Acabamos de voltar do Rio de Janeiro, de um início de semana realmente muito rico. No domingo, em Nova Iguaçu, participamos do pré-lançamento nacional da campanha da senadora Marina Silva. Momento único de se participar de uma política diferente. De voltar a décadas passadas, onde o sonho ainda imperava nas cabeças. Ouvir o Thiago de Mello falar suavemente como um jovem cheio de esperanças nos fez remoçar. O Gil cantando um novo momento que pode chegar nos remetia aos festivais. O Gabeira e a Marina como os velhos idealistas de 70 pregando o amadurecimento que pode levar às reais mudanças que o estado e o país podem alcançar.
Repito: realmente um filme de um passado muito distante passava em minha cabeça .O espetáculo da polarização que a mídia e os estrategistas de campanha pregam se albarroará numa proposta moderna e vibrante de um novo modo de se ver e fazer política. Como disse o Pena, presidente nacional do PV, "estão tratando o povo brasileiro como crianças que devem ser conduzidas, aniquilando o pensar do novo" — o que já escrevi aqui há pouco tempo.
O PV vai cumprir a imagem que o querido senador Mário Covas pregava para os que fundávamos à época o Partido Novo, logo depois batizado de PSDB:"Um partido forte é aquele que está nas ruas, ouvindo o pulsar do povo". Inclusive o PSDB de Marcello Alencar, que tive o privilégio de beijar, ontem, na ABI, palco de tantas lutas. Foi ali e ontem que lhe agradeci os anos em que ele e o Mestre Darcy me confiaram quatro anos de vida doados à Casa de Cultura Villa Maria (CCVM) para lhe emprestar vida.
Afinal o que fizeram com a falecida CCVM depois que saimos de lá? Os governos que se sucederam lacraram aquele que foi durante um bom período o mais atuante equipamento cultural da região.
O que estávamos fazendo na ABI? Firmando o Pacto pelo Rio. Reafirmando a candidatura do deputado Fernando Gabeira. Com as palavras fortes e amadurecidas do Marcelo Cerqueira, que comporá a chapa numa das vagas ao Senado. Vi ali também um César Maia que não me emociona, porém é peça fundamental para um novo projeto para o Estado do Rio.
Confesso que, embora a motivação fosse forte, a minha carcaça dava sinais constantes do tempo que nos separa de tantas outras lutas, lá atrás. Lembro-me do início de um poema do saudoso Evaristo Penha: "Que falta me faz o vigor dos meus vinte anos..."
Mas vamos aí, sigamos em frente! Debatamos com o amadurecimento que a liberdade desejada numa Democracia requer.
Um muito obrigado a todos os presidentes municipais e seus membros. Militantes e simpatizantes da nossa Coodenadoria, que nos ajudaram a abrilhantar esses eventos e que, por outro lado, tiveram a oportunidade de (re) viver momentos fortes, que farão certamente parte da história do Brasil e do Estado do Rio
Um comentário:
O que quer que digam os homens práticos,este mundo é,afinal, absolutamente governado pelas ideias, e com frequëncia as ideias mais especulativas e hipotéticas. É uma questão da mais alta importância que nossas teorias sobre as coisas, mesmo sobre coisas que parecm muito distantes da vida cotidiana,devam ser tanto quanto possível verdadeiras e tanto quanto possível afastadas do erro. Viva o PV!!
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