sexta-feira, 22 de junho de 2012

Como o PV vai para a Convenção amanhã


Há cerca de três anos, o Partido Verde em Campos vem acreditando e trabalhando a sua candidatura própria para o executivo municipal. Encontros e desencontros forjam qualquer caminho. Dificuldades são naturais, principalmente, como tenho dito, numa agremiação que não atrai parcerias inescrupulosas e se distancia de ritos meramente eleitoreiros. Sua luta é pelo seu crescimento por si só.

Posto publicamente o nome de seu presidente como pré-candidato a prefeito, não conseguimos o eco suficiente nas ruas. Por ser um dos melhores nomes postos junto à oposição, percebeu-se claramente uma manobra geral para o seu abafamento - até porque ele abandona o núcleo dos debates da Frente  Oposicionista e sai do debate público. Seu nome em nenhum momento fora incluído em pesquisas e absorvido pela população, embora a pequena rede jornalística de Campos o enfocasse.
Num momento de crescimento constante do partido em eleições em todo o país, com o mundo discutindo uma das nossas maiores bandeiras há apenas 270 km de nossos corpos, com uma onda ainda viva da candidatura da senadora Marina Silva, com a fácil simpatia da sigla que empolga e nos faz vibrar quando falamos do nosso programa e ideário... Não imaginávamos virar, de uma hora para outra e com informes chinfrins, coadjuvantes nas eleições municipais em momento tão importante para o município.
É de uma imbecilidade tamanha ler na imprensa que vai haver amanhã um embate entre o vice-presidente Aloisio Di Donato, que seria lançado como candidato a prefeito e Andral, como vice dos comunistas do Brasil. Não há ala ou o que quer que seja defendendo o nome de Di Donato. Há um bloco dentro do partido que defende a Candidatura Própria do PV para as eleições deste ano. É muito diferente. O seu nome foi colocado como alternativa, já que sempre o colocou à disposição para qualquer desafio dentro da agremiação - o que nunca foi interessante ser ouvido e registrado.
O fato de o nome do Andral ter sucumbido na proposta da candidatura própria não fechava o diálogo interno com os demais companheiros e nem outorgava procuração a nenhum de nós, verdes, para decidir monocraticamente em nome do partido. O PV não é formado por apenas um membro. Somos várias alternativas para o seu crescimento, embora possamos apontar caminhos variados - este é o foco. Qualquer desvio desta narrativa será uma forma deturpada de se mostrar para fora o que foge à realidade.
É lógico que, para piorar a situação, o presidente faz aliança com uma agremiação que deveria ser repudiada por ele próprio, quando sua presidente, no ano passado, repercutiu em seu Blog (leia em nossa postagem anterior) artigo insultuoso ao companheiro Gabeira. Respeitamos e rendemos homenagens à incessante luta daquela agremiação fundamental para a recente história em que vivemos, porém a nossa bandeira, a do PV, para tremular precisa de seus filiados, dirigentes e simpatizantes sempre em alerta e na sua defesa incondicional.
Por outro lado, um bloco que vai votar na aliança, com certeza, pois nunca os 16 convencionais se assentaram para a discussão da matéria em pauta e que, coincidentemente, será escolhida na Convenção. Diferentemente do que também foi postado em um blog da cidade, jamais utilizei da minha condição de coordenador regional para tentar arquitetar esta ou aquela  estratégia para abater a vontade do presidente Andral. Pelo contrário, estive boa parte da semana passada no Rio, junto aos meus companheiros da Regional, e nada foi dito, a não ser acerca da responsabilidade da condução do partido hoje e sua repercussão no amanhã. Continuamos firmes no propósito do diálogo como a forma mais sublime da Democracia. Não fazem parte do meu ímpeto manobras entre quatro paredes. A decisão será tomada pelos membros da Comissão Dirigente de Campos e aceita como legítima, o que não equivale dizer que não deve ser contestada e debatida incansavelmente.
Tentamos sim, de todas as formas, convencer o presidente a, caso entendesse que a sua candidatura fosse inviável, pelo pequeno aporte para sustentá-la, que viesse como candidato a vereador. O que foi recusado e imediatamente compreendido e respeitado por todos. Afinal, ninguém pode obrigar ninguém a emprestar o seu nome para disputar uma eleição. Como eu disse, temos que respeitar. Por outro lado, a ninguém cabe frustrar uma vontade de se ter o nome posto para disputar. A não ser que a candidatura inviabilize um projeto maior do partido e o pretendente não seja digno de representar a entidade, mas, como no caso não se trata de nome, mas de estratégias...
O que ainda carece de resposta é o seguinte:
A que esta aliança levará o PV?
Qual o interesse em se deixar o partido de fora dos debates em um provável segundo turno e colocá-lo como alternativa forte agora?
Por que rebaixá-lo à condição de coadjuvante?
Qual a diferença em ser vice dos comunistas do Brasil e não de um companheiro de Partido?
A quem interessa esta aliança?
O resto a gente sabe...
Boa sorte aos "convencionais"!!!!

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