, se se envergonhasse, a mim deveria ter procurado e buscado as suas complacências no seu pequeno erro.

Pequeno? Pequeno sim. Pois retrata-me o indigente que cego buscava conhecer o que estava à sua frente. Perguntou-me coisas e mais coisas como se estivesse em Vênus e não via o que lhe era claro em sua idiotice mental — sei que idiotia só é mental.

Um dia, apaixonei-me por um tornozelo. Errei diversas vezes por apreciar e contemplar outras mulheres, porém nunca fui tão canalha comigo ao ouvir da mãe das minhas filhas que se sentiu aviltada no seu direito de existir. Bateu como uma punhalada. Eu não sabia se me envergonhava por ter apreciado e contemplado outras mulheres. Mas nunca passei do limite de me poupar e me expor cometendo ilícitos morais e delinquentes.

Sinto-me frágil, triste e profundamente desiludido quando situações que, haja vista meu preconceito, parecem ocorrer em comunidades mais simplistas, não, acontecem dentro de uma escola acadêmica sonhada para tirar da miséria o Norte e o Noroeste Fluminense. Refiro-me não ao sonho do Darcy, mas à imprepotência que rege o ser humano. Sim, imprepotência, pois esta nos dá o resultado exato das ações da mente, diferentemente do estereótipo.

Quem me conhece sabe que luto guerreiro e morrerei no campo do pensamento, o que mais me apraz. Não quero, porém, me mostrar covarde nem indigno, mas, com pena, tenho que revelar que o meu quase primo Gustavo Smiderle é uma farsa. Dói-me falar publicamente que este indivíduo não cumpre suas funções sociais. Envergonha-nos enquanto Sarmet, Muylaert, Bousquet, Correia e todas as famílias campistas.

Apenas sinto vergonha por se tratar de uma pessoa na qual depositei confiança e estima.  Mas não me dói menos saber que ele ultrapassou os limites da decência ao infringir a maior liberdade que o ser humano tem de si: o domínio de seu corpo. A defesa da diversidade é essência. Tenho em mim como o que os crentes, na existência da vida eterna, creditam à alma, ao espírito, à fé. Enlameia a minha crença a desoportunidade de não ter socorrido o martírio que lhe roubava o amor em troca da paixão. Vulgar e desoportunada.


Abraço-te, Gustavo Sarmet Smiderle. 

Nenhum comentário: