Ilustração do vírus HIV mostrando as proteínas do capsídeo responsáveis pela aderencia na célula hospedeira.
Esta é a conclusão da pesquisa orientada por pesquisador da UENF e premiada em Congresso.
Com uma taxa de transmissão vertical de HIV acima do índice estabelecido pelo Ministério da Saúde, o município de Campos necessita ampliar o serviço de diagnóstico precoce da AIDS. É o que indica a pesquisa realizada pelos alunos Gustavo Fernandes Ribas e Fernanda Alves Barbosa, da Faculdade de Medicina de Campos (FMC), sob orientação dos professores Enrique Medina-Acosta, do Laboratório de Biotecnologia da UENF; Regina Célia de Souza; e Cláudio Luiz dos Santos Teixeira, da FMC, intitulada "Persistência do desafio de diminuição das taxas de transmissão vertical do HIV em Campos dos Goytacazes, RJ".
O trabalho obteve o primeiro lugar, semana passada, no XV Congresso Médico Cidade de Campos e XXV Congresso da Sociedade Universitária de Pesquisas e Estudos Médicos (Supem), na categoria "Temas Livres - Apresentações Orais". Outro trabalho orientado pelo professor Medina, "Diagnóstico indireto de portadores de mutações causadoras de Hemofilia B", da aluna de IC da UENF Viviane Lamim Lovatel, obteve o primeiro lugar na categoria "Pôsteres".
Segundo Gustavo, a taxa de transmissão vertical do HIV em Campos, de outubro de 1999 a março de 2010, foi de 6,5%, enquanto o Ministério da Saúde estabelece o índice máximo de 5,3%. A pesquisa mostrou uma associação estatística entre a transmissão materno-infantil do HIV e o diagnóstico da infecção materna no pós-parto, a amamentação ao seio, a não utilização de antirretrovirais para profilaxia ou tratamento e o parto vaginal.
- A taxa de transmissão é muito alta, já que dispomos de todos os recursos para profilaxia. É urgente a demanda por testagem precoce de todas as gestantes. Continuam insuperáveis, para a redução da transmissão vertical do HIV, o diagnóstico e a correta abordagem da doença materna - afirma Gustavo, que para a realização da pesquisa, fez a revisão dos prontuários das gestantes soropositivas e de seus bebês acompanhados no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) do Programa DST/AIDS de Campos, de outubro de 2009 a março de 2010.
Já Viviane desenvolveu um novo método para o diagnóstico indireto de Hemofilia B. Ela introduziu, com sucesso, a utilização de STR tetranucleotídeos e pentanucleotídeos. Embora já tenha sido descrito no diagnóstico de outras doenças, é a primeira vez que o método é usado para o diagnóstico indireto de Hemofilia B. Atualmente usa-se a técnica de RFLP's (Restriction Fragment Length Polymorphisms).
(da ascom/UENF)
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