O deputado federal Fernando Gabeira foi oficializado neste sábado como nome do Partido Verde (PV) na disputa pelo governo do Rio de Janeiro. A legenda apresentou também os candidatos que vão concorrer às vagas de deputados federal e estadual.
Gabeira deverá contar com o apoio ao governo de DEM, PSDB e PPS. Os quatro partidos devem se reunir no próximo sábado para formalizar a união.
Durante a convenção, o presidente regional do PV, Alfredo Sirkis, pediu fidelidade aos parlamentares do PV em encontro neste sábado (12) no Rio. Dois dias depois da convenção que homologou Marina Silva como candidata à presidência pelo PV, o partido reuniu seus pré-candidatos a deputado, no hotel São Francisco, na região central do Rio de Janeiro, para oficializar suas candidaturas.
No encontro, Sirkis apresentou vantagens àqueles que permanecerem fiéis ao partido. "A 'cesta básica' está garantida. Ninguém vai ficar sem papel ou material", disse, sem especificar quanto cada candidato receberá da campanha presidencial.
"Além disso, quem quiser montar um blog pessoal vai ter espaço", acrescentou. Ele não soube adiantar se os blogs dos candidatos ficarão hospedados no site do PV-RJ, de Marina ou da campanha ao governo de Fernando Gabeira. "Agora, quem dobrar (fizer campanha com candidatos, a cargos diferentes, de outros partidos), está fora", alertou Sirkis.
Além de querer refazer suas bancadas, pois atualmente tem Gabeira como único deputado federal e nenhum representante na Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro), o PV fluminense quer evitar perdas com a infidelidade. O problema foi recorrente com os últimos três deputados estaduais eleitos pelo partido, André Lazaroni, André Correa e Alessandro Calazans. Todos saíram do PV ou foram "convidados a sair" depois de apoiarem propostas divergentes e candidatos adversários. Lazaroni, por exemplo, em 2008, apoiou Jandira Feghali (PCdoB), no primeiro turno, e Eduardo Paes (PMDB), no segundo, contra o PV, que tinha Gabeira como candidato à prefeitura do Rio.
"Não vamos permitir infidelidade dentro do partido. Se estiver fazendo dobradinha para fora, vamos retirar o registro", reforçou Roberto Rocco, secretário de organização do PV-RJ. "É o preço que cobramos por uma boa estrutura, com candidaturas majoritárias fortes. Além disso, fechamos uma resolução interna pela qual não aceitamos fichas-sujas nem em primeira instância", acrescentou
Portal Terra/João Pequeno
PV oficializa Gabeira e lança chapa à parte da coligação
Alegando diferenças, verdes não vão disputar juntos com PSDB-DEM-PPS as candidaturas proporcionais
Embora esteja coligado em torno da candidatura majoritária (ao governo do estado) com DEM, PSDB e PPS, o partido vai apresentar uma chapa independente para a disputa proporcional. O diretório regional da legenda quer participar da corrida à Assembléia Legislativa do Rio (Alerj) com 109 nomes e à Câmara dos Deputados com 69.
"Será uma chapa verde unificada. Não estamos nos coligando com os outros partidos porque temos candidatos diferentes à Presidente, e também porque temos diferenças ideológicas", diz o presidente estadual do PV, Alfredo Sirkis.
Sirkis, que é vereador na capital, será candidato a deputado federal. Ele acredita que a legenda terá bons puxadores de votos, como o ex-presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Marcus Faver, e o candidato derrotado à prefeitura de Macaé (Norte Fluminense), Aluízio Júnior, que chegou ao segundo turno nas eleições de 2008.
Para a Alerj, a aposta do partido é o ex-superintendente do Ibama no Rio, Rogério Rocco, e o vice-presidente do PV-RJ, Fernando Guida. A legenda estima que terá cerca de um minuto para apresentar seus candidatos durante a propaganda gratuita no rádio e na TV.
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