sábado, 7 de abril de 2012

Eleições de outubro serão as mais viciadas


Prever que as eleições de outubro acontecerão com muita tranquilidade pode até ser, dependendo de quem diga. Se houver a repetição do fenômeno dos cinquentinha, será incompetência. Afinal, ela já está sendo observada há muito tempo. Como imaginar uma competição eleitoral com isonomia se a maioria dos partidos (de oposição) se sustenta com os recursos de seus dirigentes e filiados, além das festas de arrecadação, venda de bottons, camisetas, enfim, pequenas ações que não se comparam às arrecadações oficiais - basta lembrar que todos os nomeados para cargos e funções e, até muitas vezes, os terceirizados, têm em seus salários uma contribuição partidária compulsoriamente  subtraída, que vai diretamente para as contas do partido que está no poder ou, raras vezes, dos partidos aliados.
Como imaginar uma eleição livre de vícios se, há quase quatro anos, os gestores dos milhares de órgãos municipais - dos secretários aos administradores regionais - são priorizados e priorizam a capacidade de  aparelhar politicamente cada um desses órgãos, em detrimento do serviço que deveriam prestar à comunidade? E é isto o que justifica os péssimos serviços percebidos pela população diariamente denunciados. E por que não se substituem os gestores? Porque a estes são creditadas qualidades de manutenção de poder.
Em casos mais específicos, os cargos são usados como moeda de enfraquecimento dos "adversários". É a simples leitura que podemos fazer de personalidades políticas que recebem o agrado de secretarias e demais cargos do segundo e terceiro escalão para abandonar os barquinhos da oposição. Aí, a análise fica mais difícil de se efetuar, pois como entender cidadãos que há décadas contestaram publicamente o modus operandi atual se jogarem de braços abertos e reconhecerem os novos líderes como os melhores da face da terra? Quem mudou nestas diversas histórias? Ou melhor: o que se faz mudar a esta altura do campeonato?
E, aos pequenos partidos de oposição, resta-lhes a pregação de seus ideários e programas. Um modo mais eficiente e transparente de se tratar as coisas da política... Isso basta?!?
Como os pequenos partidos vão abordar os milhares de terceirizados e falar-lhes de cidadania, se não se divulgam quantos são? - imaginem quem são... E olha que, noutros tempos, essa turminha tinha a mania de fazer recadastramento e escrachar os nomes de pessoas ligadas aos políticos com emprego na prefeitura. Expondo-as impiedosamente. Hoje se publicariam o nome de todos os que formam um verdadeiro exército eleitoral.
A esses, somem-se beneficiários de cartões dos mais diversos. Os iludidos com o rombo da passagem a 1 real, beneficiados com as "casinhas de ouro", e ´por aí vai.
E ainda falam em eleições limpas em outubro? Como?!?!
Para que tantas obras faraônicas e bilionárias? Claramente para receber o que já foi dito no Fantástico: a cotinha de mercado. Aí, fica fácil dizer que a oposição é incompetente.
Não, não vai haver nada de cinquentinha em outubro. O atacadão vem de há muito!!! E repito:
Outro dia na zona-zul do Rio de Janeiro uma jovem com mais outras dizia depois de uns goles:
"Campos deve segurar mais da matade dos municípios nessa campanha." - Me desminta!
Afinal...

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