O longa "É Proibido Fumar", dirigido por Anna Muylaert, foi o grande vencedor do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, entregue na noite desta terça-feira (8), no Teatro João Caetano, centro do Rio.
Além da vitória na categoria melhor longa de ficção, Muylaert levou também o troféu de melhor diretora.
A atriz Lilia Cabral foi a vencedora na categoria melhor atriz por seu desempenho em "Divã", e Tony Ramos o melhor ator com sua interpretação em "Se eu Fosse Você 2".
Espécie de versão tupiniquim do Oscar criada em 2002 pela Academia Brasileira de Cinema, a premiação é o maior do cinema nacional com 27 categorias, de longas de ficção e documentário a curtas-metragens.
"Simonal", o documentário dirigido por Claudio Manoel, Micael Langer e Calvito Leal, se destacou com quatro prêmios, nas categorias melhor documentário, montagem de documentário, som e trilha original.
O cineasta e ator Anselmo Duarte, morto em 2009 e único brasileiro a ganhar a Palma de Ouro em Cannes com "O Pagador de Promessas" (1962), foi o grande homenageado da noite.
Em discurso comovente, a atriz Gloria Menezes, com quem contracenou no filme, disse lamentar por "aqueles que não conheceram Anselmo".
Gloria Menezes se emocionou ao ler texto, por 10 minutos, sobre o cineasta Anselmo Duarte, morto em 2009 e homenageado do prêmio.
Ela pediu ajuda a Ignacio Loyola Brandão, que, quando jovem, foi acolhido pelo então ator em sua casa pois não tinha onde morar.
Gloria contou que, para "O Pagador de Promessas", Duarte levou todo o elenco para Salvador, "para nos tornarmos baianos, místicos, respirar aquele ar. Ao voltar, eu não era paulista, carioca...", disse a atriz.
Ela lembrou ainda que Glauber Rocha visitou o set em Salvador e ganhou de Anselmo Duarte um rolo de película para fazer um curta que pretendia filmar, mas não tinha dinheiro.
Chorando, Gloria disse que Duarte era "seguro, determinado, sem pose de gênio, sem exibições megalomaníacas".
Falou em lágrimas sobre o fato de Duarte ter sido pouco reconhecido quando vivo.
"E aquele que era o galãzinho, o ator mais bonito do cinema nacional foi o único, entre tantos gênios, a ganhar a Palma de Ouro em Cannes."
Roberto Filho/AgNews
Murilo Rosa e Ingrid Guimarães, que apresentaram o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro
Veja a lista dos vencedores da nona edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro:
Curta-metragem de animação: "O Menino que Plantava Invernos", Victor Hugo Borges
Curta-metragem de ficção: "Superbarroco", Renata Pinheiro
Curta-metragem de documentário: "De Volta ao Quarto 666", Gustavo Spolidoro
Figurino: Marília Carneiro, por "Tempos de Paz"
Maquiagem: Martín Macias Trujillo
Direção de arte: Claudio Amaral Peixoto, por "Besouro"
Direção de Fotografia: Ricardo Della Rosa, por "À Deriva"
Montagem de ficção: Paulo Sacramento, por "É Proibido Fumar"
Montagem de documentário: Karen Akerman, por "Simonal - Ninguém Sabe o Duro que Dei"
Efeitos visuais: Marcelo Siqueira, por "Besouro"
Som: Denilson Campos e Paulo Ricardo Nunes, por "Simonal - Ninguém Sabe o Duro que Dei"
Trilha sonora: Márcio Nigro, por "É Proibido Fumar"
Trilha sonora original: Berna Ceppas, por "Simonal - Ninguém Sabe o Duro que Dei"
Atriz coadjuvante: Denise Weinberg, por "Salve Geral"
Ator coadjuvante: Chico Diaz, por "O Contador de Histórias"
Prêmio especial de preservação: Alice Gonzaga (escritora, pesquisadora, produtora, diretora e empresária do ramo cinematográfico)
Longa-metragem nacional de animação: "O Grilo Feliz e os Insetos Gigantes", de Walbercy Ribas e Rafael Ribas
Longa-metragem infantil: "O Grilo Feliz e os Insetos Gigantes", de Walbercy Ribas e Rafael Ribas
Longa-metragem estrangeiro: "Bastardos Inglórios", de Quentin Tarantino
Roteiro adaptado: Bosco Brasil, por "Tempos de Paz"
Roteiro original: Anna Muylaert, por "É Proibido Fumar"
Prêmio especial: Anselmo Duarte (1920-2009)
Longa-metragem de documentário: "Simonal - Ninguém Sabe o Duro que Dei", de Calvito Leal, Claudio Manoel e Micael Langer
Longa-metragem de ficção nacional (voto popular): "Se Eu Fosse Você 2", de Daniel Filho
Longa-metragem de ficção estrangeiro (voto popular): "Avatar", de James Cameron
Melhor atriz: Lília Cabral, por "Divã"
Melhor ator: Tony Ramos, por "Se Eu Fosse Você 2"
Melhor diretor: Anna Muylaert, por "É Proibido Fumar"
Melhor longa-metragem de ficção: "É Proibido Fumar", de Anna Muylaert
Além da vitória na categoria melhor longa de ficção, Muylaert levou também o troféu de melhor diretora.
A atriz Lilia Cabral foi a vencedora na categoria melhor atriz por seu desempenho em "Divã", e Tony Ramos o melhor ator com sua interpretação em "Se eu Fosse Você 2".
Espécie de versão tupiniquim do Oscar criada em 2002 pela Academia Brasileira de Cinema, a premiação é o maior do cinema nacional com 27 categorias, de longas de ficção e documentário a curtas-metragens.
"Simonal", o documentário dirigido por Claudio Manoel, Micael Langer e Calvito Leal, se destacou com quatro prêmios, nas categorias melhor documentário, montagem de documentário, som e trilha original.
O cineasta e ator Anselmo Duarte, morto em 2009 e único brasileiro a ganhar a Palma de Ouro em Cannes com "O Pagador de Promessas" (1962), foi o grande homenageado da noite.
Em discurso comovente, a atriz Gloria Menezes, com quem contracenou no filme, disse lamentar por "aqueles que não conheceram Anselmo".
Gloria Menezes se emocionou ao ler texto, por 10 minutos, sobre o cineasta Anselmo Duarte, morto em 2009 e homenageado do prêmio.
Ela pediu ajuda a Ignacio Loyola Brandão, que, quando jovem, foi acolhido pelo então ator em sua casa pois não tinha onde morar.
Gloria contou que, para "O Pagador de Promessas", Duarte levou todo o elenco para Salvador, "para nos tornarmos baianos, místicos, respirar aquele ar. Ao voltar, eu não era paulista, carioca...", disse a atriz.
Ela lembrou ainda que Glauber Rocha visitou o set em Salvador e ganhou de Anselmo Duarte um rolo de película para fazer um curta que pretendia filmar, mas não tinha dinheiro.
Chorando, Gloria disse que Duarte era "seguro, determinado, sem pose de gênio, sem exibições megalomaníacas".
Falou em lágrimas sobre o fato de Duarte ter sido pouco reconhecido quando vivo.
"E aquele que era o galãzinho, o ator mais bonito do cinema nacional foi o único, entre tantos gênios, a ganhar a Palma de Ouro em Cannes."
Roberto Filho/AgNews
Murilo Rosa e Ingrid Guimarães, que apresentaram o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro
Veja a lista dos vencedores da nona edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro:
Curta-metragem de animação: "O Menino que Plantava Invernos", Victor Hugo Borges
Curta-metragem de ficção: "Superbarroco", Renata Pinheiro
Curta-metragem de documentário: "De Volta ao Quarto 666", Gustavo Spolidoro
Figurino: Marília Carneiro, por "Tempos de Paz"
Maquiagem: Martín Macias Trujillo
Direção de arte: Claudio Amaral Peixoto, por "Besouro"
Direção de Fotografia: Ricardo Della Rosa, por "À Deriva"
Montagem de ficção: Paulo Sacramento, por "É Proibido Fumar"
Montagem de documentário: Karen Akerman, por "Simonal - Ninguém Sabe o Duro que Dei"
Efeitos visuais: Marcelo Siqueira, por "Besouro"
Som: Denilson Campos e Paulo Ricardo Nunes, por "Simonal - Ninguém Sabe o Duro que Dei"
Trilha sonora: Márcio Nigro, por "É Proibido Fumar"
Trilha sonora original: Berna Ceppas, por "Simonal - Ninguém Sabe o Duro que Dei"
Atriz coadjuvante: Denise Weinberg, por "Salve Geral"
Ator coadjuvante: Chico Diaz, por "O Contador de Histórias"
Prêmio especial de preservação: Alice Gonzaga (escritora, pesquisadora, produtora, diretora e empresária do ramo cinematográfico)
Longa-metragem nacional de animação: "O Grilo Feliz e os Insetos Gigantes", de Walbercy Ribas e Rafael Ribas
Longa-metragem infantil: "O Grilo Feliz e os Insetos Gigantes", de Walbercy Ribas e Rafael Ribas
Longa-metragem estrangeiro: "Bastardos Inglórios", de Quentin Tarantino
Roteiro adaptado: Bosco Brasil, por "Tempos de Paz"
Roteiro original: Anna Muylaert, por "É Proibido Fumar"
Prêmio especial: Anselmo Duarte (1920-2009)
Longa-metragem de documentário: "Simonal - Ninguém Sabe o Duro que Dei", de Calvito Leal, Claudio Manoel e Micael Langer
Longa-metragem de ficção nacional (voto popular): "Se Eu Fosse Você 2", de Daniel Filho
Longa-metragem de ficção estrangeiro (voto popular): "Avatar", de James Cameron
Melhor atriz: Lília Cabral, por "Divã"
Melhor ator: Tony Ramos, por "Se Eu Fosse Você 2"
Melhor diretor: Anna Muylaert, por "É Proibido Fumar"
Melhor longa-metragem de ficção: "É Proibido Fumar", de Anna Muylaert
AUDREY FURLANETO- Folha de São Paulo
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